Pintor trocou tiros com a polícia, foi baleado e não resistiu aos ferimentos.
Edemar Narciso já tinha antecedentes criminais
Foto: Cristiano Estrela / Agencia RBS
Michael Gonçalves
Ao invés de celebrarem o Natal em paz e harmonia, os moradores da Servidão Goncílio Antônio Martins, na localidade de Picadas do Norte, em Potecas, em São José, foram surpreendidos com um tiroteio na tarde desta quinta-feira.
O pintor Edemar Narciso, de 42 anos, faleceu no Hospital Regional após uma troca de tiros com policiais militares dentro da sua própria casa.
Casado há 15 anos com a empregada doméstica Lucicleide dos Reis Gonçalves e pai de uma menina de sete anos, o pintor recebeu a visita de um conhecido, na noite de quarta-feira, que mudou a sua vida. Esse homem deixou um revólver com Edemar.
— Ele bebia muito, mas estava bem ultimamente. Tanto que a minha sogra veio de Chapecó para passarmos juntos o Natal. Ele perdia o controle quando estava bêbado e durante a ceia cuspiu na minha cara — revelou a esposa, que passou a madrugada com uma vizinha.
Sogra evitou o crime doméstico
Pela manhã, ele saiu e voltou com mais uma caixa de cerveja. Inconformada, a esposa também deixou o lar. Quando retornou, ela foi alertada pela sogra.
— Ela disse que ele queria me matar. Peguei a nossa filha e deixei ela com a vizinha. Sai andando sem direção até encontrar um carro de polícia — afirmou a doméstica.
Os policiais foram até a residência e encontraram o pintor em seu quarto. Ele aparentava estar dormindo, mas abriu fogo contra os PMs.
— A guarnição apenas revidou e conseguiu desarmá-lo. Ele ainda foi socorrido pelo Samu ao Hospital Regional, mas não resistiu aos ferimentos. Ele tinha antecedentes criminais por violência doméstica e outros pequenos delitos — informou o tenente Felipe Caselli.
Arma para a proteção
Lucicleide conheceu Edemar há 15 anos no Ceará. Depois de um ano, eles foram para Chapecó onde viveram por mais dois anos. Há um ano, o casal construiu a casa em Picadas do Norte, no bairro Potecas.
— Edemar sempre foi um trabalhador. Quando ele estava sóbrio era uma pessoa muito boa e comunicativa, mas a bebida o transformava — relatou uma vizinha, que preferiu não ser identificada.
A informação registrada no boletim de ocorrência é de que o pintor adquiriu o revólver para a sua própria proteção. Ele teria um desentendimento com um vizinho em virtude de uma dívida de trabalho.
HORA DE SANTA CATARINA
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