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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

NOVO KA ENCARA MAIS SEIS RIVAIS NA PISTA

Nova geração do Ford aceita desafio de enfrentar uma turma barra pesada

Por João Anacleto / Fotos: Renato Durães

Depois de quatro anos de desenvolvimento e maturação, oFord Ka, enfim vai colocar à prova tudo o que recebeu nessa nova fase da vida. E para tentar mostrar que seu condicionamento está 100%, vai enfrentar os seis compactos com motor 1.0 que são o melhor que você pode encontrar na categoria – seja pelo desenho, equipamentos, economia, espaço. Ou pela soma dessas características.

Para esse desafio de beleza e eficiência convocamos os recém-lançados RenaultSandero e Nissan New March, além dos experientes Fiat Palio e Volkswagen Gole de duas novas referências neste mercado, o Chevrolet Onix e o HyundaiHB20. E nesse mundo em que beleza não é nada sem eficiência, quem você acha que realmente pega pesado?


7º - FIAT PALIO ATTRACTIVE
Ele é bem popular. Mas parou no tempo.

Quando se pensa em carro compacto, a palavra Fiat é associação quase imediata. Separá-los seria como falar de aeróbica sem música, de treino sem suor. O Palio foi, durante anos, a referência do comprador deste segmento. Foi. Ele é como o tiozinho que ainda pega pesado na academia, mas não aguenta meia hora na esteira. Apesar de ainda figurar entre os carros mais vendidos do Brasil, ele não está mais na mira de quem sabe o caminho da felicidade.

O caso do Palio Attractive 1.0 é o mais clássico deles, pois ele ainda tem algum crédito pelo sucesso do passado, mesmo custando caro (R$ 34.060) pelo que oferece. De série traz apenas a direção hidráulica, vidros e travas elétricas, entre os principais equipamentos. Quem quer um rádio com MP3 player tem de desembolsar R$ 1.116; o ar-condicionado sai por mais R$ 2.852. Assim, só com R$ 38.028 você entra em um Palio com os equipamentos de conforto do Ka SE Plus, mas sem os itens de conectividade que o Ford traz.



Não bastasse, o Palio mantém o antiquado motor 1.0 Fire, o menos potente da categoria com 75 cv, 10 cv a menos que o Ford Ka. O Fiat ainda não entrou na era do downsizing (que pode ser traduzido por menos é mais) e da eficiência. Até o tanquinho de gasolina ele conserva. Em desempenho, só venceu o Renault Sandero e sua média de consumo ficou em 9,3 km/l de etanol, longe dos 12,3 km/l do novo concorrente. 

Ele também está longe de ser um carro que prima pelo espaço interno ou por soluções amigáveis de convivência. O Palio serve a quem busca confiabilidade, suspensão confortável e manutenção razoável, mesmo com a garantia de apenas 1 ano. Quesitos de quem quer um carro básico, até R$ 30 mil. Mas por R$ 38 mil, convenhamos, ele deveria estar em melhor forma.


6º - RENAULT SANDERO EXPRESSION
Uma beldade que fugiu dos treinos pesados

O Sandero dependeu de um bisturi para melhorar suas condições físicas de um ano para o outro. Pouco afeito aos exercícios, passou por uma lipoescultura, plásticas nos olhos, na boca e nos quadris para fazer você esquecer aquele ar um tanto desengonçado e fora de moda da versão 2014. Para 2015, além da repaginada, ele ficou mais atraente quanto ao que pode oferecer. Na versão Expression você sai da concessionária com um carro cheio de charme, ar-condicionado, direção hidráulica, travas e vidros elétricos e CD MP3 player por R$ 34.990. Mais barato que o novo Ka.



E ele melhorou demais por dentro. O novo volante o deixou mais legal de dirigir, e agora você não precisa ficar em posição fetal para manusear o rádio. Só não deu para disfarçar que o acabamento foi remendado. Basta olhar para as saídas de ar condicionado diferentes no centro e nos cantos do painel. A estrutura onde vai a manopla de câmbio também foi remodelada, mas a alavanca ainda transpira fragilidade. Seus bancos têm nova forração e texturas de aparência moderna, mas continuam com um encosto curto, disfarçado por um apoio de cabeça gigante, como se você fosse um boneco de Olinda.

Mas aí você assume o volante, gira a chave, sai acelerando e em 15 s percebe o tanto que a falta de treinos afetou a saúde dele. A exemplo do Palio, falta ao Sandero o refinamento tecnológico na parte prática de um carro. De nada adianta ele ter o espaço interno de um sedã médio e o maior porta-malas da categoria, se o seu motor 1.0 16V de 77 cv o leva de 0 a 100 km/h em eternos 18 s. Ou se o seu câmbio trepida como um bêbado em abstinência. A falta de fôlego o levou a ter média de consumo de apenas 9,5 km/l. E isso é uma deficiência que nenhuma cirurgia plástica vai conseguir esconder do futuro dono.


5º - CHEVROLET ONIX LS
Uma referência estética, mas cheio de velhas manias.

Um novo padrão de beleza, acabamento e estilo. Depois de uma tentativa frustrada com o Agile, a GM investiu em uma plataforma global para carros compactos com o Onix. A geração chegou com músculos torneados naturalmente e um desenho traseiro de fazer inveja a qualquer rainha de bateria. Não à toa, ele se tornou referência neste mercado e conseguiu aproveitar o tsunami HB20que varreu o mercado de compactos em 2012 e 2013.

O Onix também estabeleceu novos padrões estéticos internos. Tem veludo nos bancos, o painel mescla conta-giros analógico com velocímetro digital e plásticos de boa qualidade. Funcionam como cintura fina e quadris largos para as mulheres: dá prazer em tocar algo assim. O espaço traseiro também merece elogios, assim como a possibilidade de equipar o carro com o My Link, o sistema de entretenimento e conectividade. Mas um carro não se resume a isso. 



O Onix é caro. Sai da concessionária na versão LS por R$ 33.996 só com direção hidráulica entre os itens de maior sucesso. Quem quer ar-condicionado tem de desembolsar R$ 35.696. Para ter travas e vidros elétricos de série você tem de subir para a versão LT, que parte de R$ 39.096, ou comprá-los separadamente nos concessionários, assim como o My Link. Ele também não se preocupa em dar um tratamento decente a quem tem mais de 1,80m, dada a altura do assento do motorista sem regulagem vertical.

O desempenho é apenas razoável e por ser um carro urbano deveria se comportar melhor na cidade, mas só chegou a 6,7 km/l de etanol. Isso porque apesar de ser uma referência entre os novos compactos, o Onix mantém o velho motor 1.0 de quatro-cilindros que, literalmente, o deixa para trás. Vá para a página dois e veja o quarto e o quinto colocados.

Nova geração do Ford aceita desafio de enfrentar uma turma barra pesada







4º - NISSAN NEW MARCH CONFORTO
Força e rebeldia na medida certa. Só faltou educação.

Ele conquistou o mundo, mas por aqui foi rebaixado para a faixa azul na luta para convencer o comprador brasileiro. A limitação de importação dos carros vindos do México diminuiu a oferta e obrigou a Nissan a produzí-lo aqui. Agora, ele está com um desenho mais feliz e o modelo mexicano ficou para as versões mais baratas. Como o Sandero, o New March nacional passou por uma plástica facial, mas sua complexão física foi mantida. E isso é bom! 

Com um corpo leve e esguio, conseguiu os melhores resultados em desempenho dentre os concorrentes. O 1.0 16V de 74 cv, ajudado por um câmbio com relações curtas, levam seus 956 kg de 0 a 100 km/h em 13,9 s. E mesmo sem soluções inovadoras, fez 10,4 km/l de média com etanol. 



Acertou também no preço. O New March Conforto, de entrada, sai por R$ 32.990 e vem com ar e direção elétrica com regulagem de altura. Com mais R$ 1.122 você coloca alarme e vidros elétricos, e o sistema de som custa R$ 988,90. Ou seja, com R$ 35.100 você tem quase tudo o Ka oferece. E então, por que ele nem subiu no pódio? Porque o March nasceu como um subcompacto e mesmo com a nova identidade, manteve sua alma rebelde e espartana. 

Foi muito bom vê-lo engomado com um volante semelhante ao doSentra, reconhecer o capricho nos detalhes do painel e, em especial, sentir que os bancos agora tentam tratá-lo melhor. Mas ele continua levando aos seus ouvidos o barulho do motor e o ruído gerado pelo vento lá fora. Os engates de marcha parecem que são feitos como unhas riscando um quadro negro e você sente vibrações demais até nos pedais. Ele precisa de estudo, educação. Pode até conquistar quem quer algo sincero e viril, mas para quem procura companhia ainda é preciso paciência para que a relação tenha algum futuro.


3º - VOLKSWAGEN GOL COMFORTLINE
Receita de treino que ainda dá resultado.

Depois da onda de novidades, o Gol está longe de ser o mais desejado entre os que aspiram um compacto. Ele praticamente saiu da pauta do consumidor comum e hoje se divide nas vendas para pessoas jurídicas e físicas quase em igual proporção. Seu corpo não arranca mais tantos suspiros, mas se você quer um companheiro saudável e confiável, não é loucura investir sua grana nele. 

A versão 1.0 Comfortline sai de fábrica por R$ 34.170 com direção hidráulica, travas e vidros elétricos e CD player com Bluetooth e MP3, e você precisa de mais R$ 2.450 para ter ar-condicionado. Somando tudo dá R$ 36.620, o que, pensando bem não é exatamente barato.



Se ele anda bem? Não. Acelera de 0 a 100 km/h em 15,6 s, e nem com relações de marchas mais curtas que a dos demais, não consegue retomadas ágeis. O consumo? Nada de mais. Faz 10,1 km/l de media de etanol, sendo que os 8,3 km/l na cidade deveriam ser melhores. Espaçoso? Bem, não chega a ser um Sandero, mas é mentira dizer que cinco adultos viajam tranquilos. Quatro, tudo bem. E então, como ele ficou em terceiro?

A explicação está no fato de o VW Gol ter uma qualidade raramente vista em outros compactos 1.0, e que nós da C/D valorizamos tanto quanto os atributos da Miss Bumbum: ele agrada quem dirige. A posição de guiar é boa a ponto de as regulagens se tornarem supérfluas, sua direção é não distorce o que acontece lá fora, e a suspensão segue esse o ritmo, natural. Se o 1.0 não é dos mais vigorosos e avançados, ele sabe das limitações e trabalha com precisão em conjunto com o câmbio, disparado o melhor dos sete. Na próxima reestilização, marcada para 2015, ele deve passar por uma plástica e receber um novo coração – o 1.0 3 cilindros do Up – para voltar a ter chance entre os mais fortes da turma.Mude para a página três e confira dos dois primeiros lugares do comparativo.

Nova geração do Ford aceita desafio de enfrentar uma turma barra pesada







2º - FORD KA SE
A eficiência em alto nível.

Ninguém duvidava que a Ford chegaria chegando no segmento, mas o Ka superou as expectativas. Além da escultura refinada, musculosa e agradável, ele ainda consegue ser um bom negócio. Parte de R$ 35.390 na versão SE, que já vem de série com ar-condicionado, direção elétrica de última geração, travas e vidros dianteiros elétricos, sistema de som My Connection, ajuste de altura do volante e até indicador de troca de marchas. Com mais R$ 2.000 você instala o SYNC e os vidros elétricos traseiros e por R$ 39.990 o Ka vem com ESP, rodas de liga leve aro 15”, computador de bordo e ajuste de altura do banco do motorista. Mas a novidade não para por aí.



O Ka parece ter sido feito depois de uma análise meticulosa dos concorrentes, sem perder a genética da marca que tanto agrada a quem gosta de dirigir. Ele é trabalhado para ter os músculos que o brasileiro passou a admirar no Onix. Os detalhes de faróis e retrovisores não escondem certa inspiração dos VW, já o seu espaço interno também parece ter sido medido de acordo com o que Chevrolet e Renault entregam. E isso era algo inexistente na geração anterior. Por dentro o acabamento segue uma receita que mistura o lado bom do Ford Fiesta, com plásticos de qualidade razoável, mas também mistura saídas de ar retangulares no centro do painel e circulares nos cantos, uma bagunça estilística já vista aqui em carros como Sandero e March.

Dinamicamente é claro que seu padrão genético não lhe deixa fugir do que se tem a bordo de um Ford Fiesta, mas as sensações são bem próximas do que sente o dono de um VW Gol. Ele é firme em situações extremas, mas aprimorou o conforto – afinal para você fazer sucesso entre as massas, não pode escolher o terreno. No entanto, diferentemente do VW, a Ford treinou o Ka para ser o mais eficiente possível com o 1.0 de três cilindros, pneus de baixo atrito e um câmbio longo, seguindo o exemplo de um rival de peso: o Hyundai HB20. 



Segundo o Conpet/Inmetro, que mede, avaliza e etiqueta os veículos nacionais quanto ao nível de consumo, o novo Ka se tornou o carro mais econômico do Brasil, quando abastecido com etanol. De acordo com o órgão, o novo Ford roda 8,9 km/l por litro de etanol em percurso urbano e 13,0 km/l na estrada. Com tais números ele parte para o degrau debaixo da categoria e passa a brigar em eficiência com carros ainda menores (leia-se Up e Clio,este último sem ar-condicionado e ainda mais leve). Nas medições do Inmetro o VW faz 9,1 km/l na cidade e 9,9 km/l na estrada, já oClio chega a 9,5 km/l e 10,7 km/l respectivamente.

Mas nós duvidamos e fomos para a pista testar os três. Resultado? Deu Ka, de novo! Na nossa medição em ambiente controlado, oFord marcou 11,5 km/l na cidade, contra 8,9 km/l do Renault e 9,9 km/l do Up. Na estrada ele chegou aos 13,3 km/l, contra 11,4 km/l de ambos os concorrentes. Mas nem a repaginada completa, as aulas de eficiência energética, o pacote de equipamentos surpreendente e o espaço interno de carro médio conseguiram fazer dele o melhor dos novos compactos. Mas ainda há o que ele não tenha, e é algo que você só encontra no campeão. 



1º - HYUNDAI HB20 COMFORT
A fórmula de sucesso que não sai de moda.

Proteína, creatina e albumina são substâncias complementares que sempre estão na dieta de quem treina sério e é avesso a esteróides. Elas representam o que o HB20 significa neste mercado. Prestes a completar dois anos, ele mantém níveis de eficiência próximos do que a Ford oferece hoje com o novo Ka, e ainda é o sonho de consumo de quem quer aparecer bem na foto.

Dono de desenho bem planejado, o HB20 não é um carro barato. Na versão de entrada sai por R$ 35.395 e traz tudo o que o Ka SE oferece, mais um computador de bordo completo. Seu acabamento interno também está um passo à frente dos demais, em especial no cluster de instrumentos, onde você não encontra nem sinal de economia desnecessária. A posição de dirigir também é referência entre os pequenos. Mas ele perde em espaço interno traseiro. No entanto, uma leve inclinação do assento permite com que uma pessoa de até 1,80 m não viaje com os joelhos grudados no banco da frente. Tudo sem negar o espaço no porta-malas, que chega aos 300 litros, 43 a mais que o do Ka.



A direção hidráulica não está no time da eficiência, mas transmite as mesmas boas sensações que você tem no Ka. Sua suspensão é mais firme, robusta, e agrada quem prefere uma tocada crua. Já o desempenho dos dois se equivale. A principal diferença na experiência ao dirigí-los é que o Hyundai é mais silencioso em todas as situações, em especial em marcha lenta, a bursite dos tricilíndricos.

E apesar da média de consumo de apenas 9,8 km/l, ele compensa os gastos com preços de revisão até 60 mil km R$ 1.548 mais em conta que os do Ford, e cinco anos de garantia, enquanto o Ka só três. Sim, o Ka conseguiu se aproximar dele como carro, mas como produto ainda será preciso treinar um pouco mais...


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http://caranddriverbrasil.uol.com.br/carros/comparativo/novo-ka-encara-mais-seis-rivais-na-pista/8720/3

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