(Foto: Ap)
O jogo
O momento mágico vivido pelo Nacional ganhou tons sobrenaturais com a atuação da equipe no primeiro tempo. Soa quase inacreditável, mas a verdade é que o time paraguaio foi melhor do que o San Lorenzo - muito mais tradicional. Merecia ter saído na frente. Mas acabou castigado por uma dessas injustiças do futebol.
Logo no primeiro minuto, o Nacional fez a bola beijar a trave argentina. Mercier errou feio e foi desarmado no meio-campo. No contra-ataque, a trama resultou em chute de Orué, no poste à esquerda de Torrico. O lance assustou o Nuevo Gasómetro. E não foi ocasional. O time de Assunção teve outros três momentos de perigo, em chutes colocados de fora da área, sempre rentes à meta da equipe de Buenos Aires.
O Ciclón foi uma sucessão de equívocos: muita afobação, muito nervosismo, muitos erros em lances simples. Teve a bola, mas não soube como lidar com ela. E aí teve a ajuda do Nacional. Coronel, um dos melhores jogadores do time paraguaio, abriu os braços dentro da área em tentativa de cruzamento de Cauteruccio. Pênalti. Ortigoza partiu para a cobrança e não perdoou: 1 a 0.
No segundo tempo, o San Lorenzo conseguiu segurar bem a onda do Nacional, que passou a esticar o jogo e a explorar jogadas aéreas, sem grande sucesso. Em uma delas, porém, quase saiu o gol paraguaio. Bareiro mandou por cima ao pegar rebote. Mas foi pouco. Incapaz de pressionar o adversário, coube ao pequeno clube de Assunção ser o coadjuvante da grande festa do San Lorenzo, finalmente campeão da Libertadores da América.
G 1
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