Futebol com efeito de remédio
Futebol com efeito de remédio
Pesquisa bota em campo os principais benefícios
desse esporte à saúde
Que a prática de atividade física faz bem para o
corpo todo mundo sabe. Mas uma revisão científica feita por estudiosos
dinamarqueses exalta particularidades muito bem-vindas do esporte preferido dos
brasileiros. De acordo com os novos achados, o futebol aprimora a capacidade
cardiorrespiratória, os níveis de colesterol e pressão e a forma física dos
praticantes amadores.
“Observamos que a modalidade tem amplos efeitos no
organismo, além de melhorar o bem-estar social, a imagem corporal, a
autoconfiança e a qualidade de vida”, conta Peter Krustrup, professor de
Ciências do Esporte e Saúde da Universidade do Sul da Dinamarca.
Nos dados analisados pelo time de Krustrup, o
aspecto competitivo do futebol foi deixado de lado — isso para evitar que o
estresse e as jogadas mais agressivas resultassem em tensão e lesões.
Como o esporte impacta o corpo, segundo a revisão
Praticar 1 hora de futebol, 2 vezes na semana por ao
menos três meses gera:
Redução de 6 batimentos cardíacos por minuto. Ponto
positivo para a saúde do coração.
Redução de 1,72 kg de gordura. O gasto calórico do
futebol facilita a manutenção de uma boa forma.
Ganho de 2 cm na altura do salto. Os músculos e
ossos tornam-se mais fortes.
Redução de 8 mg/dl no colesterol ruim, o que ajuda a
prevenir infartos.
Também tem riscos
Antes de decidir jogar bola toda semana, é preciso
prezar pelo condicionamento. “O futebol é um esporte de explosão. Uma pessoa
com problemas cardíacos pode sofrer uma parada cardiorrespiratória, por
exemplo”, avisa Ricardo Nahas, coordenador do Centro de Medicina do Exercício e
do Esporte do Hospital 9 de Julho (SP).
Torça sem crise
É normal que, durante as partidas, as alterações nos
níveis de hormônios mexam com a pressão e o ritmo cardíaco — o que demanda
cuidados extras para quem já tem desordens no coração. “A ansiedade também pode
fugir do controle e gerar náuseas, dor no peito, nos membros e nas costas”, diz
o psicobiólogo Ricardo Monezi, da Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo.
Para evitar perrengues, não se esqueça de beber água
antes e durante os jogos e fazer refeições leves. Melhor evitar exageros nos
comes e bebes.
Descubra agora o que acontece com o corpo quando a
gente está na arquibancada ou na frente da TV:
Cabeça: Reagindo ao sistema nervoso, o corpo libera
hormônios de acordo com os resultados — daí vem o estresse quando as coisas
estão feias. Ou o prazer da vitória.
Axilas: A tensão na hora do jogo gera calor. Nós
começamos a transpirar para manter a temperatura do corpo em equilíbrio.
Cordas vocais: Na hora do gol, o corpo libera uma
quantidade absurda de adrenalina, o que nos leva a expulsar o ar em alta
velocidade de maneira verbalizada.
Coração: Sob influência dos hormônios, o coração
aumenta sua frequência de trabalho e começa a bater mais rápido.
Pernas: Não consegue ficar sentado vendo o jogo? É
um instinto natural. Para o cérebro, é como se estivéssemos ajudando o time no
campo.
Fonte: Ricardo Monezi, Psicobiólogo, Professor da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
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