Restrito aos bispos, poder de absolvição da falta considerada gravíssima será estendido a todos os sacerdotes durante o jubileu
"O perdão de Deus não pode ser negado a qualquer um que tenha se arrependido", escreveu Francisco
Foto: FILIPPO MONTEFORTE / AFP
Padres de todo o mundo poderão conceder o perdão às mulheres que se mostrarem arrependidas depois de cometer um aborto. A ampliação do poder até agora restrito aos bispos foi anunciada nesta terça-feira pelo Papa Francisco e terá validade durante o jubileu extraordinário, entre 8 de dezembro próximo e 20 de novembro de 2016, período dedicado à misericórdia. Médicos e auxiliares envolvidos na interrupção da gravidez, considerada falta gravísssima e punida com a excomunhão pela Igreja Católica, também poderão pleitear a absolvição.
"Conheço bem as condições que conduziram (as mulheres) a esta decisão. Sei que é um drama existencial e moral. Encontrei muitas mulheres que levavam em seu coração uma cicatriz por esta escolha sofrida e dolorosa", escreveu Francisco na carta endereçada ao presidente do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização. O pontífice argentino orientou que os sacerdotes "devem se preparar para esta grande tarefa, sabendo conjugar palavras de genuína acolhida com uma reflexão que ajude a compreender o pecado cometido". "O perdão de Deus não pode ser negado a qualquer um que tenha se arrependido", determinou.
ZERO HORA
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