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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Dia Mundial do Coração: você sabe cuidar do seu? Saiba como evitar doenças

As doenças que mais matam no mundo vêm lá do fundo do coração. No Brasil, mais de 300 mil vidas são interrompidas prematuramente por ano porque esse órgão vital parou de funcionar.
Pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Cardiologia e a World Heart Federation, em alusão ao Dia Internacional do Coração celebrado hoje (29), querem reduzir em 25% as mortes prematuras por doenças cardiovasculares até 2025.

Para que isso aconteça, é preciso que a população não acenda mais cigarros, deixe de salpicar muito sal na comida, faça exercícios físicos, se mantenha dentro da faixa de peso ideal, controle o colesterol e glicemia e tenha atenção para que a pressão arterial não suba.

Parece difícil mudar hábitos? Saiba que essas mudanças podem salvar a sua vida
“É preciso cuidar do coração desde sempre. Se não começou ainda, comece hoje”, diz a cardiologista e ex-presidente da Sociedade Interamericana de Cardiologia, Márcia Barbosa. “Sabemos que o processo de envelhecimento das artérias por aterosclerose (formação de placas gordurosas) começa muito cedo, ainda na infância, porque as crianças estão cada vez mais obesas”, alerta ela.

“É altamente prejudicial não estar atento ao fato da criança estar comendo comida inadequada, se está em sobrepeso, se fica na frente do computador ou TV em vez de praticar esporte ou fazer exercícios”, aconselha a médica.


Alguns riscos são genéticos. Algumas pessoas podem nascer com alguma predisposição a desenvolver arritmias cardíacas ou outros problemas no coração. Uma boa parte das ameaças ao órgão que comanda a vida é culpa dos maus hábitos.


“O histórico familiar não é evitável, mas podemos mudar o cigarro. A pessoa pode parar de fumar, já que o cigarro contribui muito para aumentar a mortalidade prematura”, diz a médica. Ter hábitos saudáveis e visitar o cardiologista com regularidade ajuda a prevenir problemas.


Quem nunca ligou para o coração e, ao ler uma matéria, por exemplo, decide colocar a vida nos eixos e praticar exercícios físicos deve ficar atento ao conselho de Márcia, principalmente se estiver acima dos 30 anos: é preciso fazer exames médicos antes, verificar a pressão arterial, avaliar o colesterol e glicose no sangue, e fazer um teste ergométrico, para saber se o exercício vai ajudar em vez de atrapalhar.


Aqueles que já tem um problema sério no coração podem sofrer sérias consequências se fizerem exercícios físicos mais intensos.


“Sempre que for começar um exercício físico, é preciso iniciar com cuidado, ir devagar”, alerta a médica.


Mulheres depois da menopausa têm mais propensão a problemas cardíacos
Até a menopausa, a mulher tem a proteção hormonal contra problemas cardiovasculares, o que faz com que elas tenham um menor risco, comparado com os homens. Depois da queda dos hormônios, no entanto, o risco se iguala e ela precisa acompanhar a saúde cardíaca com mais rigor.


“Temos visto, no Brasil e no mundo um aumento de doenças cardiovasculares nas mulheres. Isso talvez seja porque elas se sentem mais protegidas e acham que problema no coração é coisa de homem, e não valorizam os sintomas. Com isso, fumam mais”, preocupa-se a ex-presidente da Sociedade Interamericana de Cardiologia.


Infarto, AVC e insuficiência cardíaca
Erra quem pensa que o câncer é a doença que mais mata no mundo. As doenças cardiovasculares estão no topo como provocadoras de mortes há muito, muito tempo. O infarto, o acidente vascular cerebral (AVC) e a insuficiência cardíaca lideram o ranking mortal.


Dentro do coração há uma bomba perfeita, o ventrículo esquerdo, que se contrai, joga o sangue na aorta e ela distribui para todo o coração. “A insuficiência cardíaca é quando o coração entra em falência, e é um mecanismo final de doenças do coração, que pode ser resultado de pressão arterial descontrolada por anos, ou de alguém que sofreu um infarto e teve morte das células do coração”, diz a médica.


Alimentação amiga do coração
O cardiologista e diretor da Unidade Clínica de Lípides do Incor em São Paulo, Raul dos Santos, explica que a alimentação é ponto chave para a boa saúde cardíaca. “Por conta da vida corrida, as pessoas têm cada vez menos tempo para cuidarem da saúde. Além disso, fatores como tabagismo e principalmente uma alimentação não balanceada aumentam o risco de a pessoa ter um problema cardíaco”.


Segundo ele, alguns nutrientes já comprovaram ser benéficos para o coração. É o caso do ômega 3, mais especificamente o DHA (ácido docosaexaenoico), que ajuda a manter o colesterol bom nos níveis.


“O DHA e o EPA (outro tipo de ômega 3), se consumidos dentro de um contexto de uma dieta, estão associados a redução dos problemas cardiovasculares, pois têm ações anti-inflamatórias, baixam a pressão arterial, o colesterol e possuem ação antiplaquetária evitando a agregação das plaquetas e formação de trombos arteriais”, detalha o médico.


Fonte: iG

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