Sete em cada 10 gaúchos têm pressão alta, aponta um levantamento da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul. Um dos motivos é o consumo exagerado de sal, como mostra a reportagem do RBS Notícias.
Nesta terça-feira (12), o Ministério da Saúde apresentou os primeiros resultados do acordo voluntário feito com a indústria em 2011 para redução do sódio em alimentos. O sódio é encontrado no sal de cozinha.
Segundo o governo, entre 2011 e 2012 foram reduzidas 1.295 toneladas de sódio em 3 tipos de alimentos: pão de forma, bisnaguinhas e macarrão instantâneo. Esses são os três produtos analisados até o momento, e segundo o ministério, esse volume está dentro da meta para o período.
O macarrão instantâneo, por exemplo, está sendo fabricado com 15% menos de sal. A quantidade, em muitas ocasiões, não é controlada pelos consumidores. “Nunca parei para pensar nisso”, admite a publicitária Cristiane Silva.
Os especialistas alertam que controlar o sódio é importante. A principal fonte dele na alimentação é o sal de cozinha que, em excesso, pode causar pressão alta. No estado, o problema atinge quase 70% da população.
“O sódio é como se fosse uma esponja. Então, no momento que ingerimos sódio, nosso organismo começa a absorver mais líquidos do que o normal. É comum até aquela sensação, quando a gente come algum alimento com muito sódio, de se sentir inchado”, explica o diretor da Sociedade de Cardiologia do estado, Daniel Souto Silveira.
O ideal é consumir cinco gramas de sal por dia. Mas, em média, a população ingere mais que o dobro. E o problema não é só o saleiro. A maior parte dos alimentos industrializados tem sódio. A quantidade deve estar informada na embalagem. Uma dica é evitar o consumo de embutidos. Uma salsicha, por exemplo, contém 24% de todo sódio que o corpo necessita ao longo do dia.
O acordo entre o Ministério da Saúde e os fabricantes vêm tentando diminuir o sódio nos alimentos há três anos. “A gente sabe que o sal em excesso tem um papel muito importante nas doenças cardiovasculares e isso começa a ser enfrentado”, afirmou o ministro da saúde Arthur Chioro.
G1 RS
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