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segunda-feira, 20 de abril de 2015

AS 10 MAIORES DÚVIDAS DOS PAIS SOBRE ESCOLAS

AS 10 GRANDES DÚVIDAS DOS PAIS SOBRE ESCOLAS

POR MARINA VIDIGAL
Conversar, perguntar, participar: este é o melhor caminho para escolher a escola de seu filho. Aproveite aqui as respostas para as questões mais freqüentes sobre este assunto


1 . Qual é a idade certa para pôr meu filho na escola?
Para preservar a saúde e o sono da criança, o ideal seria ela ingressar na escola entre 1,5 e 2,5 anos. É quando se tornam mais importantes ainda a interação com outras crianças, a diversidade de experiências e as relações sociais. Mas se o pai e a mãe trabalham fora, a antecipação desse prazo pode ser uma opção estudada. A partir disso, a família deve checar as condições mínimas para cuidar de um bebê: ambiente limpo, alimentação bem cuidada, segurança em ordem e profissionais preparados.
2 . Na educação infantil, qual é a proporção ideal de crianças por adulto?
Considerando-se a faixa etária de 1 a 4 anos, o ideal são classes de no máximo 20 crianças, com um professor e dois auxiliares. A partir dos 5 anos, elas já podem ter cerca de 25 alunos e ser conduzidas por um professor e um único auxiliar.
3 . Pelo mês de nascimento do meu filho, ele será o caçula ou o mais velho da turma. É melhor adiantá-lo ou atrasá-lo?
Em geral, é preferível atrasá-lo, para evitar problemas depois. Há crianças que ficam com baixa auto-estima (por se exigir mais do que podem oferecer); outras, por conviverem com crianças mais velhas, despertam precocemente o interesse por assuntos com os quais não têm maturidade para lidar (de sexualidade a consumismo desenfreado).
4 . Quais são os principais métodos de ensino? Como escolher o melhor para meu filho?
Há quatro métodos que norteiam as escolas, mas hoje é cada vez mais difícil encontrar uma que siga só um deles. Por isso, para saber qual é a base pedagógica da escola, a dica é conhecer, perguntar, observar e conversar sempre. Em teoria, no método tradicional, o professor transmite as informações de maneira teórica e o conteúdo é idêntico para todas as crianças. No construtivismo, o aprendizado é construído pelo aluno. Por meio de vivências e experiências, ele chega a conclusões e as compartilha com o orientador. No método montessoriano, as crianças são identificadas pelas habilidades. O professor media as tarefas, que são especialmente motoras e sensoriais. Na Pedagogia Waldorf, a informação é apenas um instrumento para a formação – e não uma finalidade.
5 . Se quero que meu filho fale bem inglês, devo colocá-lo em uma escola bilíngüe?
Em geral, é mais indicada para famílias que convivem com mais de um idioma. A decisão varia ainda conforme a idade da criança. Os adeptos das bilíngües defendem que quanto mais cedo ela aprender a segunda língua melhor será o resultado e que, por possibilitar aprendizado espontâneo, a escola é adequada para isso. Mas é preciso avaliar se são transmitidos valores do país em que a criança vive e se isso é prioridade para os pais.
6 . Como deve ser a rotina na escola para as crianças menores?
A rotina na educação infantil deve ser lúdica e diversificada. Jogos, histórias, brincadeiras, experiências, momentos livres, entre outras atividades, com foco no desenvolvimento do pensamento lógico e matemático, da comunicação, da expressão (incluindo linguagem oral, artística, escrita e musical) e do corpo, além de permitir conhecimentos sobre a natureza e a sociedade. E o mais importante: que seja previsto na rotina também momentos para a criança escolher o que quer fazer.
7 . Em que idade meu filho deve começar a ler e escrever e qual é o método mais comum de alfabetização? Qual é o papel da família?
Há dois métodos de alfabetização mais comuns. O fônico adota cartilhas próprias para alfabetização e ensina a criança a associar letras e fonemas, para depois formarem palavras. O que segue o pensamento construtivista utiliza-se de textos “reais” (livros, músicas, etc.), frases são examinadas e comparadas, até que os futuros leitores façam deduções que os permitam discriminar palavras, sílabas e letras. Algumas escolas mesclam os dois métodos e, também por isso, não há como dizer se um é mais eficiente que o outro, pois o que importa é a preparação e dedicação de quem ensina. Em geral, o processo de aprender a ler e escrever completa-se entre os 5 e 6 anos e a família tem um papel importante: continuar o incentivo à leitura, fazendo da descoberta das palavras um prazer compartilhado.
8 . Quero colocar meu filho em uma escola em período integral, mas estou reticente, pois ele não se alimenta sem a ajuda de um adulto. O que fazer a respeito?
Mesmo que seu filho ainda não coma sozinho, pode ser matriculado em uma escola integral. Muitas crianças pedem a ajuda de um adulto justamente por saber que há alguém disponível para servi-las. Porém, observando outras crianças e sendo incentivadas pelos professores, elas certamente aprenderão a se alimentar por conta própria.
9 . Como deve ser o espaço da escola? Grande e colorido?
Certamente não pode ter a cara de uma casa adaptada. Deve ter espaço para correr e ser “de verdade”: a areia ter cor de areia, a grama ser natural. É importante que se entenda que o espaço físico da escola também é educativo, principalmente aos menores, para os quais tudo é referência. Cada cantinho passa uma mensagem para a criança, seja o banheiro ou a quadra, seja a limpeza ou a altura das prateleiras. Em primeiro lugar, claro, deve ser um local seguro, em que a criança consiga se virar bem sozinha, sem precisar de cuidados o tempo inteiro. Também deve ter uma área iluminada, que permita desde um gostoso banho de sol a uma bela sombra. Livros e brinquedos devem ficar disponíveis, à altura da criança.
10 . Como deve ser o processo de adaptação de alunos novos em uma escola? E se a criança continuar chorando depois?
A adaptação deve ser tranqüila, se possível com o aumento gradual do tempo de permanência na escola. Em muitas delas, os pais ficam à vista dos filhos nos primeiros dias e aos poucos vão se distanciando até deixar o ambiente escolar (nesse momento, é importante despedir-se e nunca “fugir” da criança). Um dos pontos-chave para pôr fim à adaptação, que pode levar dias ou semanas, é a criação de um vínculo afetivo da criança com um adulto da escola. Mas se esse dia custar a chegar e o choro persistir, é bom os pais abreviarem as despedidas e mostrarem para os filhos que estão seguros e confiantes em relação à novidade. Em último caso, verifique se o incômodo é decorrente de fatores alheios à escola. 
Especialistas consultados: Anna Esther Cunio, psicóloga especializada em terapia infantil; Daniella Avanzi Leonardi, coordenadora de Educação Infantil da Escola Cidade Jardim/Play Pen; Emanuelle Santiago Dalri, coordenadora pedagógica de Educação Infantil e 1º a 4º ano do Colégio Cenecista Elias Moreira; Marcelo Cunha Bueno, coordenador pedagógico da Escola Estilo de Aprender e colunista da CRESCER; Maria Cecilia M. Botelho, diretora pedagógica da See-Saw/Panamby; Mônica Gimenes, coordenadora de Educação Infantil do Colégio Augusto Laranja; Maria da Graça Souza Horn, professora da UFRGS.
FONTE: CRESCER NOTÍCIAS

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