Uma nova espécie de caranguejo, de nome científico kingleya attenboroughi, foi descoberta no território do Geopark Araripe, pelos pesquisadores Alysson Pinheiro, da Universidade Regional do Cariri (Urca) e Willian Santana, da Universidade do Sagrado Coração (USC) em Bauru, SP. O crustáceo foi encontrado no distrito de Arajara, em Barbalha, e descrito e ilustrado no artigo “A new and endangered species of Kingsleya Ortmann, 1897 (Crustacea:Decapoda: Brachyura: Pseudothelphusidae) from Ceará, northeastern Brazil”, em tradução livre “Uma nova e ameaçada espécie de Kingsleya Ortmann, 1897 (Crustacea: Decapoda: Brachyura: Pseudothelphusidae) do Ceará, Nordeste do Brasil”.
Trata-se de uma espécie de caranguejo de água doce. Segundo os pesquisadores, ele já foi descoberto em condição de ameaça de extinção, assim como o Soldadinho-do-Araripe, pássaro endêmico da mesma região considerado criticamente em perigo de extinção pela Lista Vermelha Internacional da IUCN (2015) e pela lista oficial brasileira (MMA, 2014). Como explica o professor William Santana, o caranguejo kingleya attenboroughi existe em pouquíssimos lugares, com um número reduzido de espécimes e por causa do impacto do homem ao meio em que ele vive, é considerado ameaçado de extinção.
O caranguejo foi coletado durante o mês de abril no Córrego do Arajara e em pequenos cursos de água da região. Recebeu esse nome em homenagem ao grande naturalista inglês Sir. David Attenborough, que completa 90 anos em 2016, considerado o padrinho do Soldadinho- do- Araripe.
De acordo com o professor Alysson Pinheiro, esse achado ratifica a importância da região para a biodiversidade, bem como, reforça o valor do Geopark Araripe, da Floresta Nacional do Araripe (Flona) e da Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe (APA).
Para a realização do trabalho, foram importantes o apoio da Urca, USC, Governo do Estado do Ceará através da Fundação Cearense de Apoio Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), bem como da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
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Assessoria de Imprensa/URCA
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