Com a saída da mulher para o mercado de trabalho, muita coisa mudou. Não se sabe até que ponto a família ganhou com essa mudança, principalmente os filhos, que passaram a ter uma formação totalmente diferente de alguns anos atrás, quando a mulher até era a “dona da casa”, também conhecida como “a rainha do lar”.
A família é a base para a formação do caráter das pessoas. Em qualquer época, situação e cultura, ela sempre foi de fundamental importância para que os indivíduos encontrassem seu ponto de equilíbrio e definissem os seus papéis dentro da sociedade. A maneira com que uma pessoa se comporta, suas atitudes e a maneira de se relacionar com os outros depende diretamente do meio familiar no qual foi criada.
Ao longo dos anos, porém, a família vem mudando, ou melhor, as pessoas que dela fazem parte vêm desempenhando papéis diferentes daqueles que nossos pais desempenhavam quando nos criavam.
Trabalho em equipe
O tempo que era totalmente dedicado à administração do lar e à educação dos filhos ficou bastante reduzido, sobrando pouca disponibilidade para o diálogo, tão necessário. Neste ponto também o pai deve, na conjuntura atual, estar mais presente, dividindo com a mãe a complexa tarefa de orientar seus filhos. Ainda mais no mundo de hoje, quando os jovens sofrem tantos apelos da mídia e da sociedade consumista e modista em que vivem.
O papel da mulher como mãe continua o mesmo, de orientação e de criação de seus filhos. Mas a este somam-se tantos outros provenientes da sua posição profissional. Para conseguir dar conta de tantas atribuições e acompanhar essa mudança de papel dentro da sociedade, é necessário que seus companheiros (e também os seus filhos homens) evoluam no sentido de dividir tarefas e entender a importância do trabalho em equipe (por parte de todos os componentes da família, é claro).
Os homens de hoje não podem esperar que as mulheres se comportem como as suas mães, em relação ao convívio com seus pais. As mulheres, por sua vez, não podem criar seus filhos (principalmente os homens) como suas mães faziam.
Os filhos, que agora já não têm mais os cuidados maternos 24 horas por dia, devem preparar-se para uma vida mais independente, aprendendo a se virar desde cedo, mesmo porque, se tiverem irmãs, também mulheres modernas, estas não vão querer dar mole pra marmanjo.
Essa mudança de paradigmas não é fácil para nenhum dos dois (pai e mãe), mas com boa vontade e disposição pode-se encontrar a maneira certa de se conviver de acordo com as novas exigências. Muita coisa já mudou, mas muito ainda precisa mudar. Alguns homens (pais e filhos) já entenderam que é preciso cooperar com as tarefas domésticas, porém a maioria ainda se faz de desentendido ou ainda traz consigo aquela idéia bastante antiga de que só às mulheres competem esses afazeres e o cuidado com os filhos.
Educação diferente
Ao longo dos anos essa situação deve modificar-se e um grande número do gênero masculino deixe o machismo de lado e colabore de forma significativa com suas companheiras e suas mães. As mulheres também podem colaborar na medida em que começarem a educar seus filhos homens de forma diferente e não perpetuando convicções bastante antigas como as que vimos anteriormente. Elas não podem aceitar o que ainda vem acontecendo, em grande escala, nos dias atuais, quando estas têm jornada dupla de trabalho.
E os homens, por acaso, também não deveriam ser donos de suas casas e se sentirem igualmente responsáveis pela manutenção da mesma? Sim, porque quando a mulher não trabalhava fora, cabia ao homem apenas a manutenção no que diz respeito à parte financeira, pois as mães tinham todo o dia disponível para cuidar dos outros aspectos. Agora, quando elas têm as mesmas 24 horas para dividir entre tantas outras ocupações, cabe, como atitude mais plausível, a divisão de tarefas igualmente entre os membros da família, independente do gênero ao qual pertencem.
DINÂMICA
Aprender sobre a vida no contexto familiar
Objetivo:
A partir da história familiar de cada um, fazer com que os participantes reflitam sobre a própria existência.
Desenvolvimento:
1) O facilitador solicita que os participantes se organizem em grupos de quatro pessoas. Em seguida, pede que cada um conte aos demais alguns fatos de seus antepassados (relacionamentos, dificuldades, conquistas, mortes, migrações, separações), até chegar ao seu núcleo familiar.
2) Em seguida, ele convida os integrantes do grupo a comparar suas histórias, refletindo sobre a influência desses fatos em suas vidas.
3) Ao final, o animador incentiva os participantes a refletir sobre a relação entre a atividade proposta e a família na atualidade.
Fonte: Márcia Campos Andrade, psicóloga, Patos, MG.
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