Em meio a reuniões, solenidades e ajustes, o atual subcomandante da PM (Polícia Militar) de Santa Catarina, coronel Valdemir Cabral não esconde a honra em ser escolhido como o novo comandante-geral da corporação no Estado. No dia 5 de maio, data em que a PM catarinense comemora 179 anos de história, Cabral assumirá o comando da instituição pela qual dedicou o suor de seu trabalho nos últimos 34 anos.
“É uma data marcante para a PM, e sinto-me honrado de assumir o comando da corporação pela qual dediquei boa parte da vida”, afirmou o futuro comandante-geral.
Aos 55 anos, natural de Florianópolis, Cabral cresceu em quartéis espalhados por Santa Catarina. O pai fez carreira no Corpo de Bombeiros, enquanto o menino ia pegando gosto pela disciplina das fardas e a emoção do trabalho. Comoção, aliás, que pode se acentuar neste ano de Copa do Mundo no Brasil, com promessas de muita gente na rua em manifestações e protestos. Calejado, o homem que fundou o Bope (Batalhão de Operações Especiais) em Santa Catarina está habituado aos perigos e peculiaridades das ruas. “Ano passado, quando tinha 50 mil pessoas em cima da ponte, eu negociei com os líderes da manifestação. Sempre fui do operacional, e conheço as ruas”, disse o coronel.
Depois de passar por diversos setores da PM, Cabral, que também serviu em Porto União, Blumenau e Balneário Camboriú, entende que o trabalho na PM é uma estrutura dinâmica, constantemente em movimento. Portanto, ressalta, quem assume o comando sempre procura imprimir suas características no desempenho da função. “Vou dar sequência ao trabalho, mas aproveitando bastante minha experiência na rua e junto às tropas, tanto na cavalaria como no Bope”, revelou, adiantando que pretende estreitar as relações da PM com outras forças de segurança do Estado. “Juntos, podemos fazer mais e melhor”, avaliou.
Amarildos
Uma das dores de cabeça do comando da PM nos últimos meses, os invasores intitulados de “Amarildos”, bem como outros movimentos sociais, e receberão atenção de Cabral durante sua gestão. A maneira de lidar com essa realidade, observa, deve ser a mesma da gestão do coronel Nazareno Marcineiro, com cautela e sempre indo de encontro à lei. “Participei da elaboração do plano de comando junto ao coronel Nazareno. Então, estamos preparados para tudo, combateremos todo tipo de atividade criminosa”, garantiu.
Família
Pai de três filhos, Cabral é todo orgulho ao falar dos rebentos. As duas mulheres são advogadas, seguindo a carreira de sua esposa, procuradora de Justiça. Já o filho homem, o caçula, está às portas de se formar em engenharia mecânica na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Nenhum pretende seguir a carreira militar, mas isso não incomoda Cabral, que tem um irmão que também é coronel da PM. “Meus filhos seguiram outros caminhos, e o que importa é que eles sejam felizes com o que escolherem”, destacou.
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