Descubra a hora certa para procurar o cardiologista
Check-up cardiológico pode ser feito até mesmo antes
do nascimento
Você sabia que fazer um check-up cardiológico é
importante em qualquer fase da vida? Nos dias de hoje, em função da qualidade e
do ritmo que temos, do estresse e problemas do dia a dia, a prevenção deve ser
iniciada mais cedo.
Claro que alguns fatores influenciam na idade de
início e na periodicidade com que essas consultas devem acontecer, mas fazer
uma avaliação com um cardiologista pode ajudar na prevenção de potenciais
problemas e até no diagnóstico precoce de algumas doenças. E quando digo
precoce, me refiro a diagnósticos feitos até mesmo antes do nascimento!
Com os recursos atuais, é possível realizar, ainda
durante a gestação, a avaliação cardiológica não apenas da mãe, mas também da
criança. O ecofetal pode diagnosticar cardiopatias muito graves e em algumas
situações é possível tratar o bebê ainda no útero ou nos primeiros dias de
vida, realizando procedimentos sob o coração para corrigir ou melhorar o
prognóstico da doença. E veja, isso pode acontecer com qualquer um, mesmo sem
histórico familiar. A recomendação é que a gestante faça esse exame com cerca
de 20 semanas, quando o feto já está mais formado.
Ainda sobre as mulheres, no caso de uma gravidez
planejada, para aquelas que nunca passaram por uma avaliação cardiológica na
vida, eu recomendo que, até mesmo antes de engravidar, procurem um
cardiologista. Vale a pena realizar a avaliação, ter uma conversa com um
profissional e fazer exames básicos, como um ecocardiograma. Em um simples
exame clínico, por exemplo, é possível detectar algum problema, principalmente
de válvula ou sopro no coração.
Agora, quando falamos da população de maneira geral,
realizando uma rápida pesquisa na internet, você vai ler por aí que a
recomendação é iniciar essas avaliações do coração muito tardiamente, já
ultrapassando a quarta ou quinta década de vida.
Vejamos um exemplo: uma mulher de 35 anos, com
histórico de doença coronária na família, tabagista, que tem hipertensão e
diabetes. Em um caso assim, você não pode esperar que ela chegue aos 45, 50
anos ou entre na menopausa para iniciar o processo e acompanhamento.
Por isso, é preciso avaliar caso a caso. Sem dúvida
nenhuma, o histórico familiar conta muito e os próprios hábitos e antecedentes
de cada pessoa, tanto homem como mulher, influenciam.
Minha orientação para as mulheres que não apresentam
fatores de risco, sintomas e histórico familiar, é iniciar esse acompanhamento
cardiológico entre 35 e 40 anos. Para os homens, a partir dos 35 anos.
A periodicidade indicada para as consultas também
varia. Para aqueles que já têm algum diagnóstico de cardiopatia, a recomendação
é uma visita ao médico especialista a cada seis meses - ou até menos,
dependendo do indicado pelo profissional que faz o acompanhamento do caso.
Outro grupo que precisa desse acompanhamento
semestral é dos hipertensos e pessoas que têm o colesterol elevado. No caso de
hipertensos, por exemplo, muitos descuidam da pressão ao longo do tempo. Isso
pode trazer um desgaste das artérias do corpo, principalmente as coronárias,
que acabam levando ao aparecimento da doença obstrutiva das artérias. Ainda no
caso de pessoas que têm resistência a tomar medicamentos, muitas vezes é
preciso reduzir esses intervalos para períodos menores, de quatro em quatro
meses.
Já quem apresenta algum fator de risco, mas não tem
nenhum sintoma e está dentro da faixa de idade que mencionei anteriormente,
pode realizar essa avaliação anualmente. Por último, uma pessoa mais jovem (com
menos de 30 anos) que tenha o hábito de fazer check-ups, com colesterol normal,
sem hipertensão, que pratica atividades físicas e não tem nenhum fator de
risco, é possível fazer esse acompanhamento cardiológico a cada dois anos.
No entanto, reforço que em qualquer época da vida,
ao sentir alguma limitação do ponto de vista físico, um cansaço fora do normal,
falta de ar, uma palpitação (o coração bate de forma muito acelerada ou
irregular), é essencial procurar um cardiologista. Isso poderá ser decorrente
de uma situação de deficiência do coração que precisa ser diagnosticada e
tratada. E isso não é válido apenas para adultos, mas também para uma criança
ou adolescente, por exemplo, que faz atividade física na escola e percebe
alguma limitação recorrente.
Por isso, faça seu acompanhamento periódico e, ao
menor sinal, procure um cardiologista! Muitas doenças podem ser diagnosticadas
e tratadas no início, sem sequelas ou complicações mais graves.
Nenhum comentário:
Postar um comentário