JAC T40 1.5
O T40 é o primeiro veículo da terceira fase no Brasil da marca chinesa importada pelo Grupo Sérgio Habib. Saíram de cena o J3 nas carrocerias hatch e sedã e o subcompacto J2. Em breve, o T5 e o T6 serão levemente reestilizados e mudarão de nome. A JAC Motors mudou até o logotipo, aposentando a estrela - que não deu sorte - para dar ênfase às três letras.
O estilo é agradável e a grade cromada
dá um toque de modernidade, mas o polimento chega a ser exagerado. O
maior defeito do estilo, no entanto, é a sua falta de originalidade. Os
três utilitários da JAC (T5, T6 e o T40) parecem clones do Hyundai ix35.
Na classificação ficou em uma posição mediana.
Também em posição intermediária ficou o
acabamento, bem superior se comparado aos outros modelos da JAC
vendidos até agora. Tem couro costurado no painel, mas ainda mantém
muito plástico. Por isso que perdeu meus pontos subjetivos.
O espaço interno para as pernas no
banco de trás é outro destaque do T40, desta vez, conquistando um bom
resultado no comparativo, perdendo apenas para o Honda HR-V. Já o
porta-malas de 450 litros não foi superado pelos concorrentes aqui
analisados. A segunda vitória do T40 vem do preço. Básico, ele custa R$
57.990, mas com o chamado Pack 3 (o Pack 1 está indisponível no site)
aumenta para R$ 60.990 e, ainda assim, é o mais barato desses nove.
Mas, para custar tão pouco, mesmo a
versão completa não tem vários dos equipamentos presentes nos rivais,
como airbags laterais e de partida, sistema de entrada e partida sem
chave, bancos em couro, ar condicionado digital e, principalmente, o
câmbio automático. Mas tem sistema multimídia, controles de tração e
estabilidade, assistente de partida em rampa, piloto automático,
monitoramento de pressão de pneus, luzes diurnas em LED, câmeras frontal
(esta mais para a segurança pública) e de ré, sensores de
estacionamento e crepuscular, faróis com regulagem elétrica de altura e
ISOFIX, entre outros triviais.
As fragilidades do JAC não param na
lista de equipamentos. Seu motor 1.5, embora flex e VVT, rende 125/127
cavalos e só supera os 114 cv do 1.6 do Nissan Kicks. A aceleração em
11,8 segundos consegue ser mais rápida que o Renegade e seus 139
cavalos, mas a falta da transmissão automática (por enquanto, ele usa
apenas o manual de cinco marchas) entrega uma retomada de 16,75 segundos
e ele fica abraçado ao Jeep nas duas últimas posições. Pelo menos o
consumo de 8,1 km/l na cidade e 11,1 km/l na estrada, com álcool, é
muito bom e dá o T40 o seu melhor resultado nas provas da revista Carro.
Só foi superado pelo Suzuki Vitara, que tem o seu motor turbo movido
apenas a gasolina, mais econômico. O ruído de 64,1 decibéis volta a
decepcionar e é o pior dos nove. Já a frenagem de 25,27 metros, também a
80 km/h, é razoável.
Não vou cobrar da JAC Motors um
aumento intensivo do número de concessionárias, que é o menor: apenas
41, mas se puder aumentar a rede de postos de assistência, o consumidor
agradece.
Para não atrasar a publicação deste
comparativo e não deixar de falar do JAC T40, incluí o novo utilitário.
Embora tenha superado o Jeep Renegade no número de vitórias, ele se
sairia melhor enfrentando o Renault Duster e o Honda WR-V (o Fit com
cara de aventureiro), que, aliás, tem a grade bem parecida com a do
chinês.
http://novoguscar.blogspot.com.br/2017/11/comparativos-suvs-compactos-2017.html
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