Em almoço com o presidente Michel Temer, ontem, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso classificou a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita o aumento dos gastos públicos como o primeiro passo para tirar o País da crise. FHC disse que o Brasil enfrenta um quadro econômico "degradado" e por isso se mostrou satisfeito com a vitória do governo no Câmara.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, também participaram do encontro entre o ex-presidente e Temer, no Palácio do Jaburu.
A avaliação, durante o almoço, foi a de que a aprovação da chamada PEC do Teto em primeiro turno pela Câmara, com 366 votos, é um importante sinal de que o governo tem força para recuperar a economia. A proposta ainda será submetida a uma segunda votação, dia 24, e, depois, encaminhada ao Senado.
Temer disse a Fernando Henrique que também pretende promover um jantar com senadores da base aliada, nos mesmos moldes do que foi organizado com os deputados, no domingo (9).
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A reforma política e as eleições municipais foram outros dois assuntos que fizeram parte da conversa no Jaburu. A partir da próxima semana, líderes dos partidos devem discutir a reforma política e tratar de alterações no sistema eleitoral. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou na terça-feira (11), que há uma reunião marcada com os líderes e com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no próximo dia 18, para tratar do tema.
No encontro de ontem, Gilmar Mendes manifestou preocupação com a pauta da reforma política discutida no Congresso e disse ser necessário encontrar uma forma eficaz de financiamento eleitoral. Sob a presidência de Mendes, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificou irregularidades e fraudes na doação para campanhas, na disputa deste ano, a primeira em que passou a valer a proibição do financiamento empresarial.
Congelamento
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) criticou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que limita o crescimento de gastos públicos. Em sua conta no Twitter, o político disse que a medida "congela o desenvolvimento do Brasil por 20 anos e põe nossas riquezas naturais e trabalho aviltado à disposição do capital vadio".
O peemedebista também afirmou que a PEC 241 é um retrocesso e prejudica o "povo pobre" do País. Para Requião, a PEC 241 é um produto de "idealismo" de direita. "Falsa visão da realidade. Economistas de apostila que não são brasileiros", ressaltou.
Fonte: Diário do Nordeste
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