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sexta-feira, 10 de abril de 2015

7 alterações físicas que sua mente pode fazer em seu corpo

Não acredita no poder da mente sobre o corpo? É só pensar no efeito placebo. Ou todas as doenças estão na nossa cabeça, ou nossa cabeça é realmente capaz de curar doenças. De qualquer forma, esse é apenas um de muitíssimos fenômenos que provam que a mente é muito mais incrível que o corpo.


7. Se sua mente acreditar que você não está cansado, é como se você não estivesse cansado
Pesquisadores do Colorado College (EUA) mediram as ondas cerebrais de participantes enquanto eles dormiam. Também disseram aos participantes que a quantidade de tempo que eles gastavam em sono REM tinham um efeito enorme sobre seu descanso na manhã seguinte (o que não é verdade).
Em seguida, eles separaram aleatoriamente os participantes em grupos. Um grupo soube que tinha passado muito tempo no sono REM. O segundo grupo soube que teve uma má noite de sono, pois não passou muito tempo em REM (o que também não era verdade).
Devido ao efeito placebo, seria normal se as pessoas informadas de que não descansaram à noite começassem a bocejar imediatamente, independente da verdade. Mas o que realmente aconteceu foi mais surpreendente. Ambos os grupos fizeram testes cognitivos e os pesquisadores descobriram que, de alguma forma, o primeiro grupo teve um desempenho significativamente melhor. Só porque eles pensaram que tiveram um sono de qualidade, seus cérebros realmente começaram a trabalhar melhor.
Ou seja, não reclame de cansaço nas manhãs mais duras de trabalho. Tudo indica que você se sairá melhor se acreditar fielmente que dormiu bem.


6. Efeito placebo funciona até com animais
O ponto do efeito placebo parece ser a expectativa dos indivíduos – supor que o remédio vai funcionar é o que faz com que ele funcione.
Se o seu cão fica doente, você tem que enganá-lo para tomar remédio, geralmente escondendo-o em meio à comida. Por isso, pode-se presumir que a expectativa do cão é somente de comer algo incrível. Como poderia uma pílula de placebo funcionar para ele, se o bichinho nem sabe que está tomando uma?
A resposta é condicionamento. Aparentemente, a expectativa não precisa ser consciente. Um estudo feito com cães que apresentaram sinais de ansiedade de separação começou dando aos animais doses regulares de um medicamento real, o que foi eficaz. Quando os pesquisadores trocaram a medicação por um placebo, o tratamento continuou funcionando. Evidentemente, os pequenos cérebros dos cachorros ainda estavam fazendo uma espécie de conexão pavloviana entre o tratamento e o resultado, mesmo que os próprios cães não estivessem conscientes sequer de que estavam se tratando.


5. Pensamento positivo pode melhorar a sua visão
Muitos medicamentos placebo podem funcionar em condições um pouco nebulosas, por exemplo, um suplemento para reduzir a dor articular pode parecer eficaz simplesmente porque é difícil quantificar a dor. Mas como o efeito placebo poderia funcionar com coisas que são fáceis de quantificar, como a precisão da sua visão?
Quem tem uma visão normal provavelmente consegue ler os primeiros dois terços de um teste de visão (aqueles quadros com letras usados pelos oftalmologistas) muito bem.
Pesquisadores de Harvard resolveram criar novos testes de visão com letras ainda menores do que o usual e, em seguida, realizaram os testes em participantes que não sabiam disso. Como as pessoas esperavam ter dificuldade somente com o último terço do quadro, acabaram lendo corretamente as letras que eram muito pequenas até para uma pessoa com visão normal.
Os cientistas também descobriram que apenas inverter a ordem das letras no quadro, colocando as menores no topo e as maiores embaixo, teve um resultado semelhante, com mais pessoas sendo capazes de lê-las corretamente por causa da expectativa que já tinham de que o topo do quadro seria mais fácil de ler.
Mesmo o entorno das pessoas pode desempenhar um papel na precisão de sua visão. Em outro experimento, cadetes que associavam pilotos de caça com boa visão tiveram um desempenho substancialmente melhor em testes de visão quando estavam fingindo ser um em um simulador. Somente agir como alguém com boa visão foi o suficiente para enganar o cérebro dos cadetes a realmente ter boa visão.


4. Você pode enganar seu corpo a ficar em forma
Se você está tentando perder peso, sabe a importância de comer direito. Mas você tem um inimigo: um hormônio chamado grelina, que afeta sua fome e quão rápido seu metabolismo queima calorias. Quanto mais tempo você fica sem comer, mais os níveis de grelina aumentam, de forma que você fica com fome e seu metabolismo fica mais lento. Um combo Big Mac faz com que os níveis de grelina diminuam bastante rapidamente, mas uma maçã não. Então, uma das razões pelas quais pessoas obesas quase sempre ganham de volta o peso que perderam é que seus níveis de grelina nunca se ajustam.
Em um estudo, quando participantes beberam um milkshake com alto teor calórico, isso fez com que seus níveis de grelina caíssem mais do que quando receberam um milkshake de baixa caloria. Mas a boa notícia foi que o mesmo ocorreu quando os participantes apenas PENSARAM que tomaram o milkshake altamente calórico. O metabolismo acelerou e a fome foi embora. Do mesmo jeito, os participantes que acharam que estavam consumindo a opção mais saudável tiveram fome mais rápido e seus metabolismos ficaram mais lentos.
Ainda mais estranho foram os resultados de um estudo envolvendo grupos de empregadas de hotéis. Um grupo foi informado de que o seu trabalho no dia-a-dia servia como exercício físico. Só essa informação foi o suficiente para diminuir a pressão arterial, melhorar a gordura corporal e até mesmo ajudar as empregadas desse grupo a perder peso, apesar de nenhuma delas ter feito mais exercício do que o habitual. A única mudança foi mental.




3. Placebo pode funcionar mesmo que você saiba que é placebo
Um estudo que utilizou apenas placebos para tratar pacientes, informando-os do que eram, descobriu que o efeito pode funcionar mesmo que as pessoas saibam exatamente que não estão tomando um remédio real.
Os pesquisadores separaram dois grupos de pacientes com síndrome do intestino irritável e um deles recebeu um frasco de comprimidos nomeado “Placebo”, enquanto o outro não recebeu nada. O grupo do placebo ouviu uma explicação do médico de que aquilo não continha nenhum ingrediente ativo.
No grupo que não recebeu nenhum comprimido, apenas 35% dos pacientes relataram melhora após três semanas. No grupo que tomou conscientemente placebo, 60% relataram melhora.
Os pesquisadores acreditam que uma grande parte dos resultados se deveu ao fato de que os pacientes estavam bem informados sobre o próprio efeito placebo e o quão poderoso ele pode ser. Ou seja, sua crença no efeito placebo se tornou seu placebo.


2. Médicos prescrevem medicação real por seu efeito placebo
Se você ainda não está convencido de que o efeito placebo permeia todos os aspectos de sua vida cotidiana, considere isto: o efeito placebo não é causado apenas por placebos. De fato, alguns pesquisadores acham que ele tem um papel em praticamente todos os tratamentos médicos.
É difícil descobrir exatamente quanto benefício de um medicamento vem do seu efeito placebo, mas um estudo com a medicação para a dor Maxalt determinou que até metade do alívio sentido pelos pacientes foi, na verdade, resultado de suas expectativas e não do próprio medicamento. A eficácia de outros tratamentos, como os com antidepressivos, pode depender em até 80% do efeito placebo.
Os médicos sabem disso, e usam essa informação a seu favor. Um estudo de 2007 feito em Chicago, nos EUA, concluiu que cerca de metade dos médicos prescreviam tratamentos ou medicamentos inúteis na esperança de induzir um efeito placebo no paciente. Se o doente pensa que vai ajudar, o tratamento pode de fato ajudá-lo.
Isso funciona na direção contrária também. Uma pesquisa descobriu que pacientes que tomaram a medicação Finasteride e foram informados de que disfunção sexual era um possível efeito colateral tiveram duas vezes mais probabilidade de sofrer de impotência.
Ou seja, pode ser uma boa ideia pular a lista de possíveis efeitos colaterais dos remédios que você está tomando atualmente.

1. Quando mais caro é alguma coisa, melhor ela funciona
Uma medicação para a dor que custa R$ 50 a caixa é mais provável de ajudá-lo do que uma que custa apenas R$ 10, mesmo se ambos os comprimidos forem idênticos. Isso de acordo com um estudo feito pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA) que concluiu que, como esperamos mais de coisas caras, nossos cérebros podem transformar essa expectativa em uma profecia autorrealizável.
Caso você esteja se perguntando, não, não funciona só com medicamentos. Um outro estudo descobriu que pessoas que pensaram que beberam uma bebida energética cara se sentiram mais alertas e desempenharam melhor em testes cognitivos do que aqueles que tomaram a mesma bebida, mas ficaram sabendo que ela estava com desconto.
E, enquanto não é nenhuma surpresa que as pessoas dizem preferir um vinho caro a um barato, mesmo que sequer saibam a diferença entre eles, quando pesquisadores mapearam cérebros de participantes de um estudo, verificou-se que os cérebros dos que tomaram o vinho que eles pensaram que era o mais caro de fato estavam “curtindo” mais a bebida. [Cracked]

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