22/04 -- Dia da Força Aérea Brasileira
22 de Abril Força Aérea Brasileira (FAB)
A história da Força Aérea Brasileira (FAB) tem nomes consagrados. Tudo teve início com pessoas que se dedicaram à aeronáutica, como Bartolomeu de Gusmão (inventor do aeróstato) e Alberto Santos Dumont (primeiro homem a elevar-se aos ares em um vôo controlado por seus próprios meios), pioneiros da aviação no mundo.
Pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial, o ser humano conseguiu dominar as máquinas voadoras. O governo brasileiro fez, então, em 1913, um acordo com o governo francês, que enviou militares para darem suporte e ministrarem conhecimento técnico aos aviadores brasileiros. Foi formada, na época, no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, uma missão militar para treinar pilotos da Marinha e do Exército, com objetivos militares.
Essa missão deu origem à Escola Brasileira de Aviação, que iniciou suas atividades em 2 de fevereiro de 1914. O Brasil recebeu uma série de aeronaves para treinamento, tanto do Exército como da Marinha, e enfrentou um novo desafio no adestramento de seus pilotos e na preparação do equipamento. O início dessa aviação também contribuiu para o desbravamento do interior do país, então pelo ar. O Exército e a Marinha lançaram-se na abertura de novas rotas aéreas, com o apoio do Departamento de Comunicações do então Ministério de Viação e Obras Públicas, que fazia o controle do movimento dessas e de outras aeronaves.
A 12 de junho de 1931, dois tenentes da Aviação Militar - Nélson Freire Lavenère-Wanderley e Casimiro Montenegro Filho - pilotando um Curtiss Fledgling K 263, saíram do Rio de Janeiro e chegaram a São Paulo, transportando a primeira mala postal. Nascia, assim, o Correio Aéreo Militar (CAM), hoje Correio Aéreo Nacional (CAN), cuja missão é assegurar a presença do Governo Federal no interior do Brasil, sob a responsabilidade da FAB.
A FAB tomou tamanho vulto, que passou a ser considerada um poder estratégico e único. Dessa forma, no dia 20 de janeiro de 1941, foi criado o Ministério da Aeronáutica, e a Força Aérea separou-se do Exército e da Marinha para formar uma Força Armada única e autônoma.
A FAB teve, no passado, grandes missões, entre as quais as batalhas na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial, em que se destacou o 1º grupo de caça, cujo grito, "Senta a pua!", ecoou nos céus italianos.
Os anos seguintes permitiram um engrandecimento do setor aeronáutico brasileiro, ao ser criada uma respeitável infra-estrutura por todo o país, aumentando a capacidade tecnológica e organizando toda a aviação civil e militar.
Fonte: www.paulinas.org.br
Dia da Força Aérea Brasileira
22 DE ABRIL
O uso de aviões como instrumento estratégico iniciou-se durante a I Guerra Mundial. quando aeronaves foram empregadas em missões de Observação no campo de batalha. Essas primeiras missões dariam origem, posteriormente, à Aviação de Caça que, inicialmente, conduzia atiradores de elite nas naceles traseiras das aeronaves, atirando nos aviões inimigos. Daí surgiriam os lançadores de bombas, acionados pelo próprio piloto.
Na primeira década do século XX, mediante acordo governamental, o Brasil contratava militares franceses com o objetivo de treinar pilotos da Marinha e do Exército, visando a implantação de uma Força Aérea Brasileira. Essa iniciativa deu origem à Escola Brasileira de Aviação,sediada no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro. Mais tarde ela seria transferida para Pirassununga, SP, onde as condições topográficas eram mais favoráveis.
Às Forças Armadas cabe a defesa da Pátria através da garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem e a participação em operações de paz. A Aeronáutica, especificamente, desempenha o importante papel de vigiar o espaço aéreo brasileiro, controlando o tráfego e as atividades em geral da Aviação Civil.
Contribuir para a formulação e condução da Política Aeroespacial Nacional, estabelecer, equipar e operar a infra-estrutura aeroespacial, aeronáutica e aeroportuária também se constituem em algumas das tarefas dessa Instituição.
Fonte: Afa e Fab do Brasil
Dia da Força Aérea Brasileira
22 de Abril
O Dia da Força Aérea Brasileira é comemorado no dia 22 de abril por ter sido esta a data em que o 1º Grupo de Aviação de Caça realizou o maior número de missões durante a Segunda Guerra Mundial, em 1945. Nesse dia, o grupo chegou a realizar 11 missões, envolvendo 44 decolagens com apenas 22 pilotos. A primeira missão começou às 8:30 e o último avião retornou à base às 20:45.
A FAB
Junto com o Exército e a Marinha, a Força Aérea Brasileira (FAB) compõe as Forças Armadas brasileiras, subordinadas ao Ministério da Defesa. Entre tantas outras atribuições, a FAB é responsável, no ar, pela defesa do território brasileiro, realizando vôos de observação ou ataque. Também serve à sociedade, orientando, coordenando e controlando a aviação civil, e emociona as pessoas com as manobras radicais da Esquadrilha da Fumaça.
Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil, cabe à Força Aérea Brasileira:
orientar, coordenar e controlar as atividades de Aviação Civil;
prover a segurança da navegação aérea;
contribuir para a formulação e condução da Política Aeroespacial Nacional;
estabelecer, equipar e operar, diretamente ou mediante concessão, a infra-estrutura aeroespacial, aeronáutica e aeroportuária;
operar o Correio Aéreo Nacional.
A Constituição também determina o efetivo da Força Aérea Brasileira. Atualmente, são 65 mil militares, dos quais 1.300 são mulheres.
prover a segurança da navegação aérea;
contribuir para a formulação e condução da Política Aeroespacial Nacional;
estabelecer, equipar e operar, diretamente ou mediante concessão, a infra-estrutura aeroespacial, aeronáutica e aeroportuária;
operar o Correio Aéreo Nacional.
A Constituição também determina o efetivo da Força Aérea Brasileira. Atualmente, são 65 mil militares, dos quais 1.300 são mulheres.
O contingente de máquinas da FAB conta, hoje, com cerca de 700 aeronaves, incluídas aí as de caça, transporte, busca e salvamento, patrulha e helicópteros.
UM POUCO DO HISTÓRIA
Não se pode falar de aviação brasileira sem se mencionar o Pai da Aviação, Santos-Dumont - o homem que voou pela primeira vez em um aparelho mais pesado do que o ar, com propulsão própria. Por mérito de uma vida inteira dedicada à conquista dos ares, recebeu o título honorífico de Marechal-do-Ar.
Santos-Dumont influenciou a construção de aeroplanos no início do século XX. O que ele não esperava era a utilização dos aviões na Primeira Guerra Mundial, deflagrada em 1914. Muitas invenções que, de início, tinham finalidades pacíficas tornaram-se poderosos instrumentos de guerra, e Santos-Dumont assistiu a tudo isto horrorizado.
Foi também por causa da Primeira Guerra Mundial que o Brasil começou a investir na indústria aeronáutica. A estruturação nacional em torno da aviação foi gradativa.
O primeiro treinamento para uma missão militar utilizando aeronaves se deu no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro. Como ainda não fora criada a Aeronáutica, os pilotos eram militares da Marinha e do Exército. A partir desta missão, foi criada em 1914 a Escola Brasileira de Aviação, com primeira sede no Campo dos Afonsos.
Durante a Primeira Guerra, a Escola foi fechada. Em julho de 1919, no mesmo lugar passa a funcionar a Escola de Aviação Militar, sob comando da Marinha e Exército, que formava pilotos- aviadores, observadores, aéreos, mecânicos e operários especializados.
Como se pode perceber, a coincidência do ano de criação da Escola com o início da Primeira Guerra não foi em vão. Durante os confrontos, os aviões serviam como observadores do campo de batalha e, posteriormente, passaram a participar ativamente dos ataques - surgindo aí a Aviação de Caça. Inicialmente, atiradores na parte traseira do avião disparavam contra aeronaves inimigas em missão de observação no território. Depois, os próprios aviões, a partir de aparatos mecânicos, passaram a projetar bombas - cada vez com mais controle do piloto e com maior poder de destruição.
No Brasil, as aeronaves estavam, na maior parte do tempo, voltadas a missões de treinamento de guerra e, portanto, nascia o debate: seria a aviação um ramo da Marinha e Exército ou deveria tornar-se um novo setor militar?
A resposta a essa disputa foi a criação do Ministério da Aeronáutica, em 1941, cujo titular designado fora Joaquim Pedro Salgado Filho. A atividade aérea no Brasil tornou-se independente e, a partir de então, o setor aeronáutico do país atravessou grandes avanços.
Em 1999, os Ministérios da Marinha, do Exército e da Aeronáutica se tornaram, respectivamente, Comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Todos os três formando o Ministério da Defesa, e cada um sob a responsabilidade de um Comandante.
A Esquadrilha da Fumaça
Realizar manobras espetaculares no ar é uma aventura para poucos. O rastro de fumaça deixado por aviadores audaciosos formando desenhos causa comoção em adultos e crianças - e muitos já sonharam em pilotar aviões inspirados pela Esquadrilha da Fumaça.
Com um currículo de mais de 2.600 exibições - no Brasil e no exterior - a Esquadrilha da Fumaça existe desde 1952, data de sua primeira exibição oficial. Esteve literalmente "fora do ar" desde 1977 até 1982, quando ressurgiu com um novo nome: Esquadrão de Demonstração Aérea. O nome oficial, entretanto, não impede que popularmente estes pilotos ainda sejam conhecidos como Esquadrilha da Fumaça ou simplesmente Fumaça.
Máquinas militares operando com graça, harmonia e segurança. A Esquadrilha da Fumaça também é um elo que aproxima as Forças Armadas da população civil, em momentos de adrenalina, longe da imagem da guerra.
As aeronaves utilizadas são os T-27 Tucano, de indústria brasileira. Portanto, cada apresentação da Fumaça é também a divulgação de um produto de qualidade, que permite manobras ágeis com segurança. Trata-se igualmente de uma forma de levar a presença daFAB ao exterior, demonstrando não só o produto aeronáutico, como a capacidade e o alto grau de treinamento dos militares da nossa Aeronáutica.
CURIOSIDADES
Além da Guerra, outra deixa para o desenvolvimento da aviação no Brasil foram as expedições aéreas de reconhecimento no interior do país. Numa época em que a navegabilidade aérea não contava com quase nenhum recurso, foi importante a participação dos municípios, que pintavam o nome da cidade sobre o telhado das estações ferroviárias para orientar os aviões.
O Correio Aéreo Nacional surgiu em 12 de junho de 1931. Foi quando dois Tenentes da Aviação Militar levaram do Rio de Janeiro até São Paulo a primeira mala postal via aérea. O conteúdo: duas cartas.
AERONAVES DE CAÇA
Mirage F-2000
Os sons dos motores anunciaram, de longe, a novidade. Os aviões atravessaram o pátio de aeronaves e estacionaram diante das autoridades e do público. Todos aplaudiram a chegada. As duas primeiras aeronaves Mirage 2000-C de um total de 12 unidades adquiridas da França pela Força Aérea Brasileira (FAB) foram incorporadas no dia 4, em solenidade no Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), em Anápolis (GO).
O evento teve a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado do Ministro da Defesa, Waldir Pires, do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Luiz Carlos da Silva Bueno, e de outras autoridades. As aeronaves foram conduzidas até o local da solenidade pelo Major Marcelo Grolla e Capitão Antonio Mione, que estão realizando treinamento na nova aeronave na França.
Em discurso, o Presidente da República destacou a importância das novas aeronaves e do trabalho realizado pela FAB em prol do país. “Nesta ocasião em que a Força Aérea Brasileira recebe os seus mais novos aviões de combate, faço questão de registrar publicamente o respeito e a admiração que sinto por todos os profissionais da Aeronáutica. Sua dedicação à defesa da soberania nacional, à eficiente guarda do espaço aéreo brasileiro e à proteção de nossas imensas fronteiras é certamente um fator de segurança com o qual todos os brasileiros podem contar”, disse.
Ele enfatizou que o País continuará reestruturando a Força. “Com os Mirage, eliminamos uma lacuna em nosso dispositivo de defesa aeroespacial. Mas o planejamento estratégico de nossa defesa inclui a chegada futura do FX, imprescindíveis elementos de avanço tecnológico para a Força Aérea”.
De acordo com o cronograma inicial de entrega, estão previstas outras duas aeronaves em outubro, mais quatro em 2007 e outras quatro em 2008. As aeronaves já incorporadas participaram do desfile aéreo da FAB no dia 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), ao lado de outros dois caças franceses do mesmo modelo.
UM TRASLADO DE MAIS DE 9 MIL QUILÔMETROS
Os aviões de caça Mirage F-2000 chegaram ao Brasil após um longo traslado entre a cidade de Orange, na França, onde os militares brasileiros realizam o treinamento na nova aeronave, e a Base Aérea de Anápolis (GO). Foram mais de 9 mil quilômetros e um tempo de vôo superior a 11 horas.
A primeira etapa do traslado, que durou cerca de cinco horas, foi da França até Dakar. Da capital do Senegal até o destino final da missão foram mais seis horas e vinte minutos de jornada. Para tornar a operação possível, sem que acontecessem pousos técnicos em outras localidades, foram realizados reabastecimentos em vôo (REVO), nos quais, ao todo, foram transferidos do avião reabastecedor para os Mirage mais de 13 toneladas de combustível.
Um dos pilotos brasileiros que participou do traslado, o major Marcelo Grolla, diante do momento histórico, fez questão de levar a Bandeira Nacional para dentro do avião. “Foi um momento muito emocionante. Essa aeronave vai operar pela defesa do Brasil”, disse logo após pousar em Dakar
Mirage III
Avião de combate de maior sucesso produzido na Europa ocidental. Foram utilizados durante muito tempo pela defesa francesa, além de haver atuado de forma decisiva na campanha aérea da Guerra dos Seis Dias, em 1967; foram empregados pela Força Aérea Argentina na Guerra das Malvinas, em 1982. No Brasil, são parte do Primeiro Grupo de Defesa Aérea, realizando missões de Interceptação e no Controle de Tráfego Aéreo Brasileiro. É, juntamente com o F-5 E, a primeira linha de defesa de nosso espaço aéreo.
País de origem: França
Fabricante: Dassault-Breguet
Tipo: Interceptador de defesa aérea
Desempenho: Vel. máxima: 2 .400 km/h vazio a nível do mar e Mach 2.2 a 12.000 m
Peso: Vazio: 7.050 kg
Máx. decolagem: 13.500 kg
Dimensões: Envergadura: 8,22 m
Comprimento: 15,03 m
Altura: 4,50 m
Status: Desativado
Área de asa: 34,85 m²
Armamento: 2 canhões DEFA de 30 mm com diversas combinações de bombas, foguetes e mísseis teleguiados até 1.814 kg
Fabricante: Dassault-Breguet
Tipo: Interceptador de defesa aérea
Desempenho: Vel. máxima: 2 .400 km/h vazio a nível do mar e Mach 2.2 a 12.000 m
Peso: Vazio: 7.050 kg
Máx. decolagem: 13.500 kg
Dimensões: Envergadura: 8,22 m
Comprimento: 15,03 m
Altura: 4,50 m
Status: Desativado
Área de asa: 34,85 m²
Armamento: 2 canhões DEFA de 30 mm com diversas combinações de bombas, foguetes e mísseis teleguiados até 1.814 kg
F-5 Tiger II
Caça tático de defesa aérea e ataque ao solo, é um dos aviões mais operados no mundo, com mais de 1.350 unidades vendidas e presente em mais de 20 Forças Aéreas. Pelo Brasil, ficou famoso por seu desempenho na Guerra das Malvinas, ao interceptar um bombardeiro Vulcan inglês que invadira nosso espaço aéreo.
País de origem: Estados Unidos
Fabricante: Northrop
Tipo: Caça tático
Desempenho: Vel. máxima: 2.112 km/h
Peso: Vazio: 4.346 kg
Máx. decolagem: 11.192 kg
Dimensões: Envergadura: 8,13 m
Comprimento: 14,68 m
Altura: 4,06 m
Status: Modernizado para F5 - M
Fabricante: Northrop
Tipo: Caça tático
Desempenho: Vel. máxima: 2.112 km/h
Peso: Vazio: 4.346 kg
Máx. decolagem: 11.192 kg
Dimensões: Envergadura: 8,13 m
Comprimento: 14,68 m
Altura: 4,06 m
Status: Modernizado para F5 - M
Área de asa: 17,28 m²
Armamento: 2 canhões M39A2 de 20 mm com 280 tiros cada, 2 mísseis Python 3; até 3.175 kg de armamentos em 5 pontos "duros", incluindo bombas, foguetes e mísseis ar-terra.
AMX A-1
Faz parte do quadro da Força Aérea Brasileira desde 1989, realiza reconhecimento e ataque a objetivos de superfície sobre ou por trás das linhas de frente e opera a partir dos mais modernos sistemas de auxílio à navegação e ao ataque em ambientes hostis. É também capaz de operar a partir de pistas danificadas ou até mesmo de estradas, já que consegue decolar em apenas 850 metros. A capacidade de reabastecimento em vôo lhe proporciona excelente raio de ação.
País de origem: Brasil/Itália
Fabricante: Consórcio Embraer, Aermacchi e Alenia
Tipo: Reconhecimento e ataque ao solo
Desempenho: Vel. máxima: 1160 km/h
Peso: Vazio: 6.700 kg
Missão Padrão: 10.750 kg
Máx. decolagem: 13.000 kg
Dimensões: Envergadura: 9,97 m
Comprimento: 13,55 m
Altura: 4,55 m
Status: Em serviço
Área de asa: 21 m²
Armamento: 2 canhões DEFA de 30 mm, armamento externo em uma armação de duplo "pylon" sob a fuselagem, além de 4 pontos "duros" sob as asas e de 2 trilhos de ponta de asa para mísseis ar-ar.
Fabricante: Consórcio Embraer, Aermacchi e Alenia
Tipo: Reconhecimento e ataque ao solo
Desempenho: Vel. máxima: 1160 km/h
Peso: Vazio: 6.700 kg
Missão Padrão: 10.750 kg
Máx. decolagem: 13.000 kg
Dimensões: Envergadura: 9,97 m
Comprimento: 13,55 m
Altura: 4,55 m
Status: Em serviço
Área de asa: 21 m²
Armamento: 2 canhões DEFA de 30 mm, armamento externo em uma armação de duplo "pylon" sob a fuselagem, além de 4 pontos "duros" sob as asas e de 2 trilhos de ponta de asa para mísseis ar-ar.
TRANSPORTE
C-95 Bandeirante
Produto da aviação civil e militar brasileiras, sucesso de vendas, "prata da casa". Fruto de projeto do Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento (IPD) do Centro Técnico Aeroespacial (CTA) na década de 60, tornando-se o ponto de partida para o incrível sucesso de nossa indústria aeronáutica, tanto no Brasil quanto no exterior. Entre suas funções: transporte de cargas leves e de passageiros; lançamento de pára-quedistas; operações de busca e salvamento; aferição de equipamentos dos aeroportos.
País de origem: Brasil
Fabricante: Embraer
Tipo: Avião de transporte médio
Desempenho: Vel. máxima: 452 km/h
Alcance: 1.900 km
Peso: Vazio: 3.402 kg
Máx. decolagem: 5.600 kg
Dimensões: Envergadura: -14,22 m
Comprimento: 15,33 m
Status: Em serviço
Altura: 4,73 m
Área de asa: 29 m²
Armamento: Nenhum
Fabricante: Embraer
Tipo: Avião de transporte médio
Desempenho: Vel. máxima: 452 km/h
Alcance: 1.900 km
Peso: Vazio: 3.402 kg
Máx. decolagem: 5.600 kg
Dimensões: Envergadura: -14,22 m
Comprimento: 15,33 m
Status: Em serviço
Altura: 4,73 m
Área de asa: 29 m²
Armamento: Nenhum
C-115 Buffalo
Avião desenhado para transporte de cargas, com o melhor desempenho em pistas curtas, o Buffalo é utilizado no lançamento de pára-quedistas e transporte de cargas leves. Sua presença em regiões mais remotas, principalmente na Região Amazônica, é um importante diferencial.
País de origem: Canadá
Fabricante: De Havilland Canadá
Tipo: Transporte de tropas e cargas leves
Desempenho: Vel. máxima: 435 km/h
Vel. máx. cruzeiro: 420 km/h a 3.050 m
Alcance: 1.112 km (8.164kg)
Peso: Vazio: 10.505 kg
Máx. decolagem: 18.598 kg
Dimensões: Envergadura: 29,26 m
Comprimento: 24,08 m
Status: Desativado
Altura: 8,73 m
Área de asa: 87,8 m²
Fabricante: De Havilland Canadá
Tipo: Transporte de tropas e cargas leves
Desempenho: Vel. máxima: 435 km/h
Vel. máx. cruzeiro: 420 km/h a 3.050 m
Alcance: 1.112 km (8.164kg)
Peso: Vazio: 10.505 kg
Máx. decolagem: 18.598 kg
Dimensões: Envergadura: 29,26 m
Comprimento: 24,08 m
Status: Desativado
Altura: 8,73 m
Área de asa: 87,8 m²
C-105 Amazonas
O CASA C-105 da EADS é um avião militar de transporte tático e versátil, com o custo operacional mais baixo sua categoria. O C-105 é capaz de realizar uma escala larga das missões com eficácia máxima: transporte tático e logistico, lançamento de para-quedistas, cargas ou evacuação médica.
Foi projetado operar-se das pistas de decolagem curtas nos mais diversos ambientes; seu forte clara permite o uso de campos macio-aplainados. A carga volumosa pode fàcilmente ser carregada ou descarregado através da porta traseira da rampa, que pode ser aberta no vôo para operações do airdrop. O C-105 pode fazer exame em muitas das missões realizadas por um avião mais pesado do transporte tal como o C-130 Hercules, mas com custos muito mais baixos (abaixo de um terceiros por a hora do vôo). Desde seu lançar-se em 2001, 50 C-105 foram vendidos a seis forças aéreas diferentes: Spain, Poland, Jordão, Argélia, Brasil e Portugal. Atualmente o avião 25 está já na operação nos ambientes os mais hostis, conseguindo níveis elevados da confiabilidade e custos de manutenção baixos. Payload máximo: 9.250 quilogramas Transporte da tropa: 71 soldados Transporte da carga: Cinco 88 " páletes de x 108 " (uma na rampa), ou três motores do lutador Evacuação médica: 24 esticadores e 4 assentos Motores: 2 x Pratt & Whitney Canadá PW127G de 2.645 SHP cada. Há também uma patrulha marítima (persuador C-105) e umas versões da guerra anti-submarino do C-105.
Os aviões C-105 serão a alma do programa CL-X, cujo objetivo é dotar a Força Aérea Brasileira (FAB) de aviões de transporte médio para o apoio às atividades ligadas ao Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM) e ao Projeto Calha Norte, de caráter fundamentalmente social, para apoio às populações em zonas remotas do Amazonas com difícil acesso por outros meios de transporte. Os 12 aviões EADS CASA C-105 substituirão os Bufalos C-115 e também darão apoio aos Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira.
C-130 Hércules
Utilizado em todo o mundo, o Hércules é o mais versátil avião de carga em sua classe. É uma aeronave famosa, devido a seu grande desempenho em muitas guerras internacionais: Vietnã, Guerra das Malvinas, Irã e Iraque. Conhecido no Brasil como "O Gordo", suas missões são Lançamento de Pára-quedistas ao Reabastecimento em Vôo, Busca e Salvamento e Transporte Aéreo e vôos com carregamentos de suprimentos à Antártida e à Amazônia, entre outras.
País de origem: Estados Unidos
Fabricante: Lockheed
Tipo: Avião básico de transporte pesado
Desempenho: Vel. máx. cruzeiro: 560 km/h
Alcance: 3.792 km
Com tanques extras: 7.876 km
Autonomia: 8 h
Peso: Vazio: 34.686 kg
Máx. decolagem: 79.379 kg
Dimensões: Envergadura: 40,41 m
Comprimento: 39 m
Status: Em serviço
Altura: 11,66 m
Área de asa: 162,1 m²
Fabricante: Lockheed
Tipo: Avião básico de transporte pesado
Desempenho: Vel. máx. cruzeiro: 560 km/h
Alcance: 3.792 km
Com tanques extras: 7.876 km
Autonomia: 8 h
Peso: Vazio: 34.686 kg
Máx. decolagem: 79.379 kg
Dimensões: Envergadura: 40,41 m
Comprimento: 39 m
Status: Em serviço
Altura: 11,66 m
Área de asa: 162,1 m²
VC-96 Brasília
É o popular 737, só que em uma versão 737-200. Na FAB, serve como transporte exclusivo da Presidência da República e por isto há um diferencial: possui uma cabine com infra-estrutura para reuniões e despachos.
País de origem e fabricação: Estados Unidos
Fabricante: Boeing
Tipo: Transporte executivo
Desempenho: Vel. máx. cruzeiro: Mach 0.7 a 10.760 m ou 747 km/h
Alcance máximo: 4.820 km
Autonomia: 6 h
Peso: Vazio: 27.488 kg
Máx. decolagem: 52.390 kg
Dimensões: Envergadura: 28,35 m
Comprimento: 30,48 m
Status: Em serviço
Altura: 11,28 m
Área de asa: 91,04 m²
Armamento: Nenhum
Fabricante: Boeing
Tipo: Transporte executivo
Desempenho: Vel. máx. cruzeiro: Mach 0.7 a 10.760 m ou 747 km/h
Alcance máximo: 4.820 km
Autonomia: 6 h
Peso: Vazio: 27.488 kg
Máx. decolagem: 52.390 kg
Dimensões: Envergadura: 28,35 m
Comprimento: 30,48 m
Status: Em serviço
Altura: 11,28 m
Área de asa: 91,04 m²
Armamento: Nenhum
C-91 Avro
O Avro é uma aeronave presente nas forças armadas de vários países. É um avião de transporte de carga e de passageiros, mas também realiza missões de lançamento de pára-quedistas.
País de origem: Inglaterra
Fabricante: Hawker Siddley
Tipo: Avião de transporte
Desempenho: Vel. máx. cruzeiro: 452 km/h
Alcance: 2.613 km
Peso: Vazio: 11.545 kg
Máx. decolagem: 23.133 kg
Dimensões: Envergadura: 30.02 m
Comprimento: 20.42 m
Status: Desativado
Altura: 7.57 m
Área de asa: 75,35 m²
Fabricante: Hawker Siddley
Tipo: Avião de transporte
Desempenho: Vel. máx. cruzeiro: 452 km/h
Alcance: 2.613 km
Peso: Vazio: 11.545 kg
Máx. decolagem: 23.133 kg
Dimensões: Envergadura: 30.02 m
Comprimento: 20.42 m
Status: Desativado
Altura: 7.57 m
Área de asa: 75,35 m²
KC-137 B-707
Também da família dos boeings, o KC-137 é uma versão militar do Boeing 707. Possui capacidade de reabastecimento durante o vôo e pode ser usado, raramente, para transporte executivo.
País de Origem: Estados Unidos
Fabricante: Boeing
Tipo: Avião de reabastecimento em vôo
Desempenho: Vel. máx. cruzeiro: 966 km/h a 7.620 m
Alcance máximo: 11.000 km
Dimensões: Envergadura: 44,42 m
Comprimento: 46,61 m
Status: Em serviço
Altura: 12,93 m
Área de asa: 279,63 m²
Armamento: Nenhum
Fabricante: Boeing
Tipo: Avião de reabastecimento em vôo
Desempenho: Vel. máx. cruzeiro: 966 km/h a 7.620 m
Alcance máximo: 11.000 km
Dimensões: Envergadura: 44,42 m
Comprimento: 46,61 m
Status: Em serviço
Altura: 12,93 m
Área de asa: 279,63 m²
Armamento: Nenhum
ACJ-319
O Airbus ACJ (A319-133CJ), FAB 2101, também chamado de Santos Dumont, é o novo avião presidencial do GTE. É uma aeronave subsônica, de longo alcance, equipada com dois motores turbofan.
A arquitetura aviônica pode ser considerada de última geração apresentando, dentre outros equipamentos, EFIS (Eletronic Flight Instruments Systems), Controle Automático de Potência (Auto Thrust), FMGS (Flight Management Guidance System), e comandos de vôo do tipo FLY-BY-WIRE. Apresenta também capacidade para realizar aproximações com baixa visibilidade (CAT I, II e III), pouso automático (Auto Land), vôo sobre áreas sujeita às legislações RVSM (Reduced Vertical Separation Minimum) e ETOPS (Extended Twin Engine Operations).
País de origem e fabricação: Consórcio Europeu (EADS)
Fabricante: Airbus
Tipo: Transporte executivo
Motor: 2 (IAE V2527M – A5 Turbofan, de 27000 lb de empuxo)
Vel. máx. cruzeiro: Mach 0.82 a 11.000 m
Alcance máximo: 8.500 km
Autonomia: 12 h
Vazio: 45.000 kg
Máx. decolagem: 75.500 kg
Envergadura: 34,1 m
Comprimento: 33,84 m
Status: Em serviço
Altura: 11,76 m
Tripulação mínima: 5
Operadores: 16 (Dentre eles, as Forças Aéreas da França, Itália, Venezuela, República Tcheca e Oman).
Fabricante: Airbus
Tipo: Transporte executivo
Motor: 2 (IAE V2527M – A5 Turbofan, de 27000 lb de empuxo)
Vel. máx. cruzeiro: Mach 0.82 a 11.000 m
Alcance máximo: 8.500 km
Autonomia: 12 h
Vazio: 45.000 kg
Máx. decolagem: 75.500 kg
Envergadura: 34,1 m
Comprimento: 33,84 m
Status: Em serviço
Altura: 11,76 m
Tripulação mínima: 5
Operadores: 16 (Dentre eles, as Forças Aéreas da França, Itália, Venezuela, República Tcheca e Oman).
Fonte: www1.ibge.gov.br
Dia da Força Aérea Brasileira
LETRA DO HINO AO AVIADOR
Versos do Capitão Armando Serra de Menezes Música do Tenente João NascimentoVamos filhos altivos dos ares Nosso vôo ousado alçar, Sobre campos cidades e mares, Vamos nuvens e céus enfrentar.D'Astro-Rei desfaiamos nos cimos, Bandeirantes audazes do azul. Às estrelas, de noite, subimos, Para orar ao Cruzeiro do SulContato ! Companheiros ! Ao vento, sobranceiros, Lancemos o roncar Da hélice a girar.Contato ! Companheiros ! Ao vento, sobranceiros, Lancemos o roncar Da hélice a girarMas se explode o corisco no espaço Ou a metralha, na guerra, rugir Cavalheiros do século do aço Não nos faz o perigo fugirNão importa a tocaia da morte Pois que à Pátria, dos céus no altar Sempre erguemos de ânimo forte O holocausto da vida, a voarContato ! Companheiros ! Ao vento, sobranceiros, Lancemos o roncar Da hélice a girar.Contato ! Companheiros ! Ao vento, sobranceiros, Lancemos o roncar Da hélice a girar.
Fonte: www.suacara.com
Dia da Força Aérea Brasileira
22 de Abril
PREFÁCIO
A missão estabelece o propósito ou a razão de ser da organização segundo uma perspectiva ampla e duradoura, ao mesmo tempo em que individualiza e identifica o escopo de suas operações em termos de produtos e serviços produzidos.
O entendimento da missão é de capital importância, porque possibilita à organização e à sociedade que a envolve a compreensão do papel que desempenha.
Para uma organização governamental, como a Aeronáutica, a missão pode ser entendida como a função que ela desempenha de modo a tornar útil sua ação e justificar o seu trabalho, do ponto de vista dos seus integrantes e da sociedade em que atua.
O estabelecimento da missão requer a análise das seguintes questões fundamentais:
a) qual a razão de ser da organização
b) qual o negócio da organização
c) qual o campo de atuação da organização
d) qual a natureza das atividades da organização
e) o porquê do trabalho das pessoas, as funções que a organização desempenha e as necessidades que atende
f) quais são os tipos de atividades em que a organização deve concentrar seus esforços e recursos disponíveis
Além destas questões, a formulação da missão deve considerar também a vocação, os valores, as tradições e a formação histórica da Aeronáutica, bem como a evolução do pensamento militar brasileiro.
Deste modo, a presente Instrução pretende responder a estes questionamentos e consolidar as conclusões numa declaração clara, concisa e objetiva da Missão da Aeronáutica, que forneça a orientação necessária à ação gerencial, delimitando as funções da Instituição e oferecendo elementos para o estabelecimento das missões das organizações subordinadas.
1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
A presente Instrução tem por finalidade estabelecer a Missão da Aeronáutica.
1.2 CONCEITUAÇÃO
Os conceitos dos termos e expressões de uso aeronáutico contidos nesta publicação constam do Glossário da Aeronáutica.
1.3 ÂMBITO
Esta Instrução aplica-se a todas as Organizações Militares (OM) do Comando da Aeronáutica (COMAER).
2 BASE LEGAL
2.1 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
2.1.1 De acordo com o art. 142 da Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
2.2 LEI COMPLEMENTAR NO 97 DE 9 DE JUNHO DE 1999
2.2.1 Sem comprometimento de sua destinação constitucional, cabe também às Forças Armadas o cumprimento das atribuições subsidiárias explicitadas na Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999, que dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas.
2.3 LEI COMPLEMENTAR Nº 117 DE 2 DE SETEMBRO DE 2004
2.3.1 A Lei Complementar no 117, de 2 de setembro de 2004, altera os artigos 13, 15, 16, 17 e 18 da Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999. 2.4 LEI Nº 11.182, DE 27 DE SETEMBRO DE 2005 2.4.1 A Lei Nº 11.182, de 27 de setembro de 2005, cria a Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC.
3 ATRIBUIÇÕES CONSTITUCIONAIS DO COMANDO DA AERONÁUTICA
3.1 DEFENDER A PÁTRIA
3.1.1 Defender a Pátria significa preservar a independência, a autodeterminação e a soberania do País para exercer os atos políticos. Significa, também, assegurar o respaldo para a manutenção da unidade nacional, das instituições e da integridade do patrimônio nacional, aqui abrangidos o território, os recursos materiais e os valores histórico-culturais. Em última análise, significa preservar os interesses vitais da Nação.
3.1.2 O objetivo permanente e prevalecente que orientará as ações de planejamento da Aeronáutica é o de preparar a Força Aérea Brasileira para a defesa da Pátria.
3.1.3 Para essa defesa, a Aeronáutica, por intermédio da Força Aérea Brasileira,contribuirá com as outras Forças negando o uso do espaço aéreo brasileiro e do espaço exterior sobrejacente para a prática de atos hostis ou contrários aos interesses nacionais, sendo essa, portanto, a razão de ser da Instituição Aeronáutica.
3.1.4 A Força Aérea deve, portanto, formular o planejamento estratégico e executar ações relativas à defesa do País no campo aeroespacial, mantendo-se permanentemente capacitada a atuar em todo o espectro de operações preconizadas na Doutrina Militar de Defesa.
3.1.5 Além disso, o Comando da Aeronáutica deve propor a constituição, a organização e os efetivos, bem como aparelhar e adestrar a Força Aérea Brasileira, de modo a dotá-la de poder combatente adequado às Hipóteses de Emprego (HE) estabelecidas na Estratégia Militar de Defesa.
3.2 GARANTIR OS PODERES CONSTITUCIONAIS, A LEI E A ORDEM
3.2.1 Garantir os poderes constitucionais traduz-se por assegurar, no quadro de um Estado Democrático de Direito, a existência e, sobretudo, o livre exercício dos poderes da República. É um dos compromissos fundamentais da vida democrática.
3.2.2 Por garantir a lei, entende-se assegurar, por iniciativa de qualquer um dos poderes constitucionais, e quando insuficiente ou esgotada a capacidade das demais expressões e instrumentos do poder nacional, o cumprimto da lei, dos direitos e deveres estabelecidos no ordenamento jurídico vigente.
3.2.3 Analogamente e atendidas as mesmas exigências, garantir a ordem significa assegurar condições para o equilíbrio e a harmonia sociais, proporcionando o nível de segurança necessário ao desenvolvimento do País, que configuram a ordem interna - mais abrangente do que a ordem pública, que é arbitrada por lei.
3.2.4 É importante perceber e salientar que a participação das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem se processa somente por iniciativa de um dos poderes constitucionais e para assegurar o ordenamento jurídico-social por eles mesmos estabelecidos.
3.2.5 Para a garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, a Força Aérea contribui com as outras Forças e órgãos federais exercendo o controle do espaço aéreo de áreas sensíveis; executando a defesa das instalações aeronáuticas, aeroportuárias e de outras instalações consideradas de interesse; provendo o transporte aéreo necessário à atuação das demais organizações envolvidas; e dando suporte de apoio logístico, de inteligência, de comunicações e de instrução sempre que solicitado.
4 ATRIBUIÇÕES SUBSIDIÁRIAS DO COMANDO DA AERONÁUTICA
4.1 NATUREZA DAS ATIVIDADES
4.1.1 A atual Carta Magna consignou uma dupla missão às Forças Armadas: combater o inimigo externo, que ameaça a soberania ou a integridade do território, bem como aqueles que, no interior do País, perturbem a ordem ou afrontem os poderes constitucionais e o respeito à Lei.
4.1.2 O momento histórico-cultural que envolveu a criação da Aeronáutica lhe atribui, até hoje, um caráter ambivalente, pois, ao mesmo tempo em que lhe são cometidas funções de caráter militar, relativas à constituição, organização, aparelhamento e adestramento da Força Aérea Brasileira (FAB), cabe-lhe também participar da administração de atividades de caráter civil, relacionadas com a segurança da navegação aérea, com a infra-estrutura aeroespacial e aeroportuária, com a pesquisa e desenvolvimento relacionados às atividades aeroespaciais e com a indústria aeroespacial.
4.1.3 Deste modo, a Aeronáutica deve tratar dos assuntos de sua competência, quer de natureza militar, quer de natureza civil, buscando sempre a racionalização de todos os recursos envolvidos.
4.2 COOPERAR COM O DESENVOLVIMENTO NACIONAL
4.2.1 A Aeronáutica coopera com o desenvolvimento nacional nos campos social, econômico e de pesquisa e desenvolvimento.
4.2.2 No campo social, além do serviço militar inicial, por meio do qual milhares de jovens de todas as regiões do País têm acesso a uma preparação profissional e de cidadania, a Aeronáutica participa ativamente de campanhas institucionais de utilidade pública ou de interesse social, de programas sociais governamentais e de projetos próprios de assistência à criança e ao jovem.
4.2.3 No aspecto econômico, a Aeronáutica fomenta o estímulo à indústria nacional, especialmente a aeroespacial, por meio da normalização, homologação e qualificação de produtos e de empresas, incentivando a nacionalização progressiva de equipamentos e de serviços, visando a reduzir a dependência externa.
4.2.4 Também são desenvolvidas ações para estabelecer planos de carga adequados à sustentação da indústria nacional, com incentivo às associações, participações e aquisições que assegurem competitividade, visando à inserção dos seus produtos no mercado externo. 4.2.5 A Aeronáutica brasileira, desde os seus primórdios, tem dedicado atenção especial à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico e industrial no setor aeroespacial. Os resultados extraordinários já alcançados foram fruto do pioneirismo, da determinação, da persistência e da continuidade administrativa, num trabalho balizado pelo objetivo político principal de melhorar a capacidade da indústria nacional em apoiar a Força Aérea Brasileira.
4.2.6 Assim, os investimentos realizados pela Aeronáutica na pesquisa e desenvolvimento no setor aeroespacial têm contribuído para que o País amplie a sua soberania na área tecnológica.
4.3 COOPERAR COM A DEFESA CIVIL
4.3.1 A cooperação da Aeronáutica decorre da sua participação como elo do Sistema Nacional de Defesa Civil (SINDEC), que é coordenado pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, do Ministério da Integração Nacional.
4.3.2 Nestas ações, o Comando da Aeronáutica disponibiliza parte dos seus recursos operacionais e logísticos para coordenar e realizar evacuações aeromédicas, missões de misericórdia, missões de busca e resgate (SAR) e apoiar as ações de defesa civil com pessoal, material e meios de transporte.
4.3.3 A Aeronáutica pode participar ainda de operações combinadas das Forças Singulares nas ações de defesa civil, que são coordenadas pelo Ministério da Defesa.
4.3.4 A Aeronáutica realiza também Missões Humanitárias, que são missões aéreas em que a Força Aérea é empregada em colaboração com autoridades federais, estaduais ou municipais, nos casos de calamidade pública, quando solicitado e determinado por autoridade competente, inclusive fora do território nacional, permitindo também o atendimento a Países amigos.
4.3.5 Além disto, a Aeronáutica organizou e gerencia o Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico (SISSAR), com a finalidade de empregar os meios necessários ao provimento do Serviço de Busca e Salvamento, em consonância com os documentos afins editados pela Organização de Aviação Civil Internacional e pela Junta Interamericana de Defesa.
4.3.6 Além dos órgãos da estrutura organizacional do COMAER, poderão ser também considerados elos do SISSAR outros órgãos não pertencentes ao COMAER, detentores de meios aéreos, marítimos e terrestres passíveis de serem empregados na atividade de Busca e Salvamento.
4.3.7 As atividades do Serviço de Busca e Salvamento são as que visam ao cumprimento de Missões de Busca e Resgate, ou seja, a localização e o socorro de ocupantes de aeronaves ou de embarcações em perigo, o resgate e o retorno à segurança de tripulantes de aeronaves abatidas ou sobreviventes de acidentes aeronáuticos e marítimos, assim como a interceptação e escolta de aeronaves e embarcações em emergência.
4.3.8 A Aeronáutica também coopera com a Defesa Civil, realizando Missões Cívico-Sociais, que são missões de superfície, em que a Força Aérea emprega meios de pessoal e material em determinada área, desenvolvendo um conjunto integrado de atividades educacionais, cívicas e de saúde, com a finalidade de atuar no Campo Psicossocial. Normalmente, esta Missão é concretizada por meio de uma Ação Cívico-Social (ACISO), que tem por finalidade cooperar com as comunidades na solução de seus problemas mais prementes, promovendo o fortalecimento dos padrões cívicos e do espírito comunitário dos cidadãos.
4.3.9 Outro tipo de apoio prestado pela Aeronáutica à população são as Missões de Misericórdia, que são missões aéreas destinadas a proporcionar transporte aéreo a doentes ou feridos civis, excluídas as vítimas de acidentes aeronáuticos e marítimos, bem como o transporte de medicamentos e recursos médicos em geral, incluindo-se órgãos e tecidos, desde que não existam na localidade os recursos necessários ao atendimento da urgência requerida.
4.4 ORIENTAR, COORDENAR E CONTROLAR AS ATIVIDADES DE AVIAÇÃO CIVIL
4.4.1 Com a criação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), as atribuições subsidiárias do Comando da Aeronáutica neste campo, instituídas pela Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999, passaram à responsabilidade daquela agência reguladora. 4.4.2 O Comando da Aeronáutica apoiará o período de transição e implementação da referida agência, conforme dispõe a legislação vigente sobre o assunto.
4.5 PROVER A SEGURANÇA DA NAVEGAÇÃO AÉREA
4.5.1 A Aeronáutica vem operando com sucesso uma estrutura integrada e única de controle do tráfego aéreo e de defesa do espaço aéreo brasileiro, a qual tem sido elogiada como modelo de eficiência por diversos países.
4.5.2 A organização e o gerenciamento desta estrutura constitui o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), cujas atividades civis e militares são desenvolvidas de forma integrada, em proveito do Controle da Circulação Aérea Nacional, com vistas à vigilância, segurança e defesa do espaço aéreo brasileiro.
4.5.3 Além dos órgãos da estrutura organizacional do COMAER, são também considerados elos do SISCEAB as entidades públicas e privadas que, por força de convênios e contratos, proporcionem Serviços de Controle do Espaço Aéreo, de qualquer natureza, correlacionados com as atividades do Sistema.
4.5.4 As atividades desenvolvidas pelo SISCEAB, além do controle e da vigilância do espaço aéreo brasileiro, incluem o gerenciamento de tráfego aéreo, meteorologia aeronáutica, cartografia aeronáutica, informações aeronáuticas, busca e salvamento, inspeção em vôo, coordenação e fiscalização do ensino técnico específico, supervisão de fabricação, reparo, manutenção e distribuição de equipamentos empregados nas atividades de controle do espaço aéreo.
4.5.5 Conforme estabelece a Constituição Federal, a navegação aérea é explorada diretamente pela União ou mediante autorização, concessão ou permissão.
4.5.6 A Aeronáutica garante, assim, a navegação aérea segura e eficiente não só no espaço aéreo brasileiro, mas também nas áreas sob a responsabilidade do Brasil, decorrentes de tratados internacionais.
4.6 CONTRIBUIR PARA A FORMULAÇÃO E CONDUÇÃO DA POLÍTICA AEROESPACIAL NACIONAL
4.6.1 A Aeronáutica contribui para a formulação e condução da Política Nacional de Desenvolvimento de Atividades Espaciais (PNDAE), por meio da sua participação no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), de responsabilidade da Agência Espacial Brasileira (AEB), onde são atribuídos à Aeronáutica o Subprograma de Veículos Lançadores e o Subprograma Infra-estrutura de Apoio ao Desenvolvimento de Veículos Espaciais.
4.6.2 No Subprograma de Veículos Lançadores, é responsabilidade da Aeronáutica a capacitação do País no projeto, desenvolvimento e construção de veículos lançadores de cargas úteis suborbitais, bem como de satélites, a fim de atender as necessidades nacionais, competir no mercado internacional e tornar o Brasil independente quanto à capacidade de lançar satélites de órbita baixa.
4.6.3 O planejamento referente ao complexo científico-tecnológico da Aeronáutica orienta-se pela constante busca de capacitação de recursos humanos, bem como pela dotação de uma infra-estrutura adequada, com vistas ao domínio das tecnologias requeridas pela Aeronáutica, permitindo assim maior independência em relação às nações mais desenvolvidas no que se refere à obtenção de conhecimentos tecnológicos.
4.7 ESTABELECER, EQUIPAR E OPERAR, DIRETAMENTE OU MEDIANTE CONCESSÃO, A INFRA-ESTRUTURA AEROESPACIAL, AERONÁUTICA E AEROPORTUÁRIA
4.7.1 Com a criação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), as expressões Infraestrutura Aeronáutica e Aeroportuária referem-se às infra-estruturas civis, não se aplicando o disposto na Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005, às infra-estruturas militares.
4.7.2 Nos aeródromos compartilhados, de interesse militar ou administrados pelo Comando da Aeronáutica, o exercício das competências da ANAC dar-se-á em conjunto com o Comando da Aeronáutica.
4.7.3 Deste modo, o planejamento da Aeronáutica sobre o desenvolvimento da Infra-estrutura Aeronáutica e Aeroportuária destaca os aspectos relacionados com a operacionalidade da Força Aérea Brasileira, visando a atender as crescentes necessidades das operações militares nas diversas regiões do País e capacitar-se para atuar nas HE estabelecidas na Estratégia Militar de Defesa.
4.7.4 Em relação à Infra-estrutura Aeroespacial, é responsabilidade da Aeronáutica a implantação, complementação, ampliação, atualização e manutenção dos centros de lançamento e laboratórios que compõem a infra-estrutura de apoio às atividades espaciais, de acordo com o Subprograma Infra-estrutura de Apoio ao Desenvolvimento de Veículos Espaciais, do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE).
4.8 OPERAR O CORREIO AÉREO NACIONAL
4.8.1 A Aeronáutica realiza Missões de Integração Nacional, que são missões aéreas destinadas a atender localidades ou regiões menos desenvolvidas, de difícil acesso e desprovidas de outros meios de transporte, em território nacional, com a finalidade de possibilitar o apoio logístico, o transporte aéreo de pessoal e o desempenho de atividades de interesse da integração e soberania nacionais.
4.8.2 Há décadas a Força Aérea Brasileira opera o Correio Aéreo Nacional, inicialmente voltado para as missões de correio postal e, posteriormente, para a integração nacional e assistência a núcleos populacionais carentes.
4.8.3 A Aeronáutica volta-se agora para as regiões mais críticas do território nacional, em especial para as regiões Norte e fronteira oeste, engajando-se à orientação governamental de somar forças com o propósito de minorar o sofrimento das populações mais carentes, assistindo-as com os meios possíveis de acelerar seu desenvolvimento na direção da cidadania plena.4.8.4 A Aeronáutica também contribui para o aprofundamento do processo de integração latino-americana, pela efetivação de linhas internacionais do Correio Aéreo Nacional, que percorrem diversas capitais de países da América do Sul.
4.9 COOPERAR NA REPRESSÃO A DELITOS TRANSNACIONAIS
4.9.1 A Aeronáutica deve cooperar com os órgãos federais, quando se fizer necessário, na repressão aos delitos de repercussão nacional e internacional, quanto ao uso do espaço aéreo e de áreas aeroportuárias, na forma de apoio logístico, de inteligência, de comunicações e de instrução;
4.9.2 A Aeronáutica deve atuar, de maneira contínua e permanente, por meio das ações de controle do espaço aéreo brasileiro, contra todos os tipos de tráfego aéreo ilícito, com ênfase nos envolvidos no tráfico de drogas, armas, munições e passageiros ilegais, agindo em operação combinada com organismos de fiscalização competentes, aos quais caberá a tarefa de agir após a aterragem das aeronaves envolvidas em tráfego aéreo ilícito.
5 DEFINIÇÃO DA MISSÃO DA AERONÁUTICA
5.1 Considerando as atribuições legais da Aeronáutica, sua amplitude, o seu caráter ambivalente e a visão institucional de como são realizadas, a definição da missão da Aeronáutica tem foco na sua atribuição principal e razão de ser como Força Armada, de forma que possa ser facilmente entendida por todos os seus componentes.
5.2 A Aeronáutica deverá defender o Brasil, impedindo o uso do espaço aéreo brasileiro e do espaço exterior para a prática de atos hostis ou contrários aos interesses nacionais.
5.3 Para isto, a Aeronáutica deverá dispor de capacidade efetiva de vigilância, de controle e de defesa do espaço aéreo, sobre os pontos e áreas sensíveis do território nacional, com recursos de detecção, interceptação e destruição.
5.4 A missão deverá nortear todas as atividades da Aeronáutica e estará sempre orientada pela destinação constitucional das Forças Armadas, por leis e por diretrizes do Comandante Supremo.
5.5 Deste modo, fica assim definida a Missão da Aeronáutica: "MANTER A SOBERANIA NO ESPAÇO AÉREO NACIONAL COM VISTAS À DEFESA DA PÁTRIA".
6 DISPOSIÇÕES GERAIS
6.1 Esta Instrução consolida a 1a FASE-MISSÃO, da DCA 11-1 MÉTODO PARA O PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL DA AERONÁUTICA, de 31 de janeiro de 2002.
6.2 O seu conteúdo constitui fator de planejamento para a 2a FASE-ESTUDOS PROSPECTIVOS, e a 3a FASE-PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO INSTITUCIONAL, do referido método, na medida em que a Missão da Aeronáutica possibilitará a definição de áreas de atuação prioritárias em que devem ser aplicados os recursos disponíveis.
7 DISPOSIÇÕES FINAIS
7.1 A Missão da Aeronáutica deverá ser revista toda vez que houver alteração quanto à finalidade, natureza e tipo das atividades da Instituição.
7.2 Os casos não previstos nesta Instrução serão submetidos à apreciação do Comandante da Aeronáutica, por intermédio do Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Congresso Nacional. [Brasília- DF], 1988.
Lei no 11.182, de 27 de setembro de 2005. Cria a Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC, e dá outras providências. [Brasília-DF], set. 2005.
Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999. Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas. [Brasília-DF], jun. 1999.
Lei Complementar no 117, de 2 de setembro de 2004. Altera a Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, que dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas. [Brasília-DF], set. 2004.
Decreto No 5.196, de 26 de agosto de 2004. Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores e das Funções Gratificadas do Comando da Aeronáutica, do Ministério da Defesa, e dá outras providências. [Brasília-DF], ago. 2004.
Decreto No 5.376, de 17 de fevereiro de 2005. Dispõe sobre o Sistema Nacional de Defesa Civil - SINDEC e o Conselho Nacional de Defesa Civil, e dá outras providências.[Brasília-DF], fev. 2005.
Decreto No 5.731, de 20 de março de 2006. Dispõe sobre a instalação, a estrutura organizacional da Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC e aprova o seu regulamento. [Brasília-DF], mar. 2006.
BRASIL. Comando da Aeronáutica. Estado-Maior da Aeronáutica. Glossário da Aeronáutica = MCA 10-4. [Brasília-DF], 2001.
Manual do Processo de Planejamento de Comando da Aeronáutica = MCA 1-3. [Brasília-DF], 2005.
Correio Aéreo Nacional = DCA 4-1. [Brasília-DF], 2004.
Doutrina Básica da Força Aérea Brasileira = DCA 1-1. [Brasília-DF], 2005.
Método para o Planejamento Institucional da Aeronáutica = DCA 11-1. [Brasília-DF], 2002.
BRASIL. Escola Superior de Guerra. Fundamentos Doutrinários da ESG. [Rio de Janeiro- RJ], 2001.
BRASIL. Ministério da Defesa. Doutrina Militar de Defesa. Portaria Nº 414/EMD, de 31 de julho de 2001. [Brasília-DF], jul. 2001.
Estratégia Militar de Defesa. Portaria Nº 514/GAB, de 20 de dezembro de 2002. [Brasília-DF], dez. 2002.
Maximiano, Antônio César A. Introdução à Administração. São Paulo, Atlas, 2004.
Portaria Nº 1.162/GC3, de 19 de outubro de 2005. Reformula o Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico [Brasília-DF], out. 2005.
Portaria Nº 1.359/GC3, de 30 de novembro de 2005. Reformula o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro. [Brasília-DF], nov. 2005.
Fonte: www.fab.mil.br
Dia da Força Aérea Brasileira
A história da Academia da Força Aérea está intimamente ligada à história da Força Aérea Brasileira. Falar da Academia, sem falar da história da FAB, seria deixar uma lacuna impreenchível no passado da formação dos oficiais da Aeronáutica.
O INÍCIO
A idéia de criar a Força Aérea remonta a I Guerra Mundial, quando coube à Marinha tomar a iniciativa de organizar o primeiro núcleo militar de aviação do Brasil. Estava, pois, dado o primeiro passo. Pelo Decreto no 12.167, de 23 de agosto de 1916, o então Presidente da República Wenceslau Braz, fundava a Escola de Aviação Naval, enquanto o Ministro da Marinha, Almirante Alexandrino Faria de Alencar, iniciava as negociações para a aquisição dos primeiros aviões Militares Brasileiros, a fim de equipar aquela Escola. Foram três Curtiss, modelo F, adquiridos do Estados Unidos. O Exército só iria ter sua Escola de Aviação Militar após o término da Guerra. Em 15 de janeiro de 1919, pelo Decreto 13.417, foi aberto um crédito de dois mil contos de réis, para que se organizasse o serviço de Aviação Militar. O serviço foi provido de infra-estrutura, adquirindo-se aviões e outros materiais necessários. Foram contratados, também, professores para a escola, além de operários para a manutenção.
A INAUGURAÇÃO
A inauguração oficial da Escola de Aviação Militar ocorreu no dia 10 de julho de 1919, sendo o Tenente Coronel Estanislau Vieira Pamplona, seu primeiro Comandante. Os aviões da Escola, vindos para o Brasil em 1919 e 1920, eram franceses, da I Guerra, da marca Nieuport e Spad 84 "Herbermont".
A AVIAÇÃO NO BRASIL
A aviação no Brasil ficou por muitos anos dividida entre o Exército e a Marinha. Entretanto, a criação de uma Força nova e independente há muito fazia parte das cogitações de vários idealistas, sendo um dos primeiros no Ministério do Ar no Brasil, o Major Lysias Augusto Rodrigues, Aviador Militar. O Major Lysias, contudo, levantou a sua voz entusiasta numa época em que tanto a Aviação Naval como a Militar não tinham alcançado ainda um pleno desenvolvimento, ficando a sua idéia conservada durante muitos anos, vindo se concretizar no eclodir da II Guerra Mundial.
O MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA
O Ministério da Aeronáutica foi instituído pelo Decreto nº 2.961, de 20 de janeiro de 1941 e, logo após a sua criação, sentiu-se a necessidade de intensificar a formação de pessoal. A Força Aérea, em eminente expansão, devido às necessidades da Guerra, às portas do Brasil, obrigou-se a um programa de aceleração imediata do ritmo de formação de pessoal navegantes e especialistas. Além disso, o novo Ministério acabava de herdar das aviações do Exército e da Marinha, uma duplicidade de centros de formação que, por razões óbvias, devia ser eliminada. Conseqüentemente, foram extintas a Escola de Aviação Militar e a Escola de Aviação Naval, enquanto era criada, no Campo dos Afonsos, a Escola de Aeronáutica, pelo Decreto nº 3,142, de 25 de março de 1941, que iria centralizar toda a formação de oficiais aviadores. Na Ponta do Galeão, destinada à formação do pessoal de manutenção, foi criada a Escola de Especialistas de Aeronáutica, nas instalações da antiga Escola de Aviação Naval.
CONSTRUÇÃO DA NOVA ESCOLA DE AERONÁUTICA
Por meio do aviso nº 16, de 23 de janeiro de 1942, foi designada uma comissão de oficiais aviadores, com a finalidade de escolher um novo local, isento das limitações do Campo dos Afonsos, para a construção da nova Escola de Aeronáutica. Entre os lugares cogitados, foi selecionado o interior do Estado de São Paulo, destacando-se as cidades de Campinas, Pirassununga, Rio Claro e Ribeirão Preto. A escolha de Pirassununga decorreu das excepcionais características topográficas da área oferecida (o local denominava-se Campo Alto, a leste da cidade). Ainda durante a II Guerra Mundial, iniciava-se a construção dos primeiros hangares da nova Escola de Aeronáutica. No ano de 1949, o Ministério da Aeronáutica designou um grupo de oficiais para apresentar projeto sobre a nova Escola, o qual resultou na Comissão de Estudos e Construção da Escola de Aeronáutica, que recebeu a incumbência de submeter à aprovação do Ministro da Aeronáutica a proposta de atualização do projeto da Escola, além de providenciar e fiscalizar a construção. Em 17 de julho de 1956, foi nomeada nova comissão para elaborar o projeto definitivo da Escola, que deveria atender as duas fases: mudança para Pirassununga do último ano do Curso de Formação de Oficiais Aviadores e, posteriormente, mudança completa da Escola.
DESTACAMENTO PRECURSOR DA ESCOLA DE AERONÁUTICA
Em 17 de outubro de 1960, foi inaugurado o Destacamento Precursor de Aeronáutica, durante as festividades da semana da Asa, com a presença do Exmo Sr Ministro da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Francisco de Assis Corrêa de Mello, do Governador do Estado de São Paulo e de outras autoridades. A nova Escola teve como primeiro Comandante o Major Aviador Aloysio Lontra Netto.
AS INSTALAÇÕES
As construções eram poucas e precárias, contando apenas com dois hangares. Os alojamentos, cassinos e instalações de infra-estrutura eram em sua maioria concentradas no antigo prédio da Divisão de Apoio. A pista antiga, no mesmo lugar da atual, era de menores dimensões e gramada.
MUDANÇA DE NOME
O ano de 1968 foi coroado com a chegada das aeronaves a jato T-37C, que marcariam o início de uma nova era. No dia 9 de setembro, foi realizado o primeiro vôo de instrução de cadetes naquela aeronave. Em 10 de julho de 1969, a Escola de Aeronáutica passou a denominar-se Academia da Força Aérea, e, em decorrência, o Destacamento passou a denominar-se Destacamento Precursor da Academia da Força Aérea.
MUDANÇA DEFINITIVA PARA PIRASSUNUNGA
No ano de 1971, a Academia da Força Aérea foi transferida, definitivamente, do Campo dos Afonsos para Pirassununga, sendo o seu primeiro Comandante o Brigadeiro do Ar Geraldo Labarthe Lebre. Nessa época, o Corpo de Cadetes da Aeronáutica já havia sido removido da Divisão de Apoio, onde hoje é o alojamento das Praças, para o prédio do 4º Esquadrão de Cadetes, onde ficavam os cadetes do último ano.
A ACADEMIA DA FORÇA AÉREA HOJE
As instalações da AFA foram construídas de acordo com um projeto (plano diretor), o qual pode ser modificado conforme com eventuais necessidades, desde que aprovado por autoridades competentes. A Academia dispõe de uma área construída de 215.246m², sendo 141.800m² de área administrativa e 73.246m² de área residencial. Para seu funcionamento, a AFA possui uma Estação de Tratamento de Água com uma rede hidráulica medindo, aproximadamente, 15km e mantendo uma capacidade/dia de 6.000.000 litros, utilizando as águas do Rio Mogi Guaçu; possui, no sistema de energia elétrica, 41km de redes aéreas e subterrâneas de tensão, além de uma rede viária de 50 km e uma rede telefônica com cerca de 23 km.
LOCALIZAÇÃO
A Academia da Força Aérea fica localizada na cidade de Pirassununga, cidade do interior do Estado de São Paulo, situada a 200 km da capital, 100 km ao Norte de Campinas e 100 km ao Sul de Ribeirão Preto, às margens da Rodovia Anhanguera.
MISSÃO
MISSÃO DO DEPENS
O Departamento de Ensino da Aeronáutica é a organização do Comando da Aeronáutica que tem por finalidade a consecução dos objetivos da política aeroespacial no setor de ensino.
O DEPENS tem sua finalidade, subordinação, sede, estrutura básica e atribuições estabelecidas no Regulamento aprovado pela Portaria nº 114/GC3 de 4 de fevereiro de 2003.
MISSÃO DA AFA
A missão da Academia é forjar homens, desenvolvendo, incentivando e aprimorando, em cada cadete, os atributos intelectuais, morais e físicos, de forma a obter-se, como produto final desse treinamento, oficiais capazes e eficientes, em condições de tornarem-se os verdadeiros líderes de uma moderna força aeroespacial.
A Academia da Força Aérea é um estabelecimento de ensino de nível superior que integra o sistema de formação e aperfeiçoamento do pessoal do Comando da Aeronáutica. Subordinada diretamente ao Departamento de Ensino da Aeronáutica (DEPENS), sua finalidade é a formação, em nível superior, dos Oficiais da Ativa da Força Aérea Brasileira dos quadros de Aviadores, Intendentes e de Infantaria.
Os ensinamentos morais, científicos, militares e técnico-especializados são ministrados por oficiais dos diversos quadros da Força Aérea e por professores civis, de acordo com uma seqüência baseada em modernos moldes pedagógicos coordenados pela Divisão de Ensino da Academia. Da instrução participam, ainda, oficiais das demais Forças e professores convidados.
Canção da Academia da Força Aérea (Bandeirantes do Ar)
Letra e Música: Cad Av Luiz Felipe de Magalhães
Letra e Música: Cad Av Luiz Felipe de Magalhães
A esquadrilha é um punhado de amigos.
A vibrar, a vibrar de emoção!
Não tememos da luta os perigos,
Nem dos céus a infinita amplidão!
Sobre mares, planícies, sobre montes,
Viveremos por sempre a voar.
Bandeirantes de novos horizontes
Para a bandeira da Pátria elevar.
Bandeirantes de novos horizontes
Para a suprema conquista do Ar!
A vibrar, a vibrar de emoção!
Não tememos da luta os perigos,
Nem dos céus a infinita amplidão!
Sobre mares, planícies, sobre montes,
Viveremos por sempre a voar.
Bandeirantes de novos horizontes
Para a bandeira da Pátria elevar.
Bandeirantes de novos horizontes
Para a suprema conquista do Ar!
ESTRIBILHO
Nós somos da Força Aérea Brasileira,
O nosso lema é a águia altaneira,
Que há de ser grande, forte e varonil!
Lutaremos!!!
Morreremos!!!
Pela Bandeira do Brasil!!!
O nosso lema é a águia altaneira,
Que há de ser grande, forte e varonil!
Lutaremos!!!
Morreremos!!!
Pela Bandeira do Brasil!!!
Entre as nuvens, dos céus vendo a terra,
Vivem lá os Cadetes do Ar!
Comandando a grande arma de Guerra,
Baluarte da Pátria sem par!
Adestrados ao fogo da metralha
E ao governo do seu avião,
Estarão sempre prontos à batalha,
Para a defesa do nosso torrão!
Estarão sempre prontos à batalha,
Por defender o auri-verde pendão!
Vivem lá os Cadetes do Ar!
Comandando a grande arma de Guerra,
Baluarte da Pátria sem par!
Adestrados ao fogo da metralha
E ao governo do seu avião,
Estarão sempre prontos à batalha,
Para a defesa do nosso torrão!
Estarão sempre prontos à batalha,
Por defender o auri-verde pendão!
Hino dos Aviadores
Letra: Ten Brig Ar Armando Serra de Menezes
Música: Cap Mus João Nascimento
Letra: Ten Brig Ar Armando Serra de Menezes
Música: Cap Mus João Nascimento
Vamos filhos altivos dos ares
Nosso vôo ousado alçar,
Sobre campos, cidades e mares,
Vamos nuvens e céus enfrentar.
D´astro rei desafiamos nos cimos,
Bandeirantes audazes do azul,
Às estrelas, de noite, subimos,
Para orar ao Cruzeiro do Sul.
Nosso vôo ousado alçar,
Sobre campos, cidades e mares,
Vamos nuvens e céus enfrentar.
D´astro rei desafiamos nos cimos,
Bandeirantes audazes do azul,
Às estrelas, de noite, subimos,
Para orar ao Cruzeiro do Sul.
ESTRIBILHO
Contato! Companheiros!
Ao vento, sobranceiros,
Lancemos o roncar
Da hélice a girar.
Ao vento, sobranceiros,
Lancemos o roncar
Da hélice a girar.
Mas se explode o corisco no espaço
Ou a metralha, na guerra, rugir,
Cavaleiros do século do aço
Não nos faz o perigo fugir.
Não importa a tocaia da morte
Pois que à Pátria, dos céus no altar,
Sempre erguemos de ânimo forte,
O holocausto da vida, a voar.
Ou a metralha, na guerra, rugir,
Cavaleiros do século do aço
Não nos faz o perigo fugir.
Não importa a tocaia da morte
Pois que à Pátria, dos céus no altar,
Sempre erguemos de ânimo forte,
O holocausto da vida, a voar.
Canção da Intendência da Aeronáutica
Letra: 2S STA Luiz Rabelo de Melo
Música: Francisco Bezerra da Silva
Letra: 2S STA Luiz Rabelo de Melo
Música: Francisco Bezerra da Silva
Esplendor de saber e bondade,
Galardão de perene ideal,
Elevando o estandarte às estrelas
Sempre fui e serei sem igual.
Galardão de perene ideal,
Elevando o estandarte às estrelas
Sempre fui e serei sem igual.
Do ACANTO, - a florente pureza -
Estará sublinhado perfil,
Desta força vibrante e coesa,
Que enaltece o valor do Brasil.
Estará sublinhado perfil,
Desta força vibrante e coesa,
Que enaltece o valor do Brasil.
Sou hoje, o amanhã, a história,
A virtude, o progresso, a essência,
Sou a paz, o ouro, a prata, vitória,
Somos um, sou você INTENDÊNCIA
A virtude, o progresso, a essência,
Sou a paz, o ouro, a prata, vitória,
Somos um, sou você INTENDÊNCIA
Canção da Infantaria da Aeronáutica
Letra e Música: SO SMU Sebastião Gonçalves Ribeiro
Letra e Música: SO SMU Sebastião Gonçalves Ribeiro
Infantaria, serás sempre altaneira!
Teus soldados, tu bem sabes escolher.
Com heroísmo, tu defendes a Bandeira,
Honrando a Pátria que herdaste ao nascer.
Teus soldados, tu bem sabes escolher.
Com heroísmo, tu defendes a Bandeira,
Honrando a Pátria que herdaste ao nascer.
Olhar de frente o inimigo a derrotar,
Com vigor repelir seu avançar.
Tu és da Força Aérea Brasileira o fuzil
Vigilante, em defesa do Brasil.
Com vigor repelir seu avançar.
Tu és da Força Aérea Brasileira o fuzil
Vigilante, em defesa do Brasil.
ESTRIBILHO
Infantaria a zelar,
Na guerra ou na paz a lutar,
Salva guarda da aviação.
Infantaria sem temor,
Na guerra ou na paz a lutar,
Salva guarda da aviação.
Infantaria sem temor,
Em busca da paz, com ardor,
Brasil o teu berço e teu chão.
Brasil o teu berço e teu chão.
A decolagem e o pouso velarças,
Com Sucesso, os vetores vão voar.
Teu braço forte e peito erguido manterás,
A Deus orando para sempre te olhar,
Com Sucesso, os vetores vão voar.
Teu braço forte e peito erguido manterás,
A Deus orando para sempre te olhar,
E no combate sempre pronta a engajar,
Muita garra e ímpeto sem par.
Tu és da Força Aérea Brasileira o fuzil,
Vigilante em defesa do Brasil.
Muita garra e ímpeto sem par.
Tu és da Força Aérea Brasileira o fuzil,
Vigilante em defesa do Brasil.
ESTRIBILHO
Fonte: www.afa.aer.mil.br
Dia da Força Aérea Brasileira
A Academia da Força Aérea - AFA, localizada em Pirassununga, Estado de São Paulo, tem como finalidade a formação de Oficiais Aviadores, Intendentes e de Infantaria da FAB.
AFA
A história das escolas de formação de aviadores militares no Brasil remonta ao ano de 1913, quando a Escola Brasileira de Aviação foi fundada, no Campo dos Afonsos, Estado do Rio de Janeiro. Essa escola, cujo objetivo era dar formação semelhante àquela disponível nas melhores escolas européias, operava um conjunto de aviões "Blériot" e "Farman", de fabricação francesa. Com o advento da Iª Guerra Mundial, no entanto, a escola foi fechada.
À época, tanto o Exército Brasileiro quanto a Marinha do Brasil operavam suas próprias armas aéreas, a Aviação Militar e a Aviação Naval. Hidroaviões Curtiss "F" foram adquiridos pela Marinha em maio de 1916 para equipar esta última e, em agosto do mesmo ano, foi criada a Escola de Aviação Naval.
A Aviação Militar, no entanto, só teve sua Escola de Aviação Militar criada após a guerra, em 10 de julho de 1919. Entre os aviões que foram utilizados para o treinamento de aviadores nessa escola, destacam-se os Sopwith 1A2, Bréguet 14A2 e Spad 7.
Até o início da década de 1940, ambas as escolas continuaram as suas atividades. O governo brasileiro, no entanto, atento ao desenrolar da guerra aérea na Europa, optou por amalgamar sob um único comando as atividades aeronáuticas militares, criando o Ministério da Aeronáutica a 20 de janeiro de 1941 e extinguindo as aviações Militar e Naval, cujos efetivos e equipamentos passaram a formar a Força Aérea Brasileira. Por conseguinte, no dia 25 de março de 1941, ambas escolas de formação de pilotos militares foram extintas, e criou-se a Escola de Aeronáutica, localizada no Campo dos Afonsos, cujos integrantes passaram a ser designados como Cadetes da Aeronáutica a partir de 1943.
á em 1942, evidenciou-se a necessidade de se transferir a Escola de Aeronáutica para um local que apresentasse melhores condições climáticas e permitisse a instrução aérea dos futuros pilotos com a menor interferência possível. A cidade de Pirassununga foi a escolhida dentre tantas outras que foram avaliadas, e no ano de 1952 iniciaram-se as obras de construção da nova Escola. A partir de 1960, iniciou-se a transferência das atividades da Escola, do Campo dos Afonsos para a nova sede, a qual completou-se em 1971, tendo a instrução aérea dos novos Cadetes sido transferida em 1964. No ano de 1969, a Escola passou a ser denominada Academia da Força Aérea.
O lema da Academia é a expressão latina
Macte Animo! Generose Puer, sic itur ad astra extraída do poema Thebaida, de autoria do poeta latino Tatius. Essa exortação pode ser traduzida por Coragem! É assim, nobre jovem, que se vai aos astros.
A instrução dos Cadetes da Aeronáutica, cujo curso tem a duração de quatro anos, é centrada nas palavras CORAGEM - LEALDADE - HONRA - DEVER - PÁTRIA; aos futuros Oficiais são ministradas disciplinas de nível universitário, como Cálculo Diferencial e Integral, Introdução à Ciência dos Computadores, Mecânica e Línguas Portuguesa e Inglesa, por professores civis, instrutores militares e monitores. A instrução militar propriamente dita é dada diariamente, obedecendo a rígidos padrões, onde os Cadetes são adestrados no pára-quedismo, sobrevivência no mar e na selva, entre outras atividades.
De acordo com a especialização escolhida, o Cadete receberá instrução diferenciada:
Aviadores
Instrução em manobras de precisão, acrobacias, vôos de formatura e por instrumentos, com 75 horas de vôo no avião de treinamento primário/básico T-25 Universal, iniciada no 2º semestre da 1º série e completada na 3ª série, e 125 horas de vôo de treinamento avançado em aviões T-27 Tucano.
Intendentes
Treinamento na ciência e tecnologia moderna da gestão econômico-financeira e serviços de especializados de intendência e suprimento técnico. Apenas esta especialização está aberta a Cadetes do sexo feminino.
Infantaria da Aeronáutica
Instrução em métodos de defesa e segurança de instalações militares, emprego de defesa anti-aérea de aeródromos e sítios, comando de frações de tropas e de equipes contra-incêndio, legislação militar, emprego de armamento, serviço militar e mobilização.
Nas horas de lazer, os Cadetes participam das atividades de sete clubes diferentes: Aeromodelismo, Lliteratura, Informática, Tiro, Centro de Tradições Gaúchas, Clube das Gerais e Vôo a Vela. Os clubes são dirigidos pelos próprios cadetes, sob orientação de oficiais da FAB.
Junto à AFA, estão sediados os Esquadrões de Instrução Aérea, responsáveis pela instrução de vôo dos futuros Oficiais Aviadores, bem como o Esquadrão de Demonstração Aérea - "Esquadrilha da Fumaça".
ESQUADRÃO DE DEMONSTRAÇÃO AÉREA
"Esquadrilha da Fumaça"
O Esquadrão de Demonstração Aérea da FAB, afetuosamente chamado de "Esquadrilha da Fumaça", foi formado em 1952 por instrutores de vôo da Academia da Força Aérea - AFA. A primeira demonstração da "Fumaça" foi realizada a 14 de maio daquele ano.
Inicialmente o avião de treinamento NA T-6 Texan foi utilizado, então disponível em grande número no Brasil. O apelido da Esquadrilha surgiu em função dos aviões T-6 largarem óleo usado no escapamento do motor, deixando uma trilha de fumaça branca.
Em 1968, foram adquiridos sete aviões Fouga Magister, treinadores a jato produzidos na França, denominados T-24 na FAB. Desativados em 1975, a Esquadrilha retornou a usar o T-6 até ser desativada em 1977.
Em 21 de outubro de 1982, a "Fumaça" foi re-ativada, agora com o nome oficial de Esquadrão de Demonstração Aérea - EDA. Desde então, o EMB.312 T-27 Tucano vem sendo utilizado. Os aviões do EDA são equipados com dois "pods" nos cabides subalares, os quais liberam, sob comando do piloto, uma trilha de fumaça branca enquanto as manobras são realizadas.
Seus Tucanos são pintados em um belo acabamento em vermelho com faixas brancas delineadas em preto sobre a fuselagem e asas. A estrela da FAB é pintada em cinco posições (a sigla "FAB" é pintada na superfície inferior esquerda da asa); no leme é pintado o retângulo verde-e-amarelo encontrado nas aeronaves de combate da FAB. A bolacha da "Fumaça" é pintada na fuselagem dianteira.
Fonte: www.achetudoeregiao.com.br
Dia da Força Aérea Brasileira
22 de Abril
O Ministério da Aeronática só foi criado em 20 de janeiro de 1941, tendo como primeiro titular o civil Joaquim Pedro Salgado Filho. O novo ministério englobou o Departamento de Aeronáutica Civil e as já existentes aviação militar (do Exército) e aviação naval (da Marinha). O pessoal oriundo das duas últimas passou a compor a Força Aérea Brasileira.
A despeito de sua posição de neutralidade no início da Segunda Guerra Mundial, em julho de 1941 o governo brasileiro autorizou a utilização pelos norte-americanos, que na época também se mantinham neutros, de suas bases navais e aéreas localizadas no Nordeste, visando a garantir a integridade do continente. A FAB, nesse momento, passou a desempenhar sua primeira grande missão, de patrulhamento da costa brasileira.
Com a entrada dos Estados Unidos na guerra, a base de Natal passou a ter papel fundamental no transporte de homens e materiais para o teatro de operações do norte da África. Ao mesmo tempo, Recife passou a ser o principal centro de comando contra a guerra submarina na região. Os ataques de submarinos alemães a navios mercantesnavios mercantes no Atlântico Sul, principalmente depois que o Brasil rompeu relações diplomáticas com os países do Eixo, obrigou a organização de comboios marítimos com proteção naval e aérea. O primeiro encontro entre aviões da FAB e submarinos alemães ocorreu em 22 de maio de 1942, e a ele se seguiram vários outros.
Após o Brasil ter entrado efetivamente na guerra em agosto de 1942, foi decidido o envio de tropas brasileiras para o teatro de operações no Mediterrâneo, incluindo uma esquadrilha de ligação e observação e um grupo de aviação de caça. Como conseqüência dessa decisão, em janeiro de 1944 quatro oficiais da FAB seguiram para os Estados Unidos para fazer o curso de estado-maior, e cerca de 350 homens seguiram para treinamento na base aérea de Água Dulce, no Panamá. Enquanto isso, era treinado no Brasil o pessoal de manutenção. Em setembro seguiu para a frente de batalha o I Grupo de Caça, com cerca de 400 homens, sob o comando do major-aviador Nero Moura. Esse grupo integrou-se à Força Aérea do Mediterrâneo, comandada pelo general norte-americano Ira Eaker.
O I Grupo de Caça adotou o lema "Senta a pua" como conclamação a que seus integrantes se lançassem sobre o inimigo com decisão, golpe de vista e vontade de aniquilá-lo. Realizou vários bombardeios e apoiou decisivamente a FEB na conquista de Monte Castelo.
Fonte: cpdoc.fgv.br
Dia da Força Aérea Brasileira
CORES, BRASÕES
E insígnias têm sido associados às forças militares, ao longo dos anos. As legiões romanas usavam estandartes próprios para indicar sua posição e, na China, as legiões dividiam-se em unidades que eram identificadas por diferentes bandeiras coloridas.
Na Idade Média européia, o emprego de armaduras e de elmos para proteção obrigava os combatentes a se identificarem pelas cores das sobrevestes e dos escudos. Os regimentos do exército britânico, por sua vez, utilizavam um estandarte, conhecido como "as cores", que simbolizavam a alma do regimento, e ia para combate no centro da tropa. Sempre zelosamente guardado, onde ficava o estandarte, lá permanecia o regimento e, se necessário, o último homem deveria defendê-lo até a morte. Perder "as cores" para o inimigo era a pior desonra que o regimento podia sofrer.
"As cores" eram o símbolo do regimento. Os símbolos são imagens que representam as idéias e os fenômenos da realidade. O mundo à nossa volta está repleto de símbolos, cujo significado se arrasta ao longo dos séculos. Em todo o mundo, os símbolos têm relação com as verdades mais profundas. Assim podemos dizer que existe no mundo uma fascinante linguagem sintética chamada simbologia. Com ela sabemos que a balança é o símbolo da justiça, o Sol o da vida, a água da purificação, a cruz do cristianismo, o Pégasus da rapidez e criatividade.
Um dos usos mais coloridos e atraentes de símbolos ocorre na Heráldica. Com uma variedade de elementos temos plantas, animais, pessoas, seres mitológicos, formas geométricas, cores e inscrições que são reunidos num brasão ou numa bandeira para representar uma família, uma empresa ou uma nação. A prática da heráldica vem da Idade Média, para identificar cavaleiros em combates ou torneios. Logo se formou um sistema complicado, que teve de seguir normas escritas, postas em prática por arautos ou "heraldos" dos reis. Os cavaleiros e seus cavalos se vestiam suntuosamente para uma "justa" (disputa em torneio). Os símbolos heráldicos apareciam no escudo, na armadura e no manto (cota de armas) usado sobre ela. O brasão servia para identificar o dignitário a cujo serviço o arauto se encontrava e suas roupas ostentavam as cores desse nobre. O vocábulo heráldico deriva do alemão "Herald", anunciador, arauto, transmissor das ordens ou leis dos soberanos e suseranos.
Heráldica é a ciência e arte que estuda e interpreta as origens, evolução, representação e simbolismo dos Brasões de Armas. É também o conhecimento das regras, segundo as quais as armas devem ser compostas, definidas e reproduzidas. A heráldica é uma representação de símbolos criados desde a Idade Média, no tempo das cruzadas, e acessíveis ao homem moderno. Como reflexo do comportamento humano, a arte heráldica chegou até nós como uma atividade plena de criação, atualizando-se no tempo, e, guardadas as leis heráldicas básicas, notabilizando-se em cada país e em cada corporação pela força única de eternizar suas culturas e costumes. Esta ciência também chamada "Ciência Heróica" define-se como o conjunto de preceitos que regulam a forma por que se devem simbolizar acontecimentos, basicamente de ordem histórica, que pareceu conveniente perpetuar.
A verdadeira ciência heráldica remonta ao século XI, quando surgem alguns regulamentos referentes a ela, embora a arte dos brasões seja bastante antiga, originando-se nos distintivos de penas, peles, tatuagens ou pinturas dos povos primitivos. São antiqüíssimos os símbolos das famílias, tribos e cidades; por exemplo: a loba de Roma, o escaravelho egípcio, etc. Os poemas dos ciclos hindus e gregos descrevem as armas e escudos simbólicos dos chefes militares. Da representação dessas figuras nos escudos nasceu a Heráldica.
A partir do século XIII, a ciência heráldica passa a subordinar-se às regras até hoje conservadas. Foi então que cada família passou a dispor de um brasão, propriedade pessoal e intransferível. Constitui-se, assim, definitivamente, a linguagem simbólica da nobreza.
Com o surgimento do avião, no começo do século passado, foi necessário criar algum tipo de sinal distintivo ou codificado, capaz de identificar seu operador e sua nacionalidade. O uso de bandeiras nos aviões não é aerodinamicamente prático e, por isso, os emblemas nacionais começaram a ser pintados na asas, na cauda e na fuselagem das primeiras aeronaves. Em 1907, a Convenção de Haia firmou as regras para as insígnias militares aéreas e, em 1919, os regulamentos da aeronáutica civil foram instituídos internacionalmente na Convenção Aérea de Paris.
As insígnias nacionais geralmente estão relacionadas à bandeira de cada país e seus desenhos variam bastante. Quase sempre, as cores também correspondem ao emblema nacional, embora limitadas pela tendência atual de reduzir ou eliminar totalmente o brilho das marcas nos aviões de combate. Em lugar delas aplicam-se, atualmente, tons pastel ou apenas o esboço das marcas originais. Em situações de tensão ou de conflito aberto entre países, as insígnias são reduzidas em tamanho ou totalmente removidas, mas isso é recomendável apenas para o país que tenha superioridade aérea ou um eficiente sistema IFF (identificação de amigo-ou-inimigo), pois, caso contrário, a ausência de insígnias pode levar o avião a ser abatido.
Inserindo-se na heráldica militar, a área de heráldica da Força Aérea versa, obviamente, sobre a Aeronáutica nas suas variadas manifestações, formas e cores. Todas as marcas dos modernos aviões de combate têm uma função. Uma função simbológica. Desta forma, também a Força Aérea Brasileira atingiu a sua maturidade heráldica, e aqueles que mergulharem em seus fatos históricos e tradições serão surpreendidos com brasões e escudos de uma sensível presença lógica, a mais pura significação do Homem na Força Aérea.
O objetivo deste artigo, é mostrar como os símbolos da Força Aérea Brasileira devem ser conhecidos e entendidos.
A HERÁLDICA NA FORÇA AÉREA BRASILEIRA
Os primeiros contatos com a Força Aérea Americana, através do 1º Grupo de Aviação de Caça, foi um marco original para a heráldica da Força Aérea Brasileira. Ali, os nossos pilotos foram impregnados, como tantos outros, pela misteriosa magia dos escudos coloridos, descobrindo que através da forma caricaturizada dos escudos podiam descarregar todas as tensões que os comprimiam, da mesma maneira que as antigas tribos quando usavam imagens para afugentar os maus espíritos e os possíveis inimigos, exigindo-lhes o respeito.
A Força Expedicionária Brasileira—FEB, era composta de Esquadrões de Caça e de Reconhecimento que receberam equipamentos dos Aliados que, por força da convenção, teriam que utilizar os símbolos americanos nas suas fuselagens, devido ao ataque das artilharias antiaéreas.
Na medida em que fomos nos afastando do combate, também os escudos foram tomando novas formas e características, sendo novos emblemas criados e voltados para a intimidade das Organizações, assumindo a verdadeira função de refletir os fatos históricos e atos heróicos das Organizações Militares da nova Arma. Um Brasão de Armas será a imagem pictórica da Organização.
A imagem das Corporações deve ser refletida da forma heráldica mais expressiva e mais rica possível, buscando os símbolos mais significativos do brasonário pátrio. Só um conjunto harmonioso poderá representar os feitos de uma Organização Militar, uma Unidade Aérea ou Unidade Administrativa, embelezando as fachadas dos edifícios e as paradas militares.
O Gládio Alado e o Cocar são os símbolos que representam a Força Aérea Brasileira. Divulgar os principais símbolos heráldicos da nossa Força é proporcionar alguns conhecimentos básicos desta simbologia a todos os amantes do gênero, fornecendo ferramentas úteis no entendimento das tradições e dos valores históricos de uma das forças armadas brasileiras mais modernas: a Aeronáutica, contudo rica em tradições militares na nobre arte dos Brasões e Estandartes. A Força Aérea Brasileira já detinha como símbolos heráldicos o Gládio Alado e o Cocar desde a criação do antigo Ministério da Aeronáutica, em 20 de janeiro de 1941, bem como as cores verde e amarela no leme vertical das aeronaves militares brasileiras, somando-se assim aos outros criados em seguida, tais como o emblema da 1ª ELO, do 1º GAvCA, da Escola de Aeronáutica e tantos outros.
Gládio Alado—símbolo da Força Aérea Brasileira
O Gládio Alado é o símbolo da Força Aérea Brasileira, e sua origem remonta à antiga Aviação Militar criada em 1927, ou seja, a 5ª Arma do Exército Brasileiro, a Aviação. Consta de duas asas abertas apoiadas na lâmina de um sabre, símbolo da força e alusão aos heróis que fizeram a República. A asa significa o vôo e a espada o ânimo guerreiro e a justiça.
Atualmente pela legislação em vigor, nos emblemas do Comando da Aeronáutica é obrigatório o seu uso, bem como nos demais símbolos, e quando figurar deve estar nos metais ouro (amarelo) ou prata (branco), e quando representar em negrito deve obedecer à convenção dos esmaltes. Ele não pode ser sobreposto por nenhum outro elemento ou símbolo e seu emprego é disciplinado no Regulamento de Uniformes para Militares da Aeronáutica Brasileira.
Cocar da Força Aérea Brasileira
A aviação militar mundial é codificada por símbolos, principalmente as forças aéreas. O distintivo de nacionalidade das aeronaves militares é conhecido como cocar. Pela definição, cocar é um símbolo heráldico representado por um penacho, laço, distintivo ou roseta que distingue um partido, nacionalidade, força, etc. Assim, a identificação visual das aeronaves de todas as forças aéreas é feita por meio de um símbolo em cores cuja utilização vem desde os primórdios da aviação.
As cores da aviação são traduzidas pelos seus cocares. Com isso temos os mais diferentes desenhos, cores e significados, tais como a Cruz de Ferro na Força Aérea Alemã, a estrela vermelha da antiga União Soviética, a Cruz de Malta na Força Aérea Portuguesa, o círculo vermelho (o sol) do Japão, o escudo de Davi na Força Aérea de Israel, o disco azul, a estrela branca central e a barra azul, vermelha e branca, adotada em 1947 pela Força Aérea Americana. Os discos nas cores azul, branco e vermelho identificam os aviões franceses, a cuja nação deve ser creditada a criação da forma básica de marcação dos aviões militares. Esta norma foi instituída em 26 de junho de 1912, por ordem do exército francês, que determinou a pintura de discos tricolores nas asas e na fuselagem de todas as aeronaves militares.
Na verdade o cocar é a identificação visual de uma aeronave aplicada como forma de distingui-la de qual país é a sua bandeira, divulgando não só as nossas cores, bem como nossas tradições culturais.
De maneira semelhante, a Força Aérea Brasileira também tem o seu significante, traduzido, na imagem do cocar, que é usado para distinguir suas aeronaves e sua utilização vai além de uma necessidade visual. Tem por base uma norma aprovada pela Convenção de Haia, de 18 de outubro de 1907, que fixou regras para as insígnias militares. No seu artigo 2º ficou determinado que os navios mercantes transformados em navios de guerra deveriam usar os sinais externos (distintivos) dos navios de guerra de sua nacionalidade. Assinada por 39 países e ratificada por 23, inclusive o Brasil, essa norma é extensiva às aeronaves de todas as forças aéreas, que a partir deste diploma jurídico internacional passaram a colocar em seus aparelhos uma logomarca, mais tarde chamada de COCAR.
Inicialmente o cocar da Aviação Naval e da Aviação Militar eram iguais, compostos de um círculo dividido em 3 cores: verde, amarelo e azul. A partir de 1934, o Ministro da Guerra, General Pedro Aurélio Góis Monteiro, tendo como base as Armas Nacionais, assinou despacho em 31 de janeiro, aprovando o novo "COCAR" de identificação dos aviões da aviação militar. Pelo Aviso nº 99, de 05 de fevereiro de 1934, foram suprimidos os círculos nas cores verde e amarelo, acrescentando-se uma estrela de cinco pontas gironada, subposta a um círculo azul e a uma coroa branca.
Em 04 de janeiro de 1937, ficou instituída uma nova configuração para o cocar constante de uma estrela de cinco pontas, cada uma verde e amarela.
Com a criação do Ministério da Aeronáutica, o Ministro, Dr. Joaquim Pedro Salgado Filho, resolveu unificar os sinais distintivos das aeronaves, aprovando o mesmo cocar, com ligeiras modificações nas dimensões relativas, nas pontas da estrela e nos círculos internos, para ser usado nas aeronaves da Força Aérea Brasileira. A palavra "Exército", que existia nos aparelhos que tinham pertencido à Aviação Militar e a palavra "Marinha", a âncora e o cocar de círculos concêntricos dos aviões da Aviação Naval foram retirados.
O uso e aplicação do cocar nas aeronaves da Força Aérea Brasileira estão previstos na Ordem Técnica do Comando da Aeronáutica—Pintura de Aeronaves—OTMA 1-1-4, de 21 de janeiro de 1993, da Diretoria de Material da Aeronáutica.
Com a reativação da aviação naval, a Marinha manteve os círculos concêntricos nas suas aeronaves, conservando o antigo cocar da Aviação Naval. Mais recentemente o Exército voltou a reaparelhar sua força com aeronaves e adotou como símbolo nas mesmas o seu brasão e as cores vermelho e azul como distintivo, a Força Terrestre.
Verde e Amarelo—uma cor nacional nas aeronaves
As cores verde e amarela refletem uma marca da nacionalidade brasileira. Instituídas no Brasil na época do Império, pelo Príncipe Regente D.Pedro I, por Decreto de 18 de setembro de 1822 como cores nacionais, fazem referência às riquezas naturais do nosso país—as florestas tropicais e os recursos minerais.
Desde 1937, foi adotada a pintura das cores verde e amarela nos lemes de direção das aeronaves da aviação militar. Nas aeronaves da Força Aérea Brasileira os lemes de direção são pintados nestas duas cores, em duas faixas verticais, da mesma largura.
BRASÃO DO COMANDO DA AERONÁUTICA
O Comando da Aeronáutica possui um só brasão representando todas as suas organizações. O Brasão do Comando da Aeronáutica, aprovado pela Portaria nº 593/GC3, de 06 de setembro de 1999, é composto por um escudo francês, contendo atributos internos e externos.
O seu formato (escudo francês) homenageia o país onde o Marechal-do-Ar Alberto Santos-Dumont, Patrono da Aeronáutica Brasileira, desenvolvendo pesquisas aeronáuticas desde 1892, consagrou-se por seu feito histórico com o "mais-pesado-que-o-ar". Representa também o espírito das duas Unidades de preparo e emprego direto da Força, principalmente os grupos de aviação, esquadrões e esquadrilhas. O campo em blau (azul celeste) retrata o céu da Pátria, ambiente do piloto brasileiro.
No coração, encontra-se um escudete português, reverenciando a nossa Pátria-Mãe (Portugal), à qual devemos o nosso descobrimento. O campo em blau (azul ultramar), perfilado em prata, representa o espaço cósmico. Neste formato, o escudete retrata as Organizações do Comando da Aeronáutica com funções eminentemente administrativas, de vital importância para o seu funcionamento.
Sobreposto ao escudete, encontra-se em prata (branco), o Gládio Alado, símbolo da Força Aérea Brasileira.
Envolvendo o Gládio Alado, o Cruzeiro do Sul, também em prata (branco), constelação-primeira incrustada no Pavilhão Nacional, elo indissolúvel do Comando da Aeronáutica com os desígnios da Nação Brasileira. A constelação do Cruzeiro do Sul corresponde ao seu aspecto no céu, na cidade do Rio de Janeiro, às 8 horas e 30 minutos, do dia 15 de novembro de 1889 (doze horas siderais) e deve ser considerada como vista por um observador situado fora da esfera celeste. Contorna o escudo um filete em prata (branco), esmalte das insígnias usadas por seus Oficiais-Generais.
Encima o escudo uma águia estendida, em jalne (amarelo), ave que simboliza vitória, poder, prosperidade, domínio e liberdade. Sobrepõe-se ao contrachefe um listel, também em jalne (amarelo), com a inscrição "1941—COMANDO DA AERONÁUTICA—1999", em sable (preto). A primeira data indica o ano da criação do Ministério da Aeronáutica, e a segunda, o ano de sua transformação para Comando da Aeronáutica.
Estandarte do Comando da Aeronáutica
Estandarte do Comando da Aeronáutica
O Estandarte do Comando da Aeronáutica, aprovado pela Portaria nº 592/GC3, de 06 de setembro de 1999, é outro símbolo heráldico da Força Aérea Brasileira.
Estandarte terçado em banda, com o primeiro terço superior e o terceiro terço inferior em blau (azul cerúleo), esmalte que lembra o céu brasileiro, em consonância com a cor predominante do Brasão. Este esmalte simboliza, também justiça, zelo, retidão do dever, fidelidade, perseverança, glória e amor à Pátria, caracterizando, assim, os métodos e propósitos do Comando da Aeronáutica.
O terço intermediário, em blau (azul ultramar), simboliza o espaço cósmico. Este esmalte, também constante no escudete português, sobreposto ao coração, corresponde ao centro do escudo.
No centro do Estandarte, destaca-se o Brasão do Comando da Aeronáutica.
Contornam o Estandarte, nos seus três bordos livres, franjas em prata (branco), representando o nível de comando do Comando da Aeronáutica, tradicionalmente exercido por Oficial-General do mais alto posto da hierarquia militar em tempo de paz.
O Estandarte do Comando da Aeronáutica o representa em desfiles militares, recebimento de comendas e demais eventos de relevante importância.
EMBLEMAS E ESTANDARTES DE UNIDADES DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA
Os emblemas são símbolos heráldicos com significado e tradição especiais para uma organização. Dentro desse tema os emblemas das Organizações Militares focam numa visão heráldica os atributos mais significativos ou representativos das coisas e seres da natureza formados pela insígnia de um brasão de armas para a missão daquela Unidade e da Força Aérea. Temos emblemas que retratam desde o índio, flora e fauna brasileiras, bem como aspectos folclóricos e arquitetônicos do nosso país, todos mostrando a força do nosso povo, dos nossos militares e de suas Unidades, numa visão abrangente e surpreendente de suas cores, estilos e formas, delineando o anseio da tropa como que exigindo pelos seus aspectos visuais um respeito histórico da grande força que tem a simbologia nacional estampada por meio dos símbolos heráldicos.
No campo do escudo podem ser apresentados símbolos ou atributos representativos do estado, município ou região onde estiver sediada a organização militar. Toda Organização Militar deve ser representada por um emblema. Tem por finalidade a representação simbólica da missão, da história e dos fatos marcantes da OM.
As OM que têm como missão específica o planejamento, o preparo e o emprego direto da Força Aérea devem utilizar-se do escudo francês, inclusive o Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), em razão de sua abrangência na condução da política aeroespacial. As organizações com funções eminentemente administrativas devem utilizar-se do escudo português.
Os estandartes são símbolos heráldicos a exemplo das bandeiras, ou seja, uma bandeira de guerra, insígnia de uma corporação militar, com cores aplicadas sobre panos, geralmente confeccionados em tecidos ricos, a serem colocados em hastes e quando em posição de destaque ladeada por um grupo de soldados que formam sua guarda de honra.
Todas as Organizações Militares do Comando da Aeronáutica possuem estandartes cujo emprego está previsto na legislação em vigor.
A ÁGUIA
A águia é o mais antigo símbolo usado pelo homem, pois os egípcios já a ostentavam como símbolo nobre de coragem, astúcia e sagacidade, podendo proteger a grandes alturas os espíritos guerreiros.
É a figura mais significativa na heráldica da Força Aérea Brasileira. Ela veio do antigo estandarte da Escola de Aviação Militar. Surge sua imagem no Brasão do Comando da Aeronáutica em vigília, estando pousada com as asas espalmadas, animada, armada, bicada e sancada, como que a proteger o brasão.
Ela é considerada um símbolo das forças aéreas mundiais, um emblema da aviação inspirada nos romanos e franceses. Suas garras lembram a coragem e o sangue frio.
Como célula máter das forças aéreas significa presságio de vitória, símbolo imperial do poder, domínio, força, orgulho, vigor, conquista do espaço, arrojo, liberdade, soberania, realeza, nobreza, renovação, sagacidade, contemplação, autoridade, orgulho, prosperidade, benignidade, liberalidade, generosidade, vigilância, vôo de altitude, vastos horizontes, poderio aéreo, ataque e coragem.
Dentre as aves é aquela que pode olhar o Sol fixamente, jamais perde sua presa, se rejuvenesce, pode voar alto, é considerada como sinal de vitória.
Conclusão
Conclusão
Uma força aérea só tem história se forem cultivadas suas tradições. A heráldica da Força Aérea Brasileira, com as suas tradições do passado e com seus brasões e escudos, retrata seus feitos heróicos, como os da Itália estampados no Emblema do 1º Grupo de Aviação e muitos outros, para que as gerações que hão de vir, em cultivando-os, continuem a sua história, fortalecendo-a cada vez mais.
Dentre os estudos heráldicos, a Heráldica Corporativa Militar é uma das mais antigas. Ela é oriunda das grandes organizações de combatentes.
Esta ciência estampada em suas formas e cores, uma forma concisa aglutinada de uma política consentânea simbológica, que versa sobre a soberania e a grandiosidade da Aeronáutica Brasileira, prima pela simplicidade, com um máximo de objetividade, sem o abandono de motivações e estímulos ao respeito, ao entusiasmo e à veneração de símbolos criados e sempre identificados na arma alada.
Acreditamos que desta forma os estudiosos das Artes Aeronáuticas com este material possam conhecer um pouco das tradições brasileiras diante da Heráldica Corporativa Militar. Para disciplinar os símbolos heráldicos no Comando da Aeronáutica, o Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica conta com uma publicação a ICA 210-1, de 17 de dezembro de 1987, que disciplina o assunto na Aeronáutica Brasileira.
A heráldica da Força Aérea Brasileira nasceu de modo imperceptível, porém autêntico, carregada dos símbolos tradicionais da Arma, pronta para cruzar os séculos, cheia de tradições, falando de nossa história e mostrando ao mundo toda a pujança de seus Homens.
Os símbolos heráldicos são o retrato vivo da história de um povo, de uma força aérea de um país, simbolizando sua terra e sua gente, uma das mais legítimas manifestações de suas cores, um milagre constituído com a perseverança dos iluminados, o suor dos humildes e o sangue dos heróis.
Fonte: www.airpower.maxwell.af.mil
Dia da Força Aérea Brasileira
O poder aéreo nasceu em 1913, após o homem adquirir o domínio das máquinas voadoras, um pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial.
No Brasil, mediante acordo governamental, tivemos a presença de militares franceses ligados ao que, naquele tempo, não era ainda uma arma aérea, mas uma capacidade bélica de emprego dos "engenhos voadores".
Assim, no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, se fez presente uma missão militar, com o objetivo de treinar pilotos militares da Marinha e do Exército, visando ao emprego de aeronaves em objetivos militares.
Essa missão deu origem à Escola Brasileira de Aviação, que iniciou suas atividades em 2 de fevereiro de 1914, interrompendo-as em 18 de junho do mesmo ano. Evidentemente, o desenvolvimento da Aviação como arma aérea teve o seu início na Primeira Guerra Mundial, quando aeronaves foram empregadas em missões de Observação no campo de batalha.
A partir dessas missões de Observação, passou-se a utilizar o avião também para a regulagem de tiros de artilharia e para missões de interceptação de aviões inimigos, incrementando-se a utilização da potencialidade da arma aérea.
Surgia, assim, no cenário mundial, a Aviação de Caça que, inicialmente, conduzia atiradores de elite nas naceles traseiras das aeronaves, atirando nos aviões incursores que tentavam realizar Observação.
Daí, evoluiu-se para o lançamento de bombas, a princípio com a mão, e posteriormente com o emprego de engenhos mecânicos, seguindo-se a instalação de uma maior capacidade de tiro a bordo da aeronave e operada pelo próprio piloto.
Esses fatores serviram de estímulo e desafio para as mentes militares que, naquela ocasião, tiveram disposição e oportunidade de participar ativamente no desenvolvimento dessa nova arma.
Na época, o Brasil recebeu uma série de aeronaves para treinamento de suas Aviações - Militar (Exército) e Naval (Marinha)- e enfrentou o novo desafio, adestrando e preparando suas equipagens, além de, seguindo uma tradição histórica iniciada no século 17, partir, pelo ar, para o desbravamento do interior do País, lançando-se na abertura de novas rotas aéreas, com o apoio do Departamento de Comunicações do então Ministério de Viação e Obras Públicas, que fazia o controle do movimento dessas e de outras aeronaves.
Foi grande a participação das comunidades municipais, que, para auxiliar a nossa Aviação, escreviam o nome da cidade sobre o telhado das estações ferroviárias, como forma de orientar os aviões que seguiam para o interior do País. Nessa época, as facilidades e auxílios para a navegação aérea praticamente inexistiam.
A 12 de junho de 1931, dois Tenentes da Aviação Militar - Nélson Freire Lavenére-Wanderley e Casimiro Montenegro Filho - pilotando um Curtiss Fledgling, saíram do Rio de Janeiro e chegaram a São Paulo, conduzindo uma mala postal (com 2 cartas). Nascia assim o Correio Aéreo Militar (CAM).
Esse CAM, atualmente denominado Correio Aéreo Nacional (CAN), permanece com a missão de assegurar a presença do Governo Federal nos mais diversos rincões do Brasil, o que levou o nosso Congresso, tocado por um forte espírito cívico, a exigir da Força Aérea Brasileira a continuidade da operação do Correio Aéreo Nacional, incluindo-o na Constituição de 1988.
Os fatos históricos abordados até o momento permitiram que se criasse no País, no final da década de 30, uma atmosfera de questionamento sobre a arma aérea, e de que forma deveria ela ser administrada pela Nação.
Debates calorosos ocorreram, tanto no Clube Militar como através dos jornais da época, movidos por aviadores militares das duas Aviações Militares - Marinha e Exército - que buscavam defender posições: se as armas aéreas deveriam continuar no âmbito das duas Forças, ou se elas deveriam agrupar meios aéreos de ambas e constituir uma arma única e independente, vindo a ser a única a administrar a atividade aérea no Brasil.
A segunda corrente prevaleceu, tornando-se vitoriosa no dia 20 de janeiro de 1941, quando foi criado o Ministério da Aeronáutica, tendo como primeiro titular da pasta um civil - Dr. Joaquim Pedro Salgado Filho. Esta foi a solução adotada pelo Governo de então para manter as duas Forças em harmonia.
Os anos seguintes permitiram um engrandecimento do setor aeronáutico brasileiro, tendo sido criada uma respeitável infra-estrutura por todo o País, aumentando a capacidade tecnológica e organizando toda a aviação civil e militar.
O Ministério da Aeronáutica manteve-se atuante até 10 de junho de 1999, quando foi criado o Ministério da Defesa. A partir de então, passou a ser denominado Comando da Aeronáutica, tendo como primeiro Comandante o Ten.-Brig.-do-Ar Walter Werner Bräuer.
FORÇA AÉREA BRASILEIRA
A criação do Ministério da Aeronáutica e as Forças Aéreas Nacionais, com a fusão do Corpo de Aviação da Marinha e a Arma de Aeronáutica do Exército, ocorreu em 20 de janeiro de 1941. Quatro meses mais tarde. em 22 de maio de 1941, as Forças Aéreas Nacionais passam a denominar-se FORÇA AÉREA BRASILEIRA (FAB).
Inicialmente seu acervo foi constituído pelo equipamentos existentes nas duas armas aéreas, Marinha e Exército, composto de uma variada gama de aviões procedentes de diversos países, como Estados Unidos, Inglaterra, França, Itália, além de alguns aviões produzidos no Brasil em caráter experimental e alguns seriados.
A Segunda Guerra Mundial será o marco divisor para a modernização e a tentativa de implantação de uma indústria aeronáutica local.
Com a entrada dos Estados Unidos na guerra, em 1941 e o Brasil em 1942, e a importância da costa brasileira - no norte do país - para o esforço de guerra dos aliados, onde diversas bases americanas foram construídas, a FAB passa a receber modernos aviões para as mais variadas funções, como caças, bombardeiros, patrulha, etc. Este é sem dúvida o seu momento de consolidação e glória, formando nos Estados Unidos diversos pilotos que serão os multiplicadores no seu crescimento e culminado com a participação do 1º Grupo de Aviação de Caça e a 1ª Esquadrilha de Ligação e Observação no teatro de operações europeu onde participou na Campanha da Itália em 1944 e 1945, único país da América do Sul. Vale lembrar que o México participou com um Grupo de Aviação no teatro do Pacífico ao lado dos americanos.
Outro fator importante foi a sua participação na Campanha do Atlântico Sul ao longo da costa brasileira, chegando inclusive a afundar submarinos do eixo, a partir de 1942.
Com o fim da guerra, e a grande fartura de material aeronáutico excedente, a FAB passa a receber grande quantidade dos Estados Unidos, o que de certa forma gera o fim da indústria aeronáutica no Brasil, ficando mais cômodo e barato importar do que fabricar.
Em 1953 ela recebe seus primeiros aviões a jato, ironicamente eles serão ingleses, totalizando 61 Gloster Meteor F-8 de caça e 10 TF-7 de treinamento, desativados em 1974. A seguir, em 1956, recebe dos Estados Unidos 58 Lockheed TF-33-A para treinamento avançado e ataque, usados até 1975. Em 1959 recebe 33 caças táticos Lockheed F-80C, desativados em 1973. O ano de 1960 viu chegar 30 Morane Saulnier MS-760 Paris, da França, para ser usado como avião de ligação e treinamento, desativados em 1974. Em 1967 recebe novamente dos Estados Unidos, 65 Cessna 318A (T-37C), para treinamento avançado, usados até 1981 e repassados à Coréia do Sul.
No final dos anos 60 é criada a Embraer, uma empresa brasileira que irá produzir uma gama variada de aviões turbo hélices e jatos, entregando para a FAB a partir de 1971, 166 EMB-326 GB Xavante, produzido sob licença da Aeronautica Macchi, Italiana, para treinamento avançado e emprego tático. Alguns chegaram a equipar o 1º Grupo de Aviação de Caça no Rio de Janeiro, até que em 1975, fossem adquiridos nos Estados Unidos, 36 caças táticos Northrop F-5E Tiger II, e 6 F-5B para treinamento, espinha dorsal até os dias de hoje, como avião de caça da FAB, que adquire mais algumas unidades em 1991, operando até hoje, principalmente nas Bases Aéreas no Sul do país, sendo os mais modernos até então adquiridos. Atualmente existe um programa em andamento repotencializando, em conjunto com empresas nacionais e israelenses, a frota dos F-5, aumentando ainda mais sua vida útil.
Em 1972 foram adquiridos na França, 17 caças Mirage III EBR para interceptação e 6 Mirage III DBR para treinamento, ainda operacionais os da versão EBR, modernizados em 1988 e comprados alguns para repor perdas, que foram desativados em dezembro de 2005 e estão sendo substituídos pelo Mirage 2000C/B, adquiridos usados da França.
O projeto mais ambicioso envolvendo a FAB foi a co-produção do AMX (A-1), um avião de ataque, desenvolvido em conjunto pelo Brasil (EMBRAER) e Itália (Alenia, Aermacchi) a partir de 1981, do qual já foram produzidos 58, só no Brasil, estando ainda em produção.
O fato mais importante em relação ao projeto AMX foi o seu aprendizado, que proporcionou condições para o desenvolvimento do Embraer 145 civil, um sucesso mundial de vendas.
Fonte: freepages.military.rootsweb.ancestry.com
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