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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Por que o interior da Terra se mantém quente até hoje?

Coordenador do bacharelado em Física Médica da PUCRS responde a pergunta de leitor de Santa Cruz do Sul
Magma tem temperaturas que variam de 700°C a 1.300°C 

Foto: Henrique Tramontina / Arte ZH


Segundo Cássio Stein Moura, coordenador do bacharelado em Física Médica da PUCRS, é como se existisse uma usina nuclear no interior do planeta que, em vez de gerar energia elétrica, gera calor.

“O magma se mantém líquido, simplesmente, porque ocorrem decaimentos radioativos no interior do planeta, principalmente de urânio, tório e, em menor quantidade, de potássio, três elementos existentes no manto da Terra”, explica Moura. 
Quer dizer, esse fenômeno de nome estranho que ocorre continuamente no interior do planeta é responsável por manter a Terra quentinha – de 700°C a 1.300°C, no caso do magma. 
“O núcleo atômico de alguns elementos é instável (é o caso de urânio, potássio e tório). Isso significa que, a qualquer momento, o núcleo pode se romper e quebrar em mais de um pedaço, liberando energia. Sempre que ocorre um decaimento de qualquer um desses elementos, quer dizer, toda vez que o átomo emite uma partícula do núcleo, ocorre também a liberação de energia, na forma de calor”, resume o físico. 
Moura salienta que, além de esses decaimentos ocorrerem há milhões de anos, o aquecimento do magma se mantém porque o interior rochoso da Terra não é muito bom em passar o calor adiante.
“Essa energia emitida é absorvida pelas rochas na vizinhança e, como a rocha é um mau condutor de calor, uma quantidade relativamente pequena de energia é suficiente para aquecê-la e levá-la ao ponto de fusão”.



ZERO HORA

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