domingo, 5 de novembro de 2017

COMPARATIVOS - SUVs -- Ford Ecosport Titanium 2.0


Ford Ecosport Titanium 2.0 



Assim como o Tracker, a renovação do Ecosport valeu como uma nova geração. A frente ficou ainda mais imponente com a grade sendo grade de verdade, ou melhor, ostentando o logotipo, os faróis maiores e os para-choques remodelados. Pena que o estepe "cafona" ainda continua pendurado na tampa traseiro. Na Europa, é usado um temporário que vai no porta-malas, que já é pequeno (tem 356 litros, maior apenas que o Tracker e o Renegade).

A nova frente deu um frescor ao Ecosport, mas não foi a responsável pela sua vitória no comparativo. Embora seja o mais antigo do comparativo, o estilo da carroceria só perde para o Captur e o Honda HR-V.

O interior melhorou bastante no acabamento e um pouco no espaço. O painel agora é revestido em material emborrachado, mas os plásticos duros nas portas o deixaram atrás do Honda HR-V e do Jeep Renegade. O espaço interno aumentou ligeiramente com o recuo do banco traseiro, que diminuiu o porta-malas de 362 para 356 litros, mas ganhou um assoalho plano e permite que os joelhos de uma pessoa de 1,90m não encoste nas costas do banco da frente. Mais espaço e porta-malas (de preferência que caiba um estepe) só numa nova geração. 


Uma das virtudes que levaram o Ecosport à vitória foi o motor 2.0, que não é mais o velho Duratec usado desde a primeira geração e no finado Mondeo, e, sim o DirectFlex do Focus, que no utilitário compacto teve a potência reduzida de 178 para 176 cavalos com álcool. A energia extra lhe valeu a vitória. O criticado câmbio automatizado Powershift foi trocado por um automático verdadeiro, mantendo as seis velocidades.  

O problema é que o desempenho (10,42 segundos de aceleração e 7,53 seg. de retomada), consumo (5,9 km/l na cidade e 9,5 km/l na estrada) e ruído (61,8 decibéis) foram medianos, em ordem decrescente de classificação, indo do quarto ao sexto lugar, com este último sendo o segundo pior resultado do Ecosport.

Além do espaço interno (que, aliás, empatou com o JAC T40) e da assistência (357 concessionárias da Ford), o Ecosport ficou em segundo lugar na frenagem, obtendo 24,15 metros a 80 km/h.

A segunda vitória do Ecosport veio na nova lista de equipamentos. Junto com o novo sistema multimídia com tela COLORIDA e TOUCH de oito polegadas, possibilitado pelo novo desenho do painel, a versão top Titanium também tem piloto automático, câmera de ré, conectividade com CarPlay e Android Auto, controles de áudio no volante, borboleta de mudanças de câmbio no volante, assistência de emergência, som premium da Sony com 9 alto-falantes, entrada e partida sem chave, espelho interno eletrocrômico, sensor de chuva, sete airbags (frontais, laterais, cortina e joelho para o motorista), sistema de monitoramento de ponto cego com alerta de tráfego cruzado, sensor de monitoramento de pressão dos pneus, luzes diurnas em LED, controles eletrônicos de estabilidade e tração, sistema anticapotamento, direção elétrica, ar condicionado digital, bancos em couro, faróis de xenônio, rodas de liga de 17 polegadas e teto solar elétrico. Mas o preço de R$ 95.890 é o terceiro mais barato. 

Seja aqui no Guscar ou nas revistas em que o nosso blog fundamenta as opiniões, os comparativos são vencidos, na maioria das vezes, por modelos recém-lançados mais modernos. Um modelo vencendo duas vezes, como é o caso do agora "ex-campeão" Honda HR-V, reflete a qualidade superior do produto sobre os diversos concorrentes. 

Já a vitória de um modelo renovado parcialmente é a prova de que as sugestões que costumo dar para a melhora na posição do comparativo foram atendidas, como é o caso do Ecosport, segundo colocado em 2015



http://novoguscar.blogspot.com.br/2017/11/comparativos-suvs-compactos-2017.html

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