terça-feira, 10 de outubro de 2017

Como escolher a tabela de tributação da previdência privada...

Progressiva ou regressiva? Saiba o que levar em conta na hora de escolher a tabela de tributação da previdência
Um dos benefícios tributários da previdência privada é a possibilidade de escolher de que forma será cobrado o imposto de renda.  A tabela de tributação da previdência privada pode ser de dois tipos: progressiva ou regressiva.
É importante ter bastante cuidado na hora de fazer essa opção, pois ela é irretratável. Você pode trocar da tabela progressiva para a regressiva, mas o contrário não é possível.
Ambas as tabelas são bem diferentes daquela usada na cobrança de IR das aplicações financeiras comuns, como fundos de investimento, CDBs e títulos públicos.
Nelas, a tabela de IR é regressiva, e as alíquotas variam de 22,5% (para aplicações de prazos inferiores a seis meses) a 15% (para aplicações de prazos superiores a dois anos).
Mas nos planos de previdência, as alíquotas são diferentes. Na tabela progressiva, as alíquotas crescem de acordo com o montante acumulado no plano. Já na regressiva, as alíquotas decrescem de acordo com o prazo de aplicação, mas variam de 35% a 10%.

Tabela progressiva

A tabela progressiva é a mesma que incide, por exemplo, sobre salários e aluguéis. Quanto maior o valor do resgate, maior será a cobrança de IR. Confira os valores vigentes em 2016:
Base de cálculo (R$)Alíquota de IR
Até 1.903,98isento
De 1.903,99 até 2.826,657,5%
De 2.826,66 até 3.751,0515%
De 3.751,06 até 4.664,6822,5%
Acima de 4.664,6827,5%

Tabela regressiva

Já a tabela regressiva é exclusiva dos planos de previdência privada. Quando maior o prazo até o resgate, menor a alíquota de IR. Confira:
Prazo de aplicaçãoAlíquota de IR
Até 2 anos35%
de 2 a 4 anos30%
de 4 a 6 anos25%
de 6 a 8 anos20%
de 8 a 10 anos15%
Mais de 10 anos10%
Perceba que ela foi pensada para estimular a poupança de longo prazo. As altas alíquotas nos primeiros anos de investimento servem para desestimular resgates no curto prazo.
Para um prazo de mais de dez anos, no entanto, a alíquota de IR é de 10%, inferior à menor alíquota dos demais investimentos financeiros.
Ela serve para estimular o investidor a preferir a previdência privada a outras aplicações financeiras quando seu objetivo for de longo prazo.

Quando escolher a tabela progressiva

A escolha da tabela progressiva é preferível nas seguintes situações:
Quando os resgates no futuro serão baixos
O investidor projeta fazer resgates de baixo valor no futuro, que poderiam se encaixar na faixa de isenção ou da alíquota de 7,5%.
Claro que a tabela progressiva será corrigida com o passar dos anos, e que o plano deve render acima da inflação.
Mas pensando em valores de hoje, você pode refletir, por exemplo, se uma quantia de até 2.826,65 reais por resgate seria suficiente para o estilo de vida que você quer ter.
Quando você pretende resgatar em prazo menor que quatro ou seis anos
Antes dos seis anos de aplicação, as alíquotas da tabela regressiva são maiores que as das aplicações financeiras tradicionais. Se o investidor está perto de se aposentar e tem pouco tempo de acumulação, pode pagar menos imposto do que se optar pela regressiva.
Resgates em menos de quatro anos tornam a tabela progressiva mais vantajosa em qualquer cenário, mesmo que os valores de resgate recaiam na faixa de 27,5%.
Para resgates iniciados em um prazo entre quatro e seis anos, a tabela progressiva é mais interessante para quem recair até a faixa de 22,5%.

Quando escolher a tabela regressiva

A tabela regressiva deve ser escolhida quando o investidor tem bastante tempo pela frente para poupar e pretende realmente investir para o longo prazo.
Isto é, só pretende iniciar os resgates depois de oito anos de aplicação. Antes disso, as aplicações financeiras tradicionais oferecem alíquotas de IR menores.
Outro ponto importante é que o investidor deve ter a intenção de fazer os resgates aos poucos, pois provavelmente ele poupou de forma periódica durante vários anos.
Isto porque os resgates são feitos dos aportes mais antigos para os pais novos. Se você resgata tudo de uma vez, as aplicações feitas mais recentemente serão tributadas a alíquotas altas, enquanto que as mais antigas serão tributadas a alíquotas baixas.
Para ser sempre tributado a 10%, é preciso resgatar aos pouquinhos, para pegar sempre as quantias investidas há mais tempo.

E quem quer resgatar tudo de uma vez?

Se você optar pela tabela regressiva e resgatar tudo de uma vez, cada aporte será tributado conforme o prazo em que ficou investido. É possível que você tenha grandes quantias tributadas pelas alíquotas mais altas.
Se o seu plano for resgatar de uma vez, pode ser que a tabela progressiva seja mais vantajosa. Sua alíquota máxima será de 27,5%. O ideal é fazer uma simulação de resgate total com as duas tabelas antes de optar por uma delas.

https://www.genialinvestimentos.com.br/artigo/como-escolher-a-tabela-de-tributacao-da

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