Que tal plantar algumas ervas medicinais em casa e aproveitar dos inúmeros benefícios que elas trazem?
Aliadas do bem-estar, muitas delas podem ser cultivadas com facilidade na horta de casa.
Para isso, basta escolher as espécies adequadas, além de cultivá-las da forma correta em vasos (com cerca de 30 cm de diâmetro e ao menos 20 centímetros de profundidade) ou canteiros (com pelo menos um metro quadrado e 20 centímetros de profundidade).
Quando se trata plantas individuais, o mais fácil e prático é provavelmente plantá-las em vasos.
Conforme o tipo de material da qual é feita o futuro vaso ou jardineira, torna-se necessário um pequeno tratamento prévio.
Seja para assegurar que eles tenham uma vida útil mais longa, seja para possibilitar às plantas melhores condições de cultivo:
Vasos de barro que nunca foram usados devem ser mergulhados em água por 24 horas, para evitar que absorvam a umidade do solo.
Materiais como xaxim e coxim (fibra de coco) também devem ser previamente encharcados, do contrário tenderão a ficar ressecados.
Vasos de metal, em princípio, não deveriam ficar em contato direto com as terra, Se isso ocorrer, a tendência natural é que venham a enferrujar.
Portanto, o melhor seria forrá-los internamente com um saco plástico e só depois colocar a terra.
Plásticos, fibras de vidro para vasos, fibrocimento e cimento são materiais que não requerem nenhum tratamento antes do plantio.
Vasos ou jardineiras de madeira exigem sempre impermeabilização, com selador, antes de ser pintada com verniz.
Todos os vasos ou jardineiras precisam ter buracos de drenagem e (exceto os cestos) uma camada de cascalho, perlite ou cacos partidos no fundo, para não haver excesso de água, devendo ser cheios com uma boa mistura de terra.
Pode fazer-se esta mistura com uma parte de terra comum de jardim, uma parte de esterco ou composto orgânico e uma parte de areia grossa de construção.
No cuidado dispensado às plantas, as regas constituem uma das coisas mais importantes. Nem água demais, nem de menos, o melhor é verificar a umidade do solo todos os dias no verão, de 3 em 3 dias na primavera e no outono, enquanto que no inverno, apenas uma vez por semana é o suficiente.
A adubação do solo deve ser feita de seis em seis meses, incorporando à terra composto orgânico ou esterco de gado curtido.
No caso de aparecerem pragas como pulgões, cochonilhas, tripes nas plantas use o inseticida caseiro que é constituído de: 35 g de fumo de corda picado bem fino, 26 g de sabão de potássio neutro em pó e 50 ml de álcool, diluídos em 8 litros de água.
Algumas ervas medicinais que você pode ter em casa e suas indicações:
Hortelã: capaz de aliviar enjoos e combater inflamações, deve ser plantada com mudas, por meio de rizomas retirados de plantas desenvolvidas ou, até mesmo, a partir do enraizamento de estacas. Comporta-se bem em solo úmido, rico em matéria orgânica, e deve receber bastante luminosidade (cerca de três a quatro horas de incidência solar diária).
Erva-doce: arma poderosa contra cólicas e problemas digestivos, além de tosse e bronquite, devido à sua função expectorante, precisa ser cultivada em local ensolarado e receber regas uma vez ao dia, mas com cuidado para não deixá-la encharcada. Sua multiplicação é feita em solos arenosos a partir de sementes ou mudas já formadas.
Tomilho: cultivado como condimento, tem propriedades antissépticas, antiespasmódicas (capazes de evitar espasmos musculares), expectorantes e vermífugas. De fácil cultivo, gosta de sol e resiste muito bem a tempo seco. Também não suporta excesso de água.
Cavalinha: com mais de 300 milhões de anos, sua função adstringente e diurética auxilia no tratamento de diarreias, infecções de bexiga e cálculo renal, além de ajudar a evitar varizes, estrias, celulites e acne na pele. Para se desenvolver ao longo dos anos, deve ser cultivada em solos úmidos, estar sempre sob sol pleno e receber regas frequentes.
Capim-limão/Capim-santo: ideal para o combate à insônia, dores musculares e desconfortos causados por gases abdominais, cólicas e gripe, aprecia clima tropical para crescer, além de solo areno-argiloso, bem drenado e rico em matéria orgânica e nutrientes. Deve ser cultivado a pleno sol e receber regas diárias.
Lavanda: cresce muito bem na terra, de preferência em solo arenoso e seco, ou em vasos. Para que enraízem bem, as mudas devem tomar bastante sol e ser regadas com moderação, já que o excesso de água apodrece as raízes.
A lavanda possui um aroma intenso e inconfundível. Os romanos a usavam em banhos de imersão e escondiam suas flores entre as roupas para afastar os mosquitos.
Na primavera e no verão, você poderá aproveitar as propriedades medicinais de suas belas flores em tons violeta. Corte as flores quando estiverem abertas, de preferência na parte da manhã e em um dia ensolarado. Em seguida, deixa-as secar à sombra, a uma temperatura inferior a 35 graus.
O chá de lavanda é excelente para acalmar os nervos. Aqueça a água até a fervura e adicione um punhado de flores; em seguida, deixe descansar por alguns minutos. Consuma duas xícaras por dia, de preferência após as refeições. A infusão também alivia a taquicardia, a irritabilidade e a insônia.
Indicada para problemas de pele, a lavanda possui ação antisséptica e cicatrizante, e pode ser aplicada em forma de compressa diretamente sobre o local da lesão. Como ainda não há estudos suficientes sobre os efeitos sobre a formação embrionária, seu uso durante a gravidez não é recomendado.
Babosa :É uma planta fácil de cuidar, que pode ser cultivada tanto em ambientes fechados como ao ar livre. Sua seiva curativa é produzida durante o ano todo. Se quiser plantá-la em casa, basta extrair um segmento da planta-mãe. Com uma pá, insira a muda em terra adubada e um pouco de areia, de preferência em um vaso com furos no fundo para melhorar a drenagem. Ela enraizará mais facilmente se já tiver as raízes, basta colocar um ramo em um recipiente com água para fazê-las brotar.
Se quiser que a planta cresça bastante, coloque-a em um vaso grande em um lugar onde bata bastante sol. Não é preciso regá-la com frequência.
Para aproveitar seus benefícios, corte a base da folha com uma faca afiada. Lave e remova as bordas e a pele. Corte a parte côncava em uma tábua e retire as camadas superficiais para colher a seiva, que deve ser guardada em um recipiente de vidro na geladeira.
A seiva pode ser aplicada diretamente sobre a pele, já que atravessa com facilidade suas três camadas (epiderme, derme e hipoderme ), removendo a gordura e bactérias que obstruem os poros. Além disso, seu rico teor de vitaminas, minerais e enzimas contribui para a formação de novas células, prevenindo a formação de rugas.
A babosa também é usada no tratamento de alergias, já que pode reduzir e até eliminar as reações adversas a agentes patogênicos. No entanto, é preciso verificar se a pessoa não é alérgica à própria planta. Para isso, basta esfregar uma pequena quantidade da seiva no antebraço. Caso ocorra alguma reação, suspenda o uso.
Também alivia problemas respiratórios, como a asma. Nesses casos, recomenda-se cozinhar em uma panela vários pedaços de folhas e respirar o vapor intensamente, ou esfregar a seiva diretamente nas narinas. Os resultados são imediatos.
Salsa: Esta planta tem uma única exigência: precisa de muito sol. Mas é preciso ter paciência , pois ela pode levar até um mês para exibir os primeiros ramos. Pode ser plantada em qualquer época do ano , evitando os dias de calor ou frio. Deve ser regada com frequência e em pequenas quantidades para evitar o crescimento de fungos. Para obter folhas macias, evite deixar que as flores cresçam.
Rica em flavonoides, a salsa possui propriedades antibacterianas, antiinflamatórias e antioxidantes. É também uma grande fonte de vitaminas C e K, facilita a digestão, evita o mau hálito, estimula o sistema imunológico e inibe os processos carcinogênicos.
A melhor maneira de aproveitar suas propriedades é adicionar as folhas frescas aos pratos. Pode ser cultivada junto com o manjericão (excelente para o aparelho digestivo e o sistema nervoso) e hortelã (ajuda o coração e acalma as vias respiratórias). As três ervas juntas são grandes aliadas no preparo de refeições saborosas e saudáveis.
Gengibre: pode ser plantado em um vaso ou diretamente na terra, mas é melhor começar com o primeiro. Você vai precisar da raiz e, de preferência, de alguns brotos. Para isso, basta deixar um pedaço de gengibre durante a noite em uma bacia de água morna.
Recomenda-se usar terra com um terço de adubo e um vaso com pelo menos 40 centímetros de profundidade. A raiz deve ser inserida a dois centímetros da superfície, com os brotos para cima. A terra deve ficar sempre úmida, não encharcada, com pouca luz solar direta.
O gengibre possui propriedades incríveis, comprovadas cientificamente: reduz a inflamação do intestino grosso, impedindo o desenvolvimento do câncer; diminui em 25% a dor muscular; melhora os sintomas da asma; alivia cólicas menstruais; combate a pressão alta… e a lista continua.
O gengibre pode ser consumido em forma de chá. Para aliviar os sintomas da gripe, ferva a raiz e acrescente uma colher de mel. Cortado em fatias bem finas, também é usado para acompanhar saladas e temperar peixes.
Pessoas que sofrem de doenças do sangue ou que estejam tomando varfarina ou aspirina não deve ingerir gengibre sem a orientação de um médico.
Dicas para quando colher as ervas no campo:
Plantas medicinais coletadas no campo
Ao coletar as plantas medicinais no campo são necessário saber que os vegetais das quais se utilizam:
a) as folhas devem geralmente, ser recolhidas antes da floração;
b) as flores ou as sumidades floridas devem ser recolhidas no início da floração;
c) os frutos devem ser colhidos no início da maturação;
d) as raízes devem ser retiradas do solo quando o talo murcha, ou no começo da primavera, antes que haja rebrotado.
Aproveitem as dicas e mãos à obra na sua hortinha!!!!!
Fontes bibliográficas:
http://www.fazfacil.com.br/
http://discoverymulher.uol.com.br/
http://donaflorgarden.com.br/
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