terça-feira, 13 de setembro de 2016


Será que além de todas as dificuldades que os alunos já enfrentam no processo de alfabetização, eles tem a necessidade de aprender a ler e escrever a letra cursiva, cuja sua utilização nos tempos atuais encontra-se quase que exclusivamente na escola? Pois não a encontramos em nenhum outro lugar no contexto social? Por que a maioria dos professores continua trabalhando com a letra cursiva?

Como o objetivo da escola deve ser o de preparar cidadãos críticos capaz de transformar a realidade para melhor, a proposta de alfabetização deve naturalmente adequar-se às exigências da realidade atual. Realidade esta, em que a letra bastão esta presente em todos os momentos da vida de uma criança: em livros, televisão, revista, jornais, embalagens, rótulos, no teclado do computador. Ficando a escola como um dos únicos espaços sociais em que privilegia a escrita com letra cursiva.

Muitos educadores dedicam parte do seu tempo treinando o alfabeto manuscrito com seus alunos, apesar de viverem num mundo onde a letra de forma é dominante. Desta forma, percebe-se uma grande perda de tempo e esforço por parte dos alunos e professores que tentam insistentemente a grafia da letra cursiva. Tempo este que poderia e deveria ser melhor aproveitado, com atividades desafiadoras com objetivos reais para o crescimento de seus alunos.


Segundo Emília Ferreiro, começar a alfabetização com letra bastão é uma tentativa de respeitar a sequência do desenvolvimento visual e motor da criança.

No entanto, em vez dos professores desperdiçarem a energia de seus alunos no aprendizado da letra cursiva, poderia utilizá-la para outras atividades mais importantes e necessárias para a vida dos alunos, como por exemplo: leituras, jogos, brincadeiras, músicas, etc.

No primeiro momento em que a criança está no processo de aquisição da escrita, a letra em bastão é imprescindível. Mas isso não quer dizer que o aluno não vai precisar conhecer e usar a letra cursiva. Mais tarde, quando a criança já tem o domínio da escrita alfabética deve-se trabalhar os traços da letra cursiva. Apesar de ser trabalhosa, depois de aprendida, ela é escrita rapidamente, por ser letra contínua.

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