sábado, 24 de setembro de 2016

CENTENÁRIO DE LUIZ GONZAGA

CENTENÁRIO DE LUIZ GONZAGA


LUIZ GONZAGA:

O Nordestino do Século
 É o nosso Rei do Baião
*
Chegou aquele rebento
Seu povo ficou feliz
Brilhou a luz de Luiz
Gonzaga do Nascimento
Ali naquele momento
Iniciando a missão
Valorizou seu torrão
Consolidou este vínculo,
O Nordestino do Século
 É o nosso Rei do Baião
 *
Pernambucano de Exu
Eis o nosso mensageiro
De corpo e alma um vaqueiro
Brasileiro como tu,
A flor do mandacaru
A vida de pé no chão
O que vem lá do sertão
Pra receber esse título:
O Nordestino do Século
É o nosso Rei do Baião

Por outro lado eu diria
Bons nomes é que não faltam
Há outras que se destacam
Com muita sabedoria,
É grande a minha alegria
De ver alguém do povão
Equilibrando o bastão
Num verdadeiro espetáculo!
O Nordestino do Século
É o nosso Rei do baião
*
Marquei no meu calendário
Dia 13 de dezembro
 A cada ano eu me lembro
Do filho de Januário,
No dia do aniversário
Fazendo a minha oração
Eu trago o livro na mão
E vivo cada capítulo,
O Nordestino do Século
É o nosso Rei do Baião
*
Gibão e chapéu de couro
Uma inventiva figura
Fiel à sua cultura
Um verdadeiro tesouro,
É da boiada o estouro
O aplauso é da multidão
Pra conduzir a emoção
O amor é o grande veículo,
O Nordestino do Século
É o nosso Rei do Baião
*
Ao som do seu instrumento
Seguindo a trilha sonora
Foi como quem foi se embora
Retratando o sofrimento,
Veloz, que nem pensamento
O desafio era então
Seguir naquele rojão,
Sem conhecer obstáculo,
Nordestino do Século
É o nosso Rei do baião
*
Nas asas de uma asa branca
Seguiu a perder de vista
Exercitando a conquista
Com sua conversa franca,
Onde o saber não estanca
 Eu faço uma indagação
Quem é este cidadão?
Que ampara e é sustentáculo,
O Nordestino do século
É o nosso rei do Baião.
 *
Sem nunca temer a lida
Aproveitou a viagem
E não foi só de passagem
Que esteve aqui nesta vida
 Foi triste a sua partida.
 A saga de Gonzagão
Vai nos servir de lição
Consulta aí este oráculo,
O Nordestino do Século
É o nosso Rei do Baião.
(Moraes Moreira)














Música:Asa Branca (Luíz Gonzaga)
Quando "oiei" a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de "prantação"
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Quando o verde dos teus "óio"
Se "espaiar" na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração
1-      Vamos conversar  sobre o texto
a)      Como Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira descreveram a natureza nordestina?
b)      De que forma o clima nordestino influenciou o comportamento do narrador e de Rosinha?
2-      O que diz o texto?  ( responda no caderno)
a)      Por que o compositor comparou a terra a uma grande fogueira de São João?
b)      O que a falta d’água provocou no sertão?
c)       Pelo que você entendeu do texto, o que é asa branca?
3-      Agora é com você!  ( responda no caderno )
a)      Na sua opinião, o que o compositor pretende ao falar da realidade de sua região em uma música?
b)      Que tipo de música você mais gosta de ouvir? Explique por que você prefere esse tipo de música.



SAMBA ENREDO DA ESCOLA DE SAMBA
UNIDOS DA TIJUCA - CAMPEÃ 2012

Nessa viagem arretada
“Lua” clareia a inspiração
Vejo a realeza encantada
Com as belezas do Sertão!
“Chuva, sol” meu olhar
Brilhou em terra distante
Ai que visão deslumbrante, se avexe não!
Muié rendá é rendeira
E no tempero da feira
O barro, o mestre, a criação!

Mandacaru a flor do cangaço…
Tem “xote menina” nesse arrasta pé
Oh! Meu Padim, santo abençoado
É promessa eu pago, me guia na fé

Em cada estação, a “triste partida”
Eu vi no caminho vida severina
Á margem do Chico espantei o mal
Bordando o folclore raiz cultural…
Simbora que a noite já vem, “saudades do meu São João”
“Respeita Véio Januário, seus oito baixo tinhoso que só”
“Numa serenata” feliz vou cantar
No meu pé de serra festejo ao luar…
Tijuca a luz do arauto anuncia
Na carruagem da folia, hoje tem coroação!

A minha emoção vai te convidar
Canta Tijuca vem comemorar
“Inté asa branca” encontra o pavão
Pra coroar o “Rei do Sertão”



Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão,que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor.
Luiz Gonzaga

http://gutarocha.blogspot.com.br/

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