quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Histórias africanas -- A lenda do tambor africano Reconto de Robson A. Santos




A lenda do tambor africano Reconto de Robson A. Santos


Dizem lá na Guiné-Bissau que a primeira viagem à Lua foi feita por um macaquinho de nariz branco que queria trazê-la para a Terra. 
Vários macacos haviam tentado, mas nenhum conseguia alcançar a Lua. Certo dia, um deles teve a ideia de formar uma grande torre, em que um macaquinho escalaria o outro. E assim fizeram. Um foi montando nas costas do outro até conseguirem chegar à Lua. Mas, quando finalmente chegaram lá, a pilha de macacos se desequilibrou e desmoronou. O último macaquinho, porém, ficou pendurado na Lua, com medo de cair. Com pena, a Lua deu-lhe a mão para que ele subisse até ela.
Eles rapidamente se entrosaram, e um gostou muito do outro. Assim, o macaco de nariz branco ficou morando com a Lua, até que começou a sentir saudade de casa. Então, ele foi até ela e pediu para voltar ao seu país. A Lua permitiu, e deu-lhe de presente um tamborzinho. Ela amarrou o macaco e o presente em uma corda, por onde desceriam até chegar ao solo. Mas a Lua lhe fez um pedido: que ele tocasse o tamborzinho bem forte quando chegasse na Terra, para que ela, então, cortasse a corda. Mas ele só deveria tocar o instrumento quando estivesse seguro. Porém, ao começar a descer, o macaquinho, curioso, não resistiu e começou a tocar o tambor.
Pensando que o macaco já havia chegado, a Lua cortou a corda. O macaquinho despencou, se esborrachando no chão. Machucado, chamou uma moça que por ali passava e entregou-lhe o tamborzinho, pedindo que o entregasse aos homens de seu país. A moça o fez, e foi assim que, na África, começaram- -se a ouvir os primeiros toques do tambor.
fonte: sugestão retirada da revista Guia Prático para professores de educação infantil

Conto africano: A tartaruga e o elefante

Reconto de Robson A. SantosLá pelas terras distantes da África, na região do Benin, as mães contam esta história para seus filhos. Esta história chegou ao Brasil no colo de uma boneca africana (não me perguntem como, só sei que foi assim que aconteceu). Prestem atenção na história que eu vou contar!
Certa vez, a tartaruga, que era muito astuta e arteira, resolveu pregar uma peça no elefante. Espalhou para todos da cidade que ela chegaria ao povoado montado nas costas do elefante, como se ele fosse o seu cavalo. Todos riram e acharam que desta vez a tartaruga levaria a pior. 
Com um plano na cabeça, a tartaruga foi até a floresta procurar o elefante que se encontrava calmamente tomando seu banho matinal.
— Olá, compadre elefante! Muito bom dia! Sabe o que andam dizendo de você lá no povoado? 
— Bom dia, comadre tartaruga. Não sei! O que andam dizendo? 
— Que você não entra lá porque e muito grande e desajeitado e tem medo de estragar alguma coisa.
— Ora, mas que desaforo. Não entro lá porque nem sei como chegar ao povoado. 
— Pois vamos resolver isso agora! Eu te mostro o caminho. Assim quando você chegar lá todos ficarão com a cara no chão. O elefante aceitou a oferta e se pôs a seguir a tartaruga até o povoado. Andaram bastante até que a malandra disse: 
— Ai, compadre, estou muito cansada. Bem que você podia me dar uma carona em suas costas, né? Pelo seu tamanho nem vai sentir meu peso. E o elefante colocou a tartaruga em suas costas e chegou à entrada do povoado. 
— Olha, compadre, vamos fazer uma brincadeira com a gente do povoado. Quando eu coçar suas costas você corre e quando eu colocar minhas unhas em suas costas, você empina e com isso todos ficarão deslumbrados.
E o elefante aceitou o combinado e assim fizeram entre corridas e pulos pelas ruas do povoado. Tudo ia bem, com os dois rindo à vontade, até que a tartaruga deixou escapar: 
— Não falei que entraria no povoado montado em meu cavalinho? - e ria para todos que a olhavam espantados. 
— Ei! - disse o elefante - Por acaso eu sou o seu cavalinho? Você me enganou! 
E pegou a tartaruga com sua tromba e começou a ameaçá-la: 
— Pois agora eu vou te jogar naquela pedreira e você vai ver só! 
— Pode me jogar que eu tenho a casca dura e nada vai me acontecer. 
— Ah é! Pois então vou te jogar naquele lodaçal, no meio da lama... 
— Na lama não, por favor. Na lama não, que tenho medo de me afogar.
— Pois é para lá que você vai! 
E jogou a tartaruga na lama. Na mesma hora em que ela afundou, já subiu rindo da cara do elefante. 
— Aqui é o lugar onde eu gosto de ficar. E ria da cara do elefante. Ele bem que tentou pisar nela, mas só conseguiu sujar suas patas. Ele pisava de um lado, ela aparecia do outro. Ele pisava do outro lado e ela aparecia em outro lugar. Fez isso um tempão até que se cansou e voltou para a floresta, de cabeça baixa. 
Quando chegou à floresta contou para os outros elefantes o que havia acontecido e eles ainda riram dele, dizendo que ele não devia ter confiado na tartaruga.
E desde então elefantes e tartarugas não são lá muito amigos e depois dessa presepada os elefantes quase nem aparecem no povoado, pois ficaram com vergonha.

Vamos fazer a boneca africana que trouxe essa história para o Brasil?





Boneca de miçangas
Materiais:
★Frasco de iogurte
★ Tinta acrílica preta
★ Pincel
★ Bola de isopor
★ Fio de silicone ou elástico bem fininho
★ Miçangas
★ Olho móvel
★ Lã preta



1.Pinte o frasco e a bola de isopor com a tinta preta. 
2. Faça várias pulseiras de miçangas e coloque-as no frasco. 
3. Na bola de isopor já pintada, cole a lã imitando o cabelo. 
4. Cole os olhos, a boca e o nariz e cole a cabeça no corpo.

Sugestões retiradas da Revista Guia Prático para professores de educação infantil


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poesias com o tema "Dia nacional da Consciência Negra"

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CONSCIÊNCIA NEGRA

NEGROS OU BRANCOS
PARDOS OU VERMELHOS
A COR NÃO CONTA
A COR NÃO CANTA!
A COR NÃO ESTAMPA
A VIRTUDE DE NINGUÉM...
BRANCOS OU NEGROS
VERMELHOS OU PARDOS
A COR NÃO IMPORTA
A COR NÃO É FALTA...
E NÃO CULPA NINGUÉM!
SEJA QUAL FOR A RAÇA...
CATIVA E ENCANTA
CONQUISTA E BALANÇA
O CORAÇÃO DA GENTE
GENTE INTELIGENTE...
QUE TEM...
PUREZA DE ALMA!...
por Nair Lúcia de Britto 
retirado do site http://www.revistapartes.com


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Consciência negra

Chega de racismo
De história mal contada
Chega de hipocrisia
De mentira esfarrapada
Esse preconceito infeliz
Que por aí diz
Que negro não vale nada.
O negro também precisa
Ser privilegiado
Chega de arrogância
Branco tenha cuidado
Com o preconceito em alta
Pois quem muito se exalta
É sempre humilhado.
Preto, branco e mulato
Vamos nos unir
O preconceito é horrível
E não é para existir
Já que todos somos irmãos
Essa grande nação
Espalhada por aí.

A consciência negra
Quer exatamente
Provar que somos iguais
E não diferentes
São lutas populares
Como as de Zumbi dos Palmares
Que morreu pela sua gente.

É preciso desde já
Com amor todo gentil
Acabar com o preconceito
E ver em nosso Brasil
O negro sorrindo tanto
Como a Daiane dos Santos,
Pelé e Gilberto Gil.

de Francisco Carneiro Barbosa 
Site: http://www.mundojovem.pucrs.com.br


Vozes 

Quando virá a alforria? 
Sinto ainda o chicote 
Nas costas torturadas 
Pelo desprezo, do nada, 
Do que sou, do que fui, 
De onde nem sei se vou... 

Quando virá o dia 
Em que soltarão os grilhões, 
Cicatrizarão as feridas 
E terei amor pela vida 
Que o futuro pode me proporcionar? 

Vozes na lembrança, 
Choros incontidos, 
Estalos cortando o ar e os feridos 
A cantar...Sempre cantando suas dores, 
Na maneira exata de dizer: 
Sou gente!Independente de não querer... 

Quando??? 

Angela Padilha
retirado do site: http://www.blocosonline.com.br

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