domingo, 4 de outubro de 2015

Afinal, os machos servem para alguma coisa?


esquisa publicada no jornal científico Nature, uma pergunta que há muito intrigava os cientistas, foi respondidas: por que a natureza tem machos e fêmeas se uma população exclusivamente feminina parecia muito mais lógica

Para que existem os homens? A pergunta pode parecer ridículo ou alguém simplesmente magoado(a) com o gênero masculino (certamente não faltariam razões para tanto), mas não é. Há décadas que os cientistas tentam definir a razão pela qual a natureza tem machos.
Não, não é viagem. Quase todos indivíduos pluricelulares usam o sexo para se reproduzir, mas o fato intriga porque a ‘opção’ é cheia de problemas. Para começar, metade dos indivíduos, não poderá reproduzir - porque não tem como gerar novos indivíduos. O que leva a natureza então a gastar tanta energia - evolutivamente - a  continuar produzindo machos? Populações somente com fêmeas, seguindo este raciocínio, fariam mais sentido, pois uma população que se reproduzisse de outro meio, que não o sexo, somente com fêmeas, teria o dobro da capacidade de gerar novos indivíduos e proliferar a espécie.
O estudo dos professores da universidade inglesa de East Anglia usou besouros como cobaias. No laboratório, eles estudaram 50 gerações de besouros ao longo de um período de 10 anos, testando o impacto da seleção sexual, que segundo a teoria de Charles Darwin, tem os machos competindo entre si para reproduzir e as fêmeas escolhendo os machos mais aptos para tanto.
Removendo a seleção sexual, rapidamente os besouros formaram pares monogâmicas e a saúde das gerações seguintes foram degradando-se ao longo do tempo, chegando a desaparecer após 10 gerações. Jeca com os besouros com uma intensa seleção sexual, onde, por exemplo, dezenas de machos lutavam para reproduzir com uma única fêmea, apresentavam indivíduos muito mais resistentes nas gerações seguintes.
“Para conseguir bater a concorrência na seleção sexual, os machos precisavam ser melhores em uma série de critérios, e conseqüentemente, tornando menos a probabilidade das fêmeas de reproduzirem com machos geneticamente menos saudáveis”, afirmou o professor Matt Gage, na divulgação da pesquisa.
A seleção sexual, segundo o estudo, tem um papel preponderante em ‘selecionar’ as mutações genéticas, descartando as menos vantajosas evolutivamente. Mesmo após várias gerações de cruzamentos de besouros descendentes de um mesmo indivíduo (o que cientificamente favorece uma degradação evolutiva), populações com seleção sexual apresentavam-se mais saudáveis e aptas a afastar o risco de extinção.
Enfim, machos servem para alguma coisa - está provado.

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