Os estados participantes das negociações sobre o clima têm à disposição, a partir desta sexta-feira, uma versão sintética do texto de negociação do futuro acordo climático, destinado a ajudar a facilitar a retomada das negociações no final de agosto.
Este documento de cerca de 80 páginas, proposto pelos dois co-presidentes do debate, é uma "ferramenta para ajudar os governos em suas negociações", afirmou o secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (CQNUMC).
Retomando o texto denso da rodada de negociações de fevereiro em Genebra, ele deve servir como base de trabalho para a próxima sessão formal de negociação, que ocorrerá de 31 de agosto a 4 de setembro em Bonn.
Desde Genebra, as discussões formais sobre o acordo contra o aquecimento global esperado em dezembro, em Paris, progrediram com dificuldade, atoladas em negociações sobre a forma de texto e travadas na parte inferior pela falta de ordens políticas.
Em junho, as delegações de 195 estados tinham finalmente confiada aos co-presidentes a tarefa de oferecer-lhes uma versão mais legível.
O exercício foi difícil para o americano Daniel Reifsnyder e o argelino Ahmed Djoghlaf, responsáveis por produzir um documento de síntese sem remover quaisquer opções, como solicitado explicitamente por alguns países preocupados em manter o caráter coletivo do processo.
"O novo documento fornece uma visão mais clara do resultado possível, e não omite quaisquer opções apresentadas pelas partes", ressaltou o CQNUMC.
"Mais consistente, esclarecendo as principais escolhas a serem feitas", o texto "oferece aos delegados uma base sólida para avançar", disse Jennifer Morgan, do centro de estudos World Resources Institute.
Em Paris, os representantes de 46 países conversaram em particular sobre a ideia de um acordo permanente e um mecanismo de reavaliação regular para aumentar o compromisso coletivo de reduzir os gases com efeito de estufa (GEE), fonte do aquecimento.
A comunidade internacional estabeleceu o objetivo de limitar o aquecimento global ao máximo de 2°C em relação ao nível antes da Revolução Industrial.
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