Síndrome das Pernas Inquietas

Síndrome das Pernas Inquietas

É bem verdade que se pararmos para pensar quantas doenças podem atingir o nosso organismo e nosso corpo dá muito medo. Alguns problemas de saúde são bem mais raros que outros e por isso, pouco comentados, o que não quer dizer que não sejam perigosos. Assim como, infelizmente, muitas doenças ainda estão longe de se descobrir o motivo que as causam e como combatê-las. Menos grave ou não, alguns problemas de saúde ainda são um mistério para medicina.

Uma doença pouco conhecida e que definitivamente influencia de maneira negativa na vida de quem sofre com ela é a síndrome das pernas inquietas. Ela também é chamada de “ekbom”.

As Características da Síndrome das Pernas Inquietas

A síndrome das pernas inquietas é um distúrbio e a sua principal característica é o fato de fazer com que as pernas, isto é, os membros inferiores, se movimentem sem que a pessoa assim deseje. Se trata de uma coisa que os médicos definem como “agitação motora involuntária”, ocorre um tipo de alteração na sensibilidade dos membros inferiores.

Apesar da principal característica da síndrome das pernas inquietas seja atingir as pernas, nos casos com maior gravidade, os braços também podem ser afetados.

Os sintomas não ocorrem o dia todo, o horário em que é mais normal que as pernas sofram essa agitação involuntária é durante à noite. Fazendo com que as pessoas que sofrem com o problema não consigam dormir ou se o fazem, não conseguem ter uma boa noite de sono.

E é claro, que uma noite mal dormida ou a falta dela resulta em uma pessoa que passa o dia irritada, cansada e indisposta, afetando diretamente no seu dia a dia.

Como o momento em que a síndrome das pernas inquietas normalmente se faz perceber é durante as horas de repouso, a vida do paciente fica comprometida. Ele não tem sossego para assistir um filme ou ir ao teatro. Também tem dificuldade para fazer uma viagem longa, que precisará de horas sentado e mais, no trabalho, não suportará reuniões. O mesmo acontecerá com reuniões com amigos.

Os Sintomas das Pernas Inquietas

Quando uma pessoa deve ligar o “pisca alerta” e desconfiar que pode estar sofrendo de pernas inquietas. A resposta é quando observar os seguintes sintomas, os principais deles, que são:

Quando a pessoa está com as pernas imóveis e começa a sentir-se desconfortável e com vontade premente de movê-las.

Além disso, o paciente sente pontadas nas pernas, dor, arrepios e formigamento. Esses sintomas podem ser em maior ou menor intensidade e também podem desaparecer ou diminuir quando semove as pernas.

Os primeiros sintomas e na maioria das “crises” são sentidos sempre à noite, normalmente, no momento em que o paciente deita para dormir.

No dia seguinte, em consequência da noite de sono mal dormida, a pessoa acorda ainda mais cansada e ainda sonolenta, com tendência a irritação e em alguns casos, sentindo-se deprimida.

Os médicos alertam sobre o uso do tabagismo e cafeína por quem sofre de síndrome das pernas inquietas. Ambos fazem com que os sintomas apareçam mais fortes.

Quais São as Causas das Pernas Inquietas

Infelizmente, como acenamos lá no início, essa é uma daquelas doenças que os cientistas ainda não descobriram as suas causas.

O que se sabe até hoje sobre as pernas inquietas é que primeiro o paciente tem uma predisposição genética. E mais, o problema está relacionado com a falta de dopamina e também de ferro nas partes motoras do cérebro de quem é afetado pela doença.

Essa falta de vitamina estaria relacionada diretamente aos movimentos que caracterizam a doença, principalmente, por serem involuntários.

Como a Síndrome das Pernas Inquietas é Diagnosticada

Segundo os médicos, só é possível fazer o diagnóstico através da descrição e observação da presença dos sintomas, que foram citados anteriormente. É um diagnóstico clínico.

Além disso, são avaliados o quanto as pernas estão sensíveis ao toque e o quanto estão doloridas, assim como, avaliação dos reflexos.

São feitos exames de sangue para confirmar as suspeitas do médico depois da observação clínica. Também é pedido uma polissonagrafia e há a necessidade de dosar os teores de transferrina e ferritina presentes no sangue. São elas as responsáveis pelo transporte do ferro na corrente sanguínea.

Sobre o Tratamento da Síndrome das Pernas Inquietas

Além de não saber-se sobre o que leva uma pessoa a desenvolver esse problema, ele pode atacar em qualquer faixa etária. Porém, observa-se que em crianças é raro que aconteça. Normalmente, os pacientes com síndrome das pernas inquietas são adultos e a incidência maior é durante o envelhecimento.

O tratamento por sua vez é feito com medicamentos a base de benzodiazepínicos. Em casos que são considerados graves, pela frequência do movimento e dores, são usados remédios com pramipexole e ropinele. Ambos ajudam a aumentar a recepção de dopamina no cérebro sem que isso faça que o sangue periférico tenha o fluxo aumentado.

Veja Algumas Recomendações Médicas

Os pais devem ficar alertas em relação ao comportamento dos filhos na hora de dormir. Se eles resmungam muito, mexem demais as pernas ou choram. Pode não ser manha, como normalmente os pais tendem a acreditar. Se isso acontecer com frequência leve a criança a um pediatra e relate os sintomas.

O mesmo cuidado de observação que se deve ter com as crianças deve repetir-se com os idosos. Neste caso, as pessoas costuma dizer que o comportamento tem a ver com problemas mentais e buscam a sedação. Fique atento para não tomar atitudes que nada tem a ver com sintomas de uma doença que existe.

Se a doença se agravar é difícil que alguém que divida o mesmo quarto ou a mesma cama consiga manter-se próximo. A síndrome das pernas inquietas tem tratamento e é necessário procurar um médico e jamais se automedicar.

Pessoas que sofrem com o problema não devem fazer uso do cigarro, consumir álcool e cafeína. Os três agravam o problema.

Fique atento porque pode ser um outro problema e não a síndrome de pernas inquietas com os mesmos sintomas quando você toma medicamentos neurolépticos ou antidepressivos.

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