Minha vida profissional desmoronou após eu pedir demissão em um momento de raiva'
Escreve um ouvinte: "Ouvi tardiamente um conselho seu para não pedir demissão em um momento de raiva ou frustração, sem ter outro emprego em vista. Foi exatamente o que fiz há três anos. E de lá para cá, a minha vida profissional desmoronou. Passei por várias empresas sem expressão e por várias funções abaixo da minha capacidade. E mesmo assim, me encontro desempregado no momento, com dívidas e com filhos pequenos para sustentar. O que devo fazer? Continuar aceitando qualquer coisa só para conseguir ir levando ou existe outra saída?"
Eu sinto acrescentar mais um componente indesejável à sua lista: o mercado de trabalho está bem devagar em termos de novas contratações. É uma pena que você esteja mais necessitado no momento em que o mercado está retraído. E imagino que você esteja fazendo tudo o que a cartilha do desempregado manda: contatos com antigos colegas, participação em redes profissionais, envio de currículos, inscrição em sites de empregos.
De tudo isso, os contatos são a sua melhor opção. Quando poucas vagas aparecem, todas elas acabam sendo preenchidas por indicação direta. Por isso, não se envergonhe em escrever para pessoas que trabalharam com você há anos e das quais você nem se lembra direito.
Sugiro também que você preste serviço a ONGs sem remuneração, apenas para se manter ativo e fazer novos contatos. E se você não considerou ainda prestar um concurso público, considere.
Ninguém fica desempregado para sempre. E você também não ficará, se não se deixar abater por esse momento ruim, porém, passageiro.
Max Gehringer, para CBN.
Nenhum comentário:
Postar um comentário