Opala 1970 é desejo adolescente de leitor.
Com pouco a mais de 61 mil km, sedã da Chevrolet passou por uma ampla reforma e é tratado a pão-de-ló.
Rodrigo Samy
Felipe Rau/Estadão
O sonho de restaurar um modelo antigo sempre acompanhou o jornalista e empresário Ricardo Ghigonetto. Esse desejo começou a se realizar em 2005, quando ele adquiriu um Opala 1970 e deu início à reforma do Chevrolet, que é da primeira geração.
Comprado em Iguape, no litoral paulista, o sedã estava com a estrutura bastante avariada, de acordo com Ghigonetto. “O carro veio para São Paulo de plataforma”, conta.
Os primeiros reparos foram feitos na parte mecânica. “O motor foi aberto e o sistema de escape, refeito”, explica o leitor. A segunda etapa ficou marcada pelo desmonte e repintura da carroceria. “Para achar a cor verde metálica original, tivemos de experimentar inúmeras misturas de tinta, até chegar ao ponto ideal.”
Outro momento do processo de restauração que exigiu paciência e pesquisa foi a reposição dos adornos metálicos. “Todos os logotipos foram recolocados e alguns frisos, refeitos”, relembra.
Há cromados também nas calotas das rodas de 14 polegadas, que são montadas em pneus diagonais com faixas brancas. Ghigonetto encontrou um conjunto no Rio Grande do Sul.
Nada de chuva. Com 61 mil quilômetros rodados, quatro mil a mais que o registrado no hodômetro no dia da compra, o Opala só roda em dias ensolarados, de acordo com seu proprietário. Depois da reforma, o sedã nunca pegou chuva. “Gosto de passear com ele nos feriados ou aos domingos”, diz Ghigonetto.
Com motor de quatro cilindros e 2,5 litros com 80 cv, alimentado por um carburador de corpo simples, o Chevrolet é da primeira geração do Opala. A transmissão de três marchas tem alavanca na coluna de direção.
A cabine está em perfeito estado. O carpete é marrom e combina com o tom dos bancos, que são inteiriços e revestidos de couro. “Para revigorar a parte interna, bastou uma boa limpeza”, conta o jornalista.
O rádio funciona perfeitamente, assim como todos os botões de acionamento das luzes e outros sistemas. Como o carro fica muito tempo parado, Ghigonetto instalou uma espécie de chave geral que corta a corrente elétrica para evitar que a bateria acabe ficando descarregada. Segundo ele, o motor está sempre pronto para dar a partida. “Basta usar gasolina aditivada e dar uma puxadinha no afogador.”
http://www.estadao.com.br/jornal-do-carro/noticias/antigos,opala-1970-e-desejo-adolescente-de-leitor,22119,0.htm
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