Modelo atual, que prevê a redução da velocidade após o fim da franquia, pode estar com os dias contados
Foto: divulgação / divulgação
Quem assina pacotes de internet móvel no Brasil já está bem familiarizado com o funcionamento dos planos oferecidos pelas operadoras: após o final da franquia contratada, o cliente segue navegando pelo celular ou pelo tablet, mas com velocidade reduzida, sem pagar nada a mais por isso. Mas essa realidade está prestes a mudar. As operadoras estão estudando um modelo diferente de plano, como o usado nos Estados Unidos e em países da Europa: o usuário, após o fim da franquia, será obrigado a contratar um pacote adicional, comprando mais megabytes (MB), para seguir conectado.
A primeira operadora a adotar a medida é a Vivo, que faz a mudança nos planos pré-pagos. Contatadas pela reportagem, Oi e TIM afirmam que também estudam as mudanças, mas não detalham como serão os novos planos.
No caso da Vivo, os novos planos pré-pagos passam a valer a partir de 6 de novembro no Rio Grande do Sul e Minas Gerais, mas podem ser estendidos para outros Estados nos próximos meses. No pacote, os clientes vão receber um SMS quando o consumo de dados atingir 80% da franquia e outro no momento em que ela acabar - este último já com a opção de contratação do pacote adicional de 50MB (que custará R$ 2,99 por 7 dias).
Segundo a operadora, o mesmo ajuste deverá ser implementado futuramente para os clientes de planos pós-pagos.
Outra operadora que já estuda a mudança é a Oi. Em nota, a empresa afirmou que "considera o fim da velocidade reduzida, aliada ao novo modelo de cobrança por pacotes adicionais, uma tendência mundial e está avaliando com atenção essa estratégia".
– A Oi está atenta ao mercado e entende que as mudanças nos hábitos de consumo de dados podem afetar a experiência do usuário de internet móvel, gerando uma percepção negativa em relação à navegação no celular – afirmou a companhia em comunicado.
A TIM também afirmou que acredita que "mudanças no formato de tarifação de dados móveis são um movimento natural, em linha com o crescimento contínuo do uso de internet nos celulares e outros dispositivos". A operadora, no entanto, diz não prever qualquer ajuste, por enquanto, e segue "avaliando as diferentes possibilidades".
Questionada pela reportagem, a Claro apenas detalhou os planos de internet móveis atuais oferecidos aos clientes da empresa, sem mencionar mudanças na forma de cobrança.
Zero Hora
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