" O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança
descobrir. Cria situações-problemas".
( Jean Piaget )
Atividade 1Para desenvolver o trabalho com ortografia é necessário que o aluno já tenha construído o principio alfabético da escrita. O trabalho com a ortografia não se restringe à memorização e, em muitos casos, o aprendiz poderá construir seu conhecimento, observando e descobrindo princípios ortográficos e sendo capaz de verbalizá-los.
Esta atividade tem como objetivo fazer com que os alunos prestem atenção ao som do R, se é fraco ou forte. Podemos ajudá-los a perceberem se o som do R é forte, quando o som é produzido na garganta e, se é fraco, quando produzido na ponta da língua.
1) O professor poderá falar algumas palavras e juntamente com os alunos analisá-las quanto à presença do som R forte ou R fraco, (ex: carro, caro, rosa, bezerro, rua, carta, andorinha). Neste momento, não estamos interessados em saber se a grafia das palavras é com R ou RR, queremos apenas chamar atenção para o som.
2) Em seguida à análise coletiva, distribuir para as duplas o conjunto de imagens abaixo e uma folha azul e outra amarela. Solicitar que eles separem as imagens em dois grupos e colem sobre o papel azul aquelas palavras que, quando falamos, tem o som do R forte e sobre o papel amarelo, as que tem o som do R fraco. Fazer uma leitura coletiva das imagens previamente pode evitar que surjam dúvidas na nomeação das mesmas.
Atividade 2Depois de desenvolverem a consciência do som do R forte e do R fraco, o professor poderá apresentar um conjunto de palavras com o R intervocálico (CARO/ CARRO; CARETA/CARRETA; MURO/MURRO; CORA/ CORRA, EROS/ERROS; AREIA/ARREIA ). Apresentar as palavrase formular perguntas para que observem a relação entre o som forte e fraco e o contexto em que aparecem, que é entre vogais.
É importante que o professor possibilite uma discussão em sala a respeito das hipóteses e observações dos alunos para que eles elaborem e/ou reelaborem seus conhecimentos. A regra que se espera que eles formulem é a de que quando pronunciamos o R com som forte entre vogais ele será grafado com RR. Após a construção da regra, deve-se escrevê-la e afixá-la no mural para servir de fonte de consulta sempre que necessário. Pode-se fazer também uma lista de exemplos e acrescentar palavras à medida que surgirem.
Atividade 3Muitos aprendizes, depois de observarem o uso do RR nas palavras que tem som do R forte, começam a usar indiscriminadamente o RR em outros contextos. Pode -se pedir a observação e a reflexão de outras situações onde apareça o som do R forte e o som do R fraco.
São diversos os contextos em que o R forte e fraco aparecem. O professor deve estar atento, pois a pronúncia do R poderá variar dependendo da região em que será desenvolvida a atividade apresentada. As possibilidades que apresentamos aqui podem ser exploradas e adaptadas de acordo com os modos de falar de cada região.
1) O professor deverá ler, uma a uma, as palavras de uma lista e solicitar aos alunos que batam palmas quando o som for forte.
(careta, caro, merenda, prato, fruta, rato, roupa, carteira, formiga, brincar, carreta, carro, cigarra).
Fraco:
entre vogais (careta, caro, merenda);
entre consoante e vogal ( prato; fruta)Forte
no inicio da palavra (rato, roupa)
no final da sílaba (carteira, formiga, brincar)
entre vogais (carreta, carro, cigarra);Em seguida, poderá escrever no quadro e pedir para as crianças observarem se a palavra é escrita com R ou RR. Esta ação tem como objetivo fazer com que as crianças percebam que o som do R forte pode aparecer na escrita grafado com um R ou com RR, dependendo do contexto ( ex.: corda, correto). Após a escrita da lista de todas as palavras no quadro, ele poderá fazer as seguintes perguntas: Em que palavras apareceu o R forte? E o R fraco?
2) Neste momento, vamos oferecer aos alunos a oportunidade de análise do som do R fraco e forte e suas representações gráficas. Formar duplas e distribuir a lista de palavras relacionadas no tópico 1 desta atividade. Pedir que as agrupem ao som forte ou fraco. O professor poderá deixar que os alunos classifiquem as palavras a partir de suas observações, ou poderá avaliar a necessidade de dar alguns critérios ou pistas para eles.
Caso opte por dar os critérios, ele poderá elaborar um quadro e solicitar que os alunos pensem que palavras poderiam ser colocadas juntas da palavra indicada. Isso favorecerá o debate, a argumentação pelas crianças e a descoberta de princípios gerativos de uso do R ou RR nos contextos em que aparecem.
RATO CARRO CARO PRATO FORMIGA
3) A partir da análise do quadro, das reformulações que as crianças fizeram em suas classificações iniciais, elas devem ser estimuladas a criar regras para cada caso. Algumas perguntas podem favorecer a reflexão:Toda vez que tem o som do R forte vamos usar RR? Em que palavra podemos pensar que tem o som do R forte e usa RR na escrita? Em que palavra podemos pensar que tem o som do R forte, mas usamos R? Quando o som do R é forte no começo da palavra podemos usar RR? Existe alguma palavra que começa com RR? E a palavra Henrique, outro dia uma criança escreveu assim: HENRRIQUE. Em que situação usamos o RR?Poderíamos pensar numa regra que nos auxilie reconhecer e usar o R ou o RR na escrita de palavras?
Recursos Complementares
ADAMS, Marilyn Jager et. al. Consciência fonológica em crianças pequenas . Porto Alegre: Artmed, 2006.
CARVALHO, Marlene. Guia prático do alfabetizador. 5 ed. São Paulo: Ática. 2004. (Série princípios).
LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador 16 ed. São Paulo: Ática. 2004. (Série princípios).
MORAIS,Arthur Gomes de. Ortografia: ensinar e aprender. 4 ed. São Paulo: Ática. 2008.
Avaliação
O professor poderá fazer ditados de palavras ou de pequenos trechos de textos conhecidos em que apareçam os contextos de uso de R e RR.
Fonte: Portal do professor
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http://www.planetaatividades.com/2012/04/atividades-com-rr-r-dobrado-r-duplo.html
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