Milhões de porcas reprodutoras na América Latina passam praticamente suas vidas inteiras confinadas.
A Arcos Dorados, maior operadora de restaurantes do McDonald’s na América Latina e no Caribe, comprometeu-se em melhorar o bem-estar de suíno. A empresa exigirá que, nos próximos dois anos, seus fornecedores apresentem planos oficiais para limitar o uso de gaiolas de gestação e promover a adoção de sistemas de gestação coletiva para suínos.
Tal decisão afetará vinte países da América Latina, incluindo Brasil e México, que são dois dos maiores mercados consumidores da empresa. A medida foi tomada após um acordo entre a companhia e a organização de proteção animal a Humane Society International (HSI).
“Temos um grande relacionamento com os nossos fornecedores e confiamos neles, compartilhamos o compromisso de concretizar práticas de bem-estar animal”, disse Horacio Sbrolla, vice-presidente da Rede de Suprimento da Arcos Dorados América Latina.
Realidade atual
Milhões de porcas reprodutoras na América Latina passam praticamente suas vidas inteiras confinadas em gaiolas, onde elas sequer podem se virar. Felizmente, essa prática está em declínio nos EUA e foi proibida em outros lugares do mundo, como em toda a União Europeia e mais recentemente no Canadá.
“A decisão da Arcos Dorados é um passo promissor em nossos esforços para acabar com o uso de gaiolas de gestação na América Latina”, afirma a HSI, que está trabalhando no México, Brasil, Costa Rica e em diversos outros países para por um fim no confinamento contínuo de porcas reprodutoras em gaiolas de gestação. A organização também espera colaborar com esse processo de transição.
Apesar do tema ser pouco discutido no Brasil, 87% dos brasileiros dizem que optariam por produtos que não impliquem em maus tratos aos animais se tiverem a escolha, segundo pesquisa do Akatu, realizada em 2012.
"Esse primeiro passo irá impactar em 20 países da América Latina e o Caribe. O esquema apresentado pela Arcos Dorados irá promover a pesquisa e a identificação de melhores alternativas de criadouros grupais. Trata-se apenas do primeiro passo, porém, na direção certa”, afirmou o Dr. Temple Grandin, científico especialista em bem-estar animal da Universidade do Estado de Colorado e membro do Conselho de Bem-Estar Animal McDonald's.
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