sábado, 19 de abril de 2014

Ciências - Ensino Fundamental.O que é um acidente vascular cerebral?

Identifique com os alunos da EJA as razões que explicam o acidente vascular cerebral (AVC). E aproveite para introduzir os conhecimentos sobre o funcionamento da circulação sanguínea

Objetivos
- Definir o significado da expressão "acidente vascular cerebral"
- Aprender a reconhecer a ocorrência de um AVC
- Conhecer procedimentos básicos a adotar em uma situação de AVC

Conteúdos 
- Sistema nervoso
- Circulação sanguínea

Anos
8º e 9º anos - EJA

Tempo estimado 
Cinco aulas

Materiais necessários
- Computadores com acesso à internet 
- Projetor de imagens


Desenvolvimento
1ª etapa
Antes de começar as aulas, você pode procurar algumas informações sobre o acidente vascular cerebral (AVC). Este infográfico, publicado originalmente no site da revista Saúde!, dá alguns esclarecimentos sobre o assunto:



Pergunte aos alunos se já ouviram falar em AVC. Provavelmente alguém conhecerá uma história relacionada a familiares ou amigos que já passaram por essa situação. Peça que esses adultos compartilhem a narrativa. Questione o que o grupo sabe sobre os sintomas e as consequências do AVC, para que as informações sejam complementadas mais tarde. Essa 1ª etapa servirá como um aquecimento para as seguintes.

Depois, assista com os alunos o vídeo que mostra Ricardo Gomes, então técnico do Vasco da Gama, sendo socorrido ao sofrer um AVC durante um jogo de futebol em 2011. Assista o vídeo uma primeira vez sem interrupções. Depois, avise que passará o vídeo novamente, mas que os alunos devem estar atentos a possíveis sintomas que estejam visíveis no vídeo e ao tipo de socorro que foi dado. Provavelmente, neste ponto, os alunos buscarão ver no vídeo características que já apareceram nas histórias contadas na 1ª etapa, como contração da face, tontura e fraqueza; notarão também que Ricardo foi para uma ambulância imediatamente. Peça que os alunos façam no caderno uma lista com os sintomas do AVC que descobriram até agora (ouvindo histórias ou vendo o vídeo). Não se preocupe se a lista parecer incompleta ou incorreta, pois ela será complementada ao longo da atividade.

2ª etapa
Pergunte a turma se conhecem o significado da sigla AVC. Caso não conheçam, peça que anotem e discutam sobre o significado isolado de cada palavra: acidente, vascular e cerebral. As duas últimas palavras referem-se a estruturas do corpo humano, que os alunos devem ter bem claro: cérebro e vasos sanguíneos (que incluem tanto veias como artérias). Discuta onde se localizam essas estruturas, e instigue os estudantes a pensarem sobre a pergunta: existem vasos sanguíneos perto ou dentro do cérebro? O que significa haver um "acidente" com esses vasos? Caso julgue que uma ilustração possa ajudar na sua explicação, você pode procurar na internet usando o seguinte termo de busca: "vascularização do cérebro".

Outra estratégia interessante é comparar o sistema vascular a uma mangueira de jardim. O que acontece quando algo entope a mangueira? E quando a mangueira se rompe? 
Sistematize a discussão, instando os alunos a produzirem, coletivamente, uma definição para a expressão "acidente vascular cerebral". Peça que comparem com a expressão popular "derrame", que tem o mesmo significado.

3ª etapa
Questione os alunos sobre as funções do cérebro. Embora haja várias, explique que vão se concentrar sobre uma delas: o controle dos movimentos. Mostre as funções de cada área do cérebro ou faça um esquema semelhante na lousa. A imagem que ilustra este plano (acima, abaixo da manchete) pode ajudá-lo.

Depois, retome a discussão sobre o AVC: caso um vaso sanguíneo se rompa em cada uma dessas áreas, o que deve acontecer? Por que uma pessoa que sofre AVC pode perder o movimento de braços e pernas, enquanto outra pode perder apenas do rosto? Como explicar que apenas um lado possa ficar paralisado? 

O objetivo da discussão deve ser levar os alunos a perceber que, dependendo do local onde está o vaso sanguíneo danificado, as consequências podem ser diferentes: se a área do cérebro que controla os braços for afetada, a pessoa pode ter problemas no movimento dos braços; se for a área que controla os músculos do rosto, ela pode ter paralisia no rosto; pode haver problemas na fala, e assim por diante.

Como sistematização da discussão, uma sugestão é pedir que os alunos respondam por escrito a seguinte pergunta: por que pessoas diferentes que sofrem AVC podem ter sequelas tão diferentes?

4ª etapa
Peça que os alunos façam uma pesquisa cujo resultado seja a resposta para três perguntas: 

1) Como reconhecer a ocorrência de um AVC?
2) Como proceder nessas situações? 
3) Como evitar o risco de um AVC?

A melhor fonte para uma pesquisa como essa é um médico que se disponha a conversar sobre o assunto na escola. Se isso não for possível, use livros ou a internet. Alternativamente, você pode exibir o vídeo em que um médico fala sobre o assunto e pedir que os alunos extraiam dele as informações. Algumas sugestões: Neste vídeo, o Dr. Dráuzio Varella fala sobre o AVC, apresenta os sintomas e algumas das consequências. Neste outro vídeo, a equipe do Hospital Edmundo Vasconcelos responde dúvidas do público sobre o AVC. Seja qual for a fonte de pesquisa, é importante que os alunos registrem por escrito as informações que obtiverem. 

Avaliação
Exiba para os alunos a reportagem em vídeo que conta o procedimento médico pelo qual passou o técnico Ricardo Gomes após ser socorrido. Discuta com os alunos o que foi feito na cirurgia, verificando se ficou claro que ela foi realizada para drenar o sangue que derramou dos vasos danificados no AVC. Após assisti-lo, os alunos poderão responder às questões:

1) O que aconteceu no cérebro de Ricardo Gomes enquanto ele estava em campo?
2) Qual foi o procedimento de socorro adotado? De acordo com o que estudou, esse procedimento foi correto?
3) Quais seriam as consequências caso Ricardo Gomes não tivesse sido socorrido?

As respostas dessas questões, assim como os registros dos alunos ao longo da sequência didática são bons indicadores para avaliar se eles atingiram os objetivos do plano de aula.


Professor de Ciências do Colégio Santa Cruz em São Paulo (SP) e vencedor do Prêmio Victor Civita em 2012

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