quinta-feira, 27 de março de 2014

Instalação da CPI do Ministério Público na Assembleia Legislativa gera expectativa.

Nova assinatura além das 18 já anunciadas é mantida em segredo até a oficialização.

A proposta já conta com a assinatura dos dez deputados da bancada peemedebista, sete deputados petistas, além do PSOL. A 19a assinatura não foi revelada pelo autor da CPI, que fez mistério sobre o nome do parlamentar. “É a surpresa de amanhã [hoje]”, despistou Jailson. O suspense do petista não é mero charme. O deputado passou o dia de ontem costurando novas assinaturas entre as demais bancadas com a intenção de que a CPI tenha mais representatividade partidária. “É para não dizerem que é coisa só do PT”, alegou Jailson.

Já não é mais só do PT, porém ausências enfraquecem a CPI, que precisa contar com a indicação de membros dos maiores partidos. O PSD informou que não fará parte da investigação. “Não vamos assinar, nem compor a CPI, protocolamos uma carta à Mesa Diretora hoje [ontem] afirmando esse posicionamento”, apresentou o deputado Ismael dos Santos (PSD).

Outro partido que assegura a ausência na comissão parlamentar é o PSDB. “A decisão da bancada é não assinar, não é assunto que cabe a nós, embora entendamos que possa haver irregularidades”, afirmou o líder da bancada tucana, Dóia Guglielmi. “O MP se mete em outros poderes, mas acho que isso não nos dá o direito de retrucar”, acrescentou Serafim Venzon (PSDB).

Bancadas fecham posicionamento

Até o fim da tarde de ontem as dúvidas sobre as assinaturas da CPI se limitavam a quatro parlamentares. Reno Caramori e José Milton Schaeffer, ambos do PP, não descartaram a possibilidade de referendo, mesmo após a afirmação do líder do partido, Valmir Comin de que a bancada não assinará a proposta. “Decidimos hoje [ontem] não assinar a CPI”, assegurou Comin. Questionados sobre a possibilidade de mudar de opinião, Caramori e Schaeffer foram reticentes. “Isso não posso dizer”, despistou o segundo. “Não decidimos ainda”, disse o primeiro, ao informar que surgiram dúvidas entre os progressistas depois do almoço de bancada.

Ângela Albino (PCdoB) afirmou que mantém a posição de não assinar o documento, porém admitiu que o assunto será discutido internamente no partido, o que também deixou dúvidas. O deputado Narcizo Parisotto (DEM) alegou não ter sido procurado por Jailson Lima e não revelou seu posicionamento. “Não fui consultado e minha assinatura agora não muda nada”, justificou. Já o representante do PPS, Sandro Silva, alegou que não participará pela sua condição de suplente. “Deixo a Casa no dia 16 [de abril], por isso não cabe a mim assinar a proposta, e sim ao titular do cargo”, informou.



Fonte: ND Online

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