Chapecó - Empresas de telefonia e instituições financeiras lideram, novamente, o ranking das empresas mais reclamadas ao Procon no ano de 2013. A informação foi divulgada na manhã desta quinta-feira (20) pela coordenadora executiva do Procon de Chapecó, Inajara Antonini.
As empresas destes segmentos e também fabricantes de aparelhos celulares lideram as 10 primeiras posições da lista que tem a Oi Brasil Telecom ocupando o primeiro lugar, pelo segundo ano consecutivo.
Telefonia
Cobranças irregulares de serviços não contratados, má prestação de serviço e a constante falta de sinal são as principais reclamações registradas contra as empresas de telefonia. Para Inajara, a presença recorrente destas empresas entre as mais reclamas é também reflexo da falta de atuação efetiva da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que é o órgão regulador e fiscalizador deste serviço. “Falta essa presença mais efetiva da Anatel, tanto na fiscalização dos serviços quanto nas medidas repressivas e punitivas destas irregularidades”, destacou.
Os serviços de internet 3G também foram alvo de reclamações. “Muitas vezes o consumidor vai até a loja e lá o sinal da internet funciona perfeitamente, mas na casa da pessoa não. Por isso, as empresas devem disponibilizar em seus sites um mapeamento apontando os locais onde existe esse serviço de internet”, alertou.
Instituições financeiras
Seguindo as empresas de telefonia - no topo do ranking de reclamações do Procon - estão as instituições financeiras. As principais reclamações atendidas pelo Procon de Chapecó no ano de 2013 foram taxas de serviços desconhecidos descontados, juros abusivos e tempo de espera nas filas superior a 30 minutos.
Para quem pretende contratar algum serviço bancário e tenha dúvidas quanto às cláusulas contratuais, Inajara orienta que o consumidor procure o Procon para revisão do contrato e das cláusulas estipuladas pelas instituições para evitar a cobrança de taxas e juros abusivos.
Para os clientes que já contrataram o serviço e sofrem com o endividamento, o Procon pode ajudar na revisão do contrato e na renegociação dos valores, buscando a redução dos juros cobrados. “Nos casos onde não haja entendimento entre as partes durante as audiências no Procon, o cliente pode ajuizar uma ação pedido o Revisional de Juros, onde o juiz irá analisar e determinar a redução, ou não, dos valores cobrados pelas instituições financeiras”, disse.
Idosos
Inajara revelou que muitos idosos são lesados durante a contratação de algum tipo de financiamento e alertou para a ação de agentes conhecidos como ‘Pastinhas’. De acordo com ela, essas pessoas entram nas residências dos idosos, conversam com eles, fingem uma relação de proximidade para convencê-los a contratar um serviço o qual eles, muitas vezes, nem precisam. “O idoso deve conversar com algum parente, ou mesmo buscar ajuda nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) ou no Procon para avaliar a necessidade da contratação desses serviços. Muitas instituições se oferecem para ‘comprar’ uma dívida do idoso e oferecem parcelas pequenas para o pagamento, porém no final o valor é muito maior do que a dívida inicial”, enfatizou Inajara.
Reclamações
Em 2013, o Procon atendeu 9.168 atendimentos e destes 1.856 deram origem a processos contra as empresas citadas nas reclamações. Foram realizadas 644 audiências conciliatórias, 346 obtiveram êxito, 169 não foram exitosas e 129 foram suspensas para tentativa de acordo entre as partes.
As 10 mais
1º Oi Brasil Telecom
2º Claro S/A
3º Banco Votorantin
4º Caixa Econômica Federal
5º Nokia do Brasil Tecnologia Ltda
6º Banco BMG S/A
7º LG Eletronics
8º Tim Celular S/A
9º CCE – Cemaz Indústria Eletrônica da Amazônia S/A
10º Banco Itaú Unibanco
Fonte: RedeComSC
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