Em meio a fortes críticas do texto aprovado em primeiro turno na Câmara dos Deputados que limita gastos federais pelos próximos 20 anos, o presidente Michel Temer (PMDB) recuou e afirmou que o prazo estabelecido de duas décadas pode ser reduzido para quatro ou cinco anos.
“O limite de gastos públicos não está engessado e pode ser revisto. Nós fixamos 20 anos, que é um longo prazo. Mas eu pergunto: não se pode daqui a uns quatro, cinco, seis anos, de repente o Brasil cresce da forma que você está dizendo e aumenta a arrecadação, pode-se modificar? Pode. Você propõe uma nova emenda à constituição, que reduz o prazo de 10 anos para quatro, cinco anos”, afirmou em entrevista ao programa Miriam Leitão, da GloboNews, que foi ao ar na noite de ontem.
O novo discurso ocorre no momento em que entidades representativas de vários setores se mobilizam contra a aprovação da medida que ainda deve enfrentar três votações no Congresso. Movimentos sociais também organizam protestos contra a polêmica PEC patrocinada pelo governo.
Temer rebateu as críticas de que a proposta congelaria os investimento prejudicando áreas sensíveis como saúde e educação. “Nosso horizonte é prestigiar a saúde e a educação, é prestigiar o investimento. Nós criamos um setor especial, setor de concessões e eventualmente privatizações, exatamente para gerar emprego”, disse.
O peemedebista disse ainda que “diferentemente do que se pensa, é um teto global, um teto para despesas em geral”. “Não é um teto para educação, um teto para a saúde, um teto para a cultura, um teto para a Justiça”, disse. “Quando nós dizemos que ele será revisável a cada Orçamento apenas pela inflação, não significa que ele não pode ser além da inflação, finalizou”. (Wagner Mendes)
Fonte: O Povo
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