TEXTO: GUSTAVO DO CARMO | FOTOS: DIVULGAÇÃO
DADOS DE TESTE: REVISTAS QUATRO RODAS E CARRO
DADOS DE TESTE: REVISTAS QUATRO RODAS E CARRO
A nova Mitsubishi L200 Triton não chegou em seis meses em relação à Tailândia como a rival Toyota Hilux, mas quebrou uma tradição e contrariou uma expectativa: veio diretamente para a linha de produção de Catalão (ainda que o índice de nacionalização seja de 63%). As anteriores eram primeiro importadas para depois começarem a ser fabricadas em Goiás.
A quarta geração da picape média japonesa parece um face-lift, mas é totalmente nova, começando pelo chassi 7% mais rígido e ao mesmo tempo mais leve. Na frente os faróis estão menos definidos, de formato irregular, terminando em uma ponta na lateral e misturando-se à grade cromada que agora tem entradas verticais e não mais frisos contínuos. Quem quiser pode comprar uma grade cinza ou preta. Na lateral, a base das janelas continua ascendente em direção à coluna C, só que de forma menos acentuada e sem o quebra-vento da geração anterior. A linha divisória da cabine para a caçamba continua em J, mantendo a identidade recente. O compartimento de carga está mais alto e as lanternas em gota foram substituídas por um par em formato de bumerangue.
A Mitsubishi L200 Triton Sport, como a nova geração será chamada no mercado, está maior que a anterior, que permanece em produção nas versões GL, GLX, Outdoor e Savana, custando entre 98 mil e 140 mil reais.
O comprimento passou de 5,11m para 5,28m. A largura de 1,80 para 1,82m e altura 1,78 para 1,80m. A distância entre-eixos, contudo, se manteve nos três metros, mas a caçamba ficou maior. Comprimento e altura, que antes eram de 1,32m e 40,5cm, passaram para 1,52m e 47,5cm. Só a largura que se manteve em 1,47m. O volume aumentou de 1.040 para 1.046 litros.
O interior ficou com uma aparência requintada, com apliques prateados e em preto brilhante, apesar do domínio do plástico duro e do quadro de instrumentos ser mais simples que a geração passada. O desenho do painel lembra a L200 antiga. Uma novidade importante é a troca da alavanca manual de tração pelo botão giratório eletrônico. O espaço interno é mediano e quem vai atrás se sente incomodado com a posição muito vertical do encosto do banco, como acontece em várias picapes.
A L200 Triton Sport chegou ao mercado em três versões: GLS, que custa R$ 131.990 e é tão básica de equipamentos que a Mitsubishi não divulgou direito a sua lista. Tem apenas ar condicionado manual, banco do motorista e volante com ajuste manual de altura e profundidade, bancos em tecido, rádio, CD Player com MP3 e Bluetooth, vidros e travas elétricos. Cortou até o ISOFIX e os airbags frontais só estão disponíveis porque são obrigatórios por lei.
Somente a partir da versão HPE, de R$ 164.990, é que aparecem mais recursos como acionamento automático do limpador do para-brisa e dos faróis, ar-condicionado automático de duas zonas, auxílio para saída em rampa, bancos revestidos em couro, controlador de velocidade, controle eletrônico de estabilidade e tração, diferencial traseiro autobloqueante, estribos laterais, faróis de neblina, fixações Isofix para cadeiras infantis, freios com freios antitravamento (ABS) e assistência adicional em emergência, grade e maçanetas externas cromadas, rodas de alumínio de 16 pol, sistema de áudio com CD/DVD, navegador e tela tátil de 7 pol, tração temporária nas quatro rodas com reduzida, transmissão automática com controles de marchas junto ao volante e volante com ajuste de altura e distância e controles de áudio.
A mais completa é a HPE Top, por R$ 174.990, que finaliza com assistente de direção com reboque, banco do motorista com ajustes elétricos, bolsas infláveis laterais dianteiras, de joelhos do motorista e de cortina, câmera traseira de manobras, chave presencial para acesso ao interior, faróis bixenônio com lavadores e leds para luz diurna, sensores de estacionamento traseiros.
Comparando o preço com as concorrentes, a L200 Triton Sport GLS é bem mais barata que as versões básicas com motor a diesel e 4x4 da Chevrolet S10 (LT 2.8 - R$ 140.340) e da Ford Ranger (XLS 2.2 - R$ 142.900) e um pouco em relação à Toyota Hilux (2.8 STD - R$ 132.300). Já a versão HPE Top só é mais cara que a S10 HighCountry (R$ 170.990). Ranger e Hilux custam na faixa de R$ 180 mil em suas versões completas. Volkswagen Amarok e Nissan Frontier ficaram fora dessa comparação porque aguardam mudanças.
Mas a Mitsubishi ficou devendo itens como espelhamento do sistema multimídia, porta-luvas refrigerado e piloto automático adaptativo.
As três versões da nova L200 são equipadas apenas com o novo motor turbodiesel 2.4, que mesmo com a cilindrada menor é mais potente que o antigo 3.2: são 190 contra 180 cavalos. A versão GLS tem câmbio manual, agora de seis velocidades. Já as HPE usam automático de cinco marchas. Todas têm tração 4x4, com modos 4x2 traseira (2H), 4x4 parcial (4HLC), 4x4 parcial e reduzida (4LLC) e 4x4 integral (4H). Esta última indisponível na GLS, onde a reduzida é chamada de 4L.
Em tempos em que picapes e SUVs têm priorizado o conforto, os ângulos de ataque e saída caíram em relação ao modelo anterior. O primeiro passou de 39 para 30 graus. O de saída de 27º para 22º. A inclinação lateral máxima é de 45º e a de rampa é de 26º. O vão livre do solo é de 22 cm e a altura de travessia na água é de 60 cm.
Na pista, segundo a revista Quatro Rodas, a L200 acelera de 0 a 100 km/h em 12,5 segundos e recupera a velocidade entre 80 e 120 km/h em 10,4 segundos. O consumo é de 8,3 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada e a frenagem a 80 km/h é cumprida em 29 metros. O nível de ruído de 59,1 decibéis a mesma velocidade é da revista Carro.
Contra as rivais, a Mitsubishi é mais lenta que S10 2.8 e Ranger 3.2, que possuem 200 cavalos. Só superou a Hilux 2.8, que tem 177 cv. O consumo ficou atrás das três picapes. Por outro lado, a frenagem é melhor que as adversárias, mas todas estão na faixa dos 29 metros. Já o nível de ruído só perde para a Toyota.
Na frieza dos números de teste, a nova L200 Triton Sport terá muito trabalho para enfrentar a concorrência. Mas renovar sempre é bom.
Pontos Fortes
+ Estilo
+ Caçamba
+ Frenagem
+ Ruído
Pontos Fracos
- Consumo
- Equipamentos
FICHA TÉCNICA
Motor: Quatro cilindros, longitudinal, diesel, turbo com intercooler e commonrail, 16v, 2.442 cm³
Potência: 190 cv
Torque: 43,9 kgfm a 2.500 rpm
Câmbio: Manual de seis marchas (só versão GLS) ou Automático de cinco marchas
Tração: 4x4 com seletor eletrônico
Aceleração de 0 a 100 km/h: 12,5 segundos (revista Quatro Rodas)
Retomada de 80 a 120 km/h: 10,4 segundos (Quatro Rodas)
Velocidade máxima: não divulgada
Consumo: 8,3 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada (Quatro Rodas)
Frenagem 80 a 0 km/h: 29 metros (Quatro Rodas)
Nível de ruído a 80 km/h: 59,1 decibéis (revista Carro)
Comprimento/largura/altura/entre-eixos: 5,28/1,82/1,80/3,00 m
Volume da Caçamba: 1.046 litros
Comprimento/Largura/Altura da Caçamba: 1,52/1,47/0,475 m
Ângulo de entrada: 30º / Ângulo de saída: 22º
Inclinação de rampa / lateral máxima: 26º/45º
Vão livre do solo: 22 cm
Profundidade máxima na água: 60 cm
Tanque: 75 litros
Preço: R$ 131.990 (GLS) / R$ 164.990 (HPE) / R$ 174.990 (HPE Top)
Cores: Prata Rhodium e Cool, Cinza Londrino, Marrom Cacau, Azul Petróleo, Vermelho Rubi, Branco Fuji e Preto Ônix
http://novoguscar.blogspot.com.br/2016/10/lancamento-mitsubishi-l200-triton-sport.html
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