domingo, 24 de maio de 2015

Motos Teste: Yamaha YZF-R1 - Na garupa da emoção

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TESTE: YAMAHA YZF-R1 - NA GARUPA DA EMOÇÃO

Teste: Yamaha YZF-R1 - Na garupa da emoção
Com 200 cv e visual inspirado, nova geração da Yamaha YZF-R1 flerta com moto de competição
por Raphael Panaro
Auto Press

“ É o mais próximo possível que se pode chegar da M1 ”. Essa foi a definição para a nova geração da YZF-R1 dada por Valentino Rossi, heptacampeão de motovelocidade e piloto oficial da Yamaha na MotoGP. O italiano participou ativamente do desenvolvimento do modelo. Já a M1 é o protótipo que o piloto da marca japonesa usa na categoria. A relação entre os dois modelos ficou mais próxima durante o Salão de Milão, na Itália, onde a fabricante nipônica mostrou a segunda geração da superesportiva de rua. A superesportiva agora conjuga design de corrida, potência de 200 cv e muita tecnologia.


Além do desempenho de moto de competição, a Yamaha deu à nova R1 uma estética esportiva e, ao mesmo tempo, futurista. Inspirada nas linhas da M1, a R1 traz cortes nas carenagens laterais e traseiras. O conjunto ótico também foi totalmente remodelado. Agora os faróis em formato de diamante ficam “escondidos” dentro da entrada de ar frontal e há filetes de luzes diurnas de leds logo acima. Já a rabeta ficou mais fina e as duas carenagens vazadas se encontram em um ponto mais alto, onde começa a lanterna vertical também em leds. Visivelmente, o modelo está mais curto e estreito. E na prática também. O comprimento caiu para 2,05 metros – 2 cm a menos. A largura foi reduzida em 2,5 cm  – para 0,69 m.

O que já era bom ficou ainda melhor na versão 2015 da Yamaha R1. O tradicional motor quatro cilindros em linha de 998 cc recebeu “upgrades” e agora passa a entregar 200 cv de potência a 13.500 rpm – 18 cv a mais. O torque ficou em 11,5 kgfm a 11.500 giros. Com 199 kg em ordem de marcha – 179 kg de peso seco –, a nova R1 tem relação peso/potência absurda: menos de 1kg/cv. Já o virabrequim do tipo crossplane continua. Ele faz os pistões se movimentarem sequencialmente. Desta forma, enquanto o pistão de uma das extremidades está no ponto morto superior, seu oposto encontra-se em ponto morto inferior. Ao mesmo tempo, os dois centrais estão no meio do caminho, um com movimento de subida e o outro de decida.


Para domar todo este manancial de força, a R1 conta com a tecnologia. Os freios ABS agora adotam distribuição eletrônica da frenagem, há quatro mapeamentos para o propulsor, controle de tração com 9 níveis, sistema antiempinamento com três modos, controle de largada e o quickshift, que permite o piloto subir as marchas sem o uso da embreagem. A suspensão dianteira – garfo telescópico invetido – e a traseira – monoamortecida – têm cursos de 120 mm. Na Europa, a YZF-R1 parte de 18.490 euros – cerca de R$ 63 mil. A nova geração ainda não tem data para desembarcar no Brasil. A antiga, por sua vez, está à venda por R$ 65.500.


Impressões ao pilotar

Potência com controle
por Carlo Valente
do InfoMotori.com/Itália
exclusivo no Brasil para Auto Press

Franciacorta/Itália – É claro que a nova Yamaha R1 é bastante diferente da versão 2014. Mas o motor quatro cilindros de 998 cc com virabrequim crossplane permanece o mesmo adotado pela marca japonesa em 2004 na MotoGP. A categoria rainha do motociclismo também ajuda no design do modelo, voltado para uma maior performance. Os 199 kg se mostram compactos e torna o peso semelhante ao do modelo menor, a R6.


Há quatro mapeamentos a serviço do piloto. Porém, o trabalho dos engenheiros japoneses é realmente percebido ao girar a chave. O painel de instrumentos acende e mostra diversas informações da motocicleta. Os controles permitem ajustar tantos itens que a Yamaha criou um website dedicado, onde é possível “brincar” com diversas configurações. A central eletrônica remapeada e a unidade de medição inercial trabalham juntas para impedir que a moto empine e também perca aderência. O controle de tração com 9 ajustes também ajuda nesse sentido. A R1 é uma motocicleta cheia de personalidade, com desempenho para profissionais, mas que pode ser guiada por amadores.


O chassi é um passo à frente também. Além das rodas, o quadro é feito de magnésio e o entre-eixos foi encurtado em 1,4 cm para dar maior maneabilidade. A frenagem é outro ponto positivo. Para parar os 200 cv, a Yamaha instalou discos duplos de 320 mm na dianteira e simples de 220 mm na traseira. Com a nova R1, quem vai em cima pode abusar e para “piorar” as coisas, ela executa um bom trabalho nas ruas sem tornar a condução “desesperada”.


Ficha técnica

Yamaha YZF-R1
Motor: A gasolina, quatro tempos, 998 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote com refrigeração líquida. Injeção eletrônica multiponto sequencial.
Câmbio: Manual de seis marchas com transmissão por corrente.
Potência máxima: 200 cv a 13.500 rpm.
Torque máximo: 11,5 kgfm a 11.500 rpm
Diâmetro e curso: 79 mm X 50,9 mm.
Taxa de compressão: 13:1
Suspensão: Dianteira por garfo telescópico com curso de 120 mm. Traseira com braço oscilante e monoamortecedor e curso de 120 mm. 
Pneus: 120/70 R17 na frente e 190/55 R17 atrás. 
Freios: Disco duplo de 320 mm de diâmetro na frente e disco simples de 220 mm de diâmetro atrás. Freios ABS combinado.
Dimensões: 2,05 metros de comprimento total, 0,69 m de largura, 1,15 m de altura, 1,40 m de distância entre-eixos e 0,85 m de altura do assento.
Peso: 199 kg.
Tanque do combustível: 17 litros.
Produção: Shizuoka, Japão.
Lançamento mundial: 1998.
Lançamento da nova geração: 2014.
Previsão de lançamento no Brasil: 2015.
Preço: 18.490 euros – R$ 63 mil.

http://motordream.bol.uol.com.br/noticias/ver/2015/05/20/teste-yamaha-yzf-r1-na-

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