Diretor preso na operação, Elenilton Fernandes, foi indicado por Leandro Lima para ocupar o cargo.
Sem entrar em detalhes sobre a situação atual do Presídio Regional de Blumenau, o secretário-adjunto de Estado da Justiça e Cidadania, Leandro Lima, falou ontem ao Santa por telefone e reforçou que as prisões dos agentes prisionais não foram surpresa, já que o Estado vinha trabalhando para isso.
Quantos agentes estão trabalhando agora no Presídio Regional de Blumenau? Leandro Lima - Não vamos revelar o número de agentes, mas o que posso dizer é que é superior à quantidade de servidores presos. Além de restituir as saídas, a unidade está com acréscimo na segurança.
Desde 2012 já se fala em corrupção dentro do presídio?
Lima - O Deap fez algum trabalho ou abriu sindicância para apurar isso? Desde que nós assumimos sempre investigamos qualquer fato, dentro de Blumenau ou em outra unidade, por meio de uma corregedoria. A secretaria mantém um órgão autônomo correcional, vinculado diretamente ao gabinete. O que eu tenho pra dizer é que nós fizemos vários procedimentos em 12 meses, foram mais de 20 em Blumenau, e até então achávamos que o que acontecia era má gestão, falha de procedimento, superlotação, falha na estrutura. Em fevereiro, quando fizemos duas operações grandes, o diretor do Deap, a delegada corregedora e o diretor da Diretoria de Inteligência e Informação (Dinf) chegaram à conclusão de que o que se encontrou era fora do normal, eram elementos que estavam além da ação que poderíamos resolver. Então nós relatamos tudo o que apreendemos de documentos e reunimos uma série de itens e trouxemos para a Deic. Ou seja, a Secretaria da Justiça vem trabalhando e colaborando neste processo. Para nós o que aconteceu ontem (terça) foi uma grande decepção, mas não foi surpresa. Já sabíamos que ira acontecer porque estávamos trabalhando para isso.
O diretor do presídio preso terça foi indicado ao cargo pelo senhor. Houve um desvio de conduta da parte dele?
Lima - Não. A gente sabia pelos últimos indícios que alguma coisa estava muito errada, a quantidade de fugas, a forma com elas aconteceram. No mínimo ele pecou por omissão. Agora a gente só vai saber exatamente qual é a culpa do gestor nesta questão com a investigação, que está recém-começando. Agora é que vão ser ouvidos todos presos. Mas sendo comprovada a culpa dele, talvez seja uma das minhas maiores decepções, porque fui eu quem indiquei. Ele é agente lá da unidade, é supervisor de turma e ele ajudou numa intervenção, foi indicado pelo interventor e ficou na unidade numa indicação puramente técnica.
O novo diretor já foi definido? Como estão os serviços para detentos e familiares?
Lima - Por enquanto não. A unidade continua sob intervenção do Deap, mas já está tudo normalizado.
Fonte: DIÁRIO CATARINENSE
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