quarta-feira, 4 de março de 2015

Dilma defende necessidade de ajuste fiscal em reunião com senadores. No entendimento da presidente, os tucanos não apresentam "início de prova que pudesse justificar o prosseguimento de ação"


No entendimento da presidente, os tucanos não apresentam "início de prova que pudesse justificar o prosseguimento de ação"

Foto: Roberto Stuckert Filho / PR


Em discurso para os senadores líderes dos partidos da base aliada, no Palácio do Planalto, há pouco, a presidente Dilma Rousseff defendeu a necessidade de aprovação das medidas que estão em tramitação para garantir o ajuste fiscal. 

— Ela falou da importância do ajuste e mostrou que, no segundo trimestre, com as contas alinhadas, o Brasil voltará a crescer — disse o senador Acir Gurgacz (PDT-RO), um dos nove senadores presentes ao encontro, que durou uma hora e meia. 

Dilma mostrou-se disposta a conversar com mais frequência com os parlamentares e marcou para segunda-feira, às 17h, novo encontro com os senadores.

Em sua fala, a presidente destacou a importância da aprovação das medidas que já foram encaminhadas ao Congresso e da necessidade de elas serem aprovadas o quanto antes. 

— A presidente disse que mandou o projeto de lei das desonerações para ser discutido e debatido, mas ajuste é necessário e é importante para o país — insistiu Dilma, segundo Gurgacz.

Na reunião, a presidente Dilma foi advertida ainda pelos senadores sobre a pressão que os parlamentares estão sofrendo das ruas. O senador Blairo Maggi (PR-MT) foi quem mais bateu nesta tecla, ressaltando que o governo precisa estar mais atento à comunicação. Os senadores falaram ainda do problema enfrentado pelos caminhoneiros, que lembraram ser uma categoria importante, que precisa de uma atenção especial porque eles mobilizam o País, já que a maior parte dos produtos do é transportado por estradas. Dilma apenas teria ouvido as observações.

Depois de Dilma, foi a vez do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, defender as Medidas Provisórias que tornam mais rigoroso o acesso a benefícios sociais. Segundo o senador Gurgacz, Mercadante ressaltou que "o governo não está mexendo em direitos trabalhistas, mas corrigindo excessos". 

Na reunião, os senadores citaram que talvez este prazo de 18 meses para o início da concessão do seguro desemprego seria longo demais, sugerindo que ele fosse reduzido. O senador Gurgacz, por exemplo, defende 12 meses. Este assunto voltará a ser tratado na nova reunião de segunda-feira, com senadores, no Planalto.





Estadão Conteúdo

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