quarta-feira, 25 de março de 2015

Com instabilidade do dólar, saiba como proteger o bolso da moeda estrangeira


Nas viagens para o exterior ou nas compras de produtos como um vinho ou uma TV, é preciso atenção à conhecida oscilação da moeda. 

Se o dólar valoriza ou desvaloriza em relação ao real, até o fim do dia a única certeza que se tem é de que a instabilidade da moeda norte-americana tem preocupado o consumidor. 

Na última segunda, por exemplo, a moeda teve um recuo de 2,63%, a R$ 3,1453, maior queda diária desde 18 de setembro de 2013. Apesar da leve baixa, a tendência é que a moeda continue se valorizando ante o real ao longo de 2015, diante das incertezas econômicas e políticas no Brasil. 

— Quem vai viajar e não teve tempo de planejar a viagem com um pouco de antecedência, por exemplo, vai sentir o peso dessa instabilidade, pois vai gastar mais lá fora — diz o economista Rogério Saphir, que acompanha o câmbio da moeda. 

De acordo com ele, o dólar deve fugir ainda mais do Brasil até o final de 2015. O governo dos Estados Unidos pretende aumentar sua taxa de juros até julho deste ano - atualmente em 0,25% -, e isso pode fazer o dinheiro dos investidores render mais por lá do que aqui. 

Mas ao contrário do que se pensa, o valor da moeda não é preocupação apenas de exportadoras ou grandes indústrias. O consumidor final, no seu dia a dia, também sente os efeitos da instabilidade no bolso. 

Isso porque a compra de um vinho importado, de um roteiro internacional, de um aparelho de TV novo ou mesmo de um videogame de última geração vai ter um aumento considerável no preço final por conta do dólar. 

A alta da moeda também foi um susto para aqueles que planejam viajar neste ano ou no início do ano que vem. Com as constantes valorizações, o dólar turismo já é comercializado por cerca de R$ 3,30 nas casas de câmbio - valor que se aproxima do euro, vendido em torno de R$ 3,50. 

De olho nas taxas 

Para o turismólogo Rafael Gomes, que viaja com frequência para fora do Brasil, a instabilidade do dólar já se faz sentir, principalmente nas áreas de comércio livre da Europa e Estados Unidos. 

Acostumado a programar suas viagens, Rafael aponta que um dos grandes erros de quem ainda não conhece os trâmites de compra e venda de moeda estrangeira é confiar demais nas casas de câmbio. 

— Na primeira vez que usei uma casa de câmbio aqui de Joinville, me surpreendi com a diferença nas taxas em relação ao câmbio das moedas que pratiquei no outro país. Aqui, as taxas eram muito altas, e quando se trata de uma grande quantidade de dinheiro, da pra perceber uma diferença de quase 10% no valor total — diz Rafael. 

Para ele, a grande dica é apostar nos cartões pré-pagos. Com eles, o viajante além de contar com a segurança de não carregar dinheiro em espécie no país estrangeiro, ainda existem as facilidades de negociação e um grande número de tarifas bem mais amigáveis. 


Fonte: DIÁRIO CATARINENSE

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