terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Observe crianças brincando. Quando estão ao ar livre correm, pulam, saltam, rolam no chão, sobem em tudo o que for possível e... se divertem. Gastam energia. Movimentam-se incansavelmente e isso é essencial para o crescimento. Tudo certo. 
Quando estão dentro de casa pegam seus brinquedos e dão asas à imaginação. Um foguete é DE FATO um foguete e uma boneca é MESMO uma princesa real no mundo infantil. O pensamento criativo é a mágica que transforma o que parece ser no que, para a criança, DEVE ser. 

Assim a humanidade viveu a infância por toda sua história. Neste início de século XXI, o progresso tecnológico coloca em cena outro tipo de diversão: os jogos eletrônicos. Vieram para ficar. Sem nenhuma dúvida. E caíram no gosto de crianças, adolescentes e adultos jovens ou nem tão jovens assim.

Os eletrônicos chegaram “causando” !!! Isso significa que arrombaram a porta do mundo e vieram para mudar atitudes, posturas, hábitos, costumes e o modo de viver a infância.

Crianças no século XXI brincam sentadas com seus eletrônicos. Olhos grudados numa telinha colorida com movimentos rápidos, jogos de todos os tipos, desafios, armas, carros, aviões, super-heróis e bandidos, que seguem o comando dos dois dedos polegares dos pequenos em uma velocidade absolutamente inalcançável por aqueles que não treinaram assiduamente.

Pais, avós e especialistas olham este cenário com uma certa perplexidade e a pergunta é inevitável: será que isso faz bem para meu filho (a), para a sua infância?

A argumentação contra ou a favor deve fugir da avaliação emocional ou saudosista, enaltecendo tempos passados como o melhor modo de viver a vida. Pode até ter sido assim. Mas o tempo anda para frente e não há mais a menor chance de “deletar” os eletrônicos da vida de ninguém. Muito menos das crianças. Esse é o seu mundo presente. Mais que isso: seu FUTURO será eletrônico. 

Estudos apontam que os “games” podem promover o desenvolvimento de funções cognitivas, na medida em que aprimoram a noção espacial e promovem habilidades visuais e motoras. O cérebro aprende a “pensar rápido”, o que exige conexões neuronais específicas. Até ai, tudo de bom. Por outro lado, sabemos que vivemos hoje uma “epidemia” de obesidade infantil. O sedentarismo e a alimentação inadequada são verdadeiros “vilões” da qualidade de vida na infância. E o pior: estes hábitos adquiridos precocemente exigem um gigantesco esforço e força de vontade para serem revertidos depois.


Voltamos à pergunta: o que fazer? O segredo é saber usar os eletrônicos a nosso favor.

Há algumas “dicas” que podem ajudar os pais a se orientar neste universo eletrônico.

Em primeiro lugar, compre jogos e eletrônicos para seu filho apenas em ocasiões especiais. Nada de ficar comprando novidades e lançamentos sem motivos. Segundo: certifique-se de que o jogo é adequado para a idade. Isso é muito importante.

Terceiro: evite que seu filho se isole no quarto para jogar. Faça com que o espaço de jogo seja um ambiente comum como a sala, por exemplo.

Quarto: defina horários específicos para o jogo eletrônico. De preferência quando pais ou cuidadores estiverem em casa, por perto, olhando ou até mesmo participando. Evitem, a todo custo, jogos na hora das refeições. Este é um espaço “de ouro” para a família conversar.

Não adianta evitar. O melhor é ensinar seu filho(a) a viver com os eletrônicos sem, claro, abrir mão das outras formas de brincar “como nos velhos e bons tempos”.

Lembrem-se que quando a controvérsia é a regra, o bom senso é a solução.

http://g1.globo.com/bemestar/blog/doutora-ana-responde/post/saiba-se-os-jogos-eletronicos-estimulam-ou-atrapalham-o-desenvolvimento-infantil.html

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