domingo, 23 de novembro de 2014

Desabafo de um idoso

"Estou velho. 
Não gosto dos sem terra. Dizem que isto é ser 
reacionário, mas não gosto de vê-los invadindo 
fazendas, parando estradas, ocupando linhas 
de trens, quebrando repartições públicas, 
tentando parar o lento progresso do Brasil.
Estou velho.
Não acredito em cotas para negros e índios. 
Dizem que sou racista. Mas para mim racista 
é quem julga negros e índios incapazes de 
competir com os brancos em pé de igualdade. 
Eu acho que a cor da pele não pode servir 
de pretexto para discriminar, mas também 
não devia ser fonte para privilégios imerecidos, 
provocando cenas ridículas de brancos
querendo se passar por negros.
Estou muito velho.
Não quero ouvir mais noticias de pessoas 
morrendo de dengue. Tapo os ouvidos e 
fecho os olhos, mas continuo a ouvir e ver. 
Não quero saber de crianças sendo arrastadas 
em carros por bandidos, ou de uma menininha 
jogada pela janela em plena flor de idade. 
Ou de meninos esquartejaos pelos pais por 
serem 'levados'...
Meu coração não tem mais força para sentir 
emoções. Me sinto mais velho que o Oscar 
Niemeyer. Ele, velho como é, ainda acredita 
em comunismo, coisa que deixou de existir.
Eu não acredito em nada.
Estou cansado de quererem me culpar por 
não ser pobre, por ter casa, carro, e outros 
bens, todos adquiridos com honestidade, 
por ser amado por minha mulher e filhos.
Nada mais me comove... Estou bem envelhecido.
E acabo de cometer mais um erro! Descobri 
que ainda sou capaz de me comover e de me 
emocionar. O patriotismo de uma jovem de 
Joinville usando a letra do Hino Nacional 
para mostrar o seu amor pelo Brasil me
comoveu.
Na cidade de Joinville houve um concurso 
de redação na rede municipal de ensino. 
O título recomendado pela professora foi: 
'Dai pão a quem tem fome'.
Incrível, mas o primeiro lugar foi conquistado 
por uma menina de apenas 14 anos de idade. 
E ela se inspirou exatamente na letra de nosso 
Hino Nacional para redigir um texto, que 
demonstra que os brasileiros verde amarelos precisam perceber o verdadeiro sentido de
patriotismo. Leiam o que escreveu essa jovem. 
É uma demonstração pura de amor à Pátria 
e uma lição a tantos brasileiros que já não 
sabem mais o que é este sentimento cívico.
'Certa noite, ao entrar em minha sala de aula, 
vi num mapa-mundi, o nosso Brasil chorar: 
O que houve, meu Brasil brasileiro?
Perguntei-lhe!
E ele, espreguiçando-se em seu berço 
esplêndido, esparramado e verdejante 
sobre a América do Sul, respondeu 
chorando, com suas lágrimas amazônicas: 
Estou sofrendo. Vejam o que estão fazendo 
comigo...
Antes, os meus bosques tinham mais flores 
e meus seios mais amores.
Meu povo era heróico e os seus brados 
retumbantes. O sol da liberdade era 
mais fúlgido e brilhava no céu a todo instante.
Onde anda a liberdade, onde estão os braços fortes?
Eu era a Pátria amada, idolatrada. Havia 
paz no futuro e glórias no passado. Nenhum 
filho meu fugia à luta. Eu era a terra adorada 
e dos filhos deste solo era a mãe gentil.
Eu era gigante pela própria natureza, que 
hoje devastam e queimam, sem nenhum 
homem de coragem que às margens plácidas 
de algum riachinho, tenha a coragem de 
gritar mais alto para libertar-me desses 
novos tiranos que ousam roubar o verde 
louro de minha flâmula.
Eu, não suportando as chorosas queixas 
do Brasil, fui para o jardim.
Era noite e pude ver a imagem do Cruzeiro 
que resplandece no lábaro que o nosso país 
ostenta estrelado. Pensei... Conseguiremos 
salvar esse país sem braços fortes? Pensei 
mais... Quem nos devolverá a grandeza que 
a Pátria nos traz?
Voltei à sala, mas encontrei o mapa 
silencioso e mudo, como uma criança 
dormindo em seu berço esplêndido.'
Mesmo que ela seja a última brasileira 
patriota, valeu a pena viver para ler o 
texto. Por isso estou enviando para vocês.
Detesto correntes na Internet... mas agora, 
que me tornei um velho emocionado, vou 
romper com este hábito."
Autor desconhecido

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