quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Pesquisa aponta que 70% dos gaúchos sofrem de pressão alta. Levantamento é da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul. Governo aponta que indústria já reduziu sódio de alguns alimentos.

Sete em cada 10 gaúchos têm pressão alta, aponta um levantamento da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul. Um dos motivos é o consumo exagerado de sal, como mostra a reportagem do RBS Notícias.

Nesta terça-feira (12), o Ministério da Saúde apresentou os primeiros resultados do acordo voluntário feito com a indústria em 2011 para redução do sódio em alimentos. O sódio é encontrado no sal de cozinha.

Segundo o governo, entre 2011 e 2012 foram reduzidas 1.295 toneladas de sódio em 3 tipos de alimentos: pão de forma, bisnaguinhas e macarrão instantâneo. Esses são os três produtos analisados até o momento, e segundo o ministério, esse volume está dentro da meta para o período.

O macarrão instantâneo, por exemplo, está sendo fabricado com 15% menos de sal. A quantidade, em muitas ocasiões, não é controlada pelos consumidores. “Nunca parei para pensar nisso”, admite a publicitária Cristiane Silva.

Os especialistas alertam que controlar o sódio é importante. A principal fonte dele na alimentação é o sal de cozinha que, em excesso, pode causar pressão alta. No estado, o problema atinge quase 70% da população.

“O sódio é como se fosse uma esponja. Então, no momento que ingerimos sódio, nosso organismo começa a absorver mais líquidos do que o normal. É comum até aquela sensação, quando a gente come algum alimento com muito sódio, de se sentir inchado”, explica o diretor da Sociedade de Cardiologia do estado, Daniel Souto Silveira.

O ideal é consumir cinco gramas de sal por dia. Mas, em média, a população ingere mais que o dobro. E o problema não é só o saleiro. A maior parte dos alimentos industrializados tem sódio. A quantidade deve estar informada na embalagem. Uma dica é evitar o consumo de embutidos. Uma salsicha, por exemplo, contém 24% de todo sódio que o corpo necessita ao longo do dia.

O acordo entre o Ministério da Saúde e os fabricantes vêm tentando diminuir o sódio nos alimentos há três anos. “A gente sabe que o sal em excesso tem um papel muito importante nas doenças cardiovasculares e isso começa a ser enfrentado”, afirmou o ministro da saúde Arthur Chioro.


G1 RS

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