Conclusão é de um estudo conduzido pela Organização Mundial de Saúde com base em dados de 194 países
Baseada na avaliação de 194 países, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o consumo médio de álcool para pessoas acima de 15 anos em 6,2 litros por ano. No Brasil, os dados indicam um consumo médio de 8,7 litros por pessoa ao ano.
Durante uma década, o Brasil viu seus índices de consumo alcoólico reduzirem (dez anos atrás, a taxa de consumo era de 9,8 litros). No entanto, projeções mostram que até 2025 o consumo ultrapassará a marca de 10,1 litros anuais por pessoa.
O relatório da OMS alerta que o uso excessivo do álcool provoca 3,3 milhões de mortes no mundo todos os anos. No Brasil, conforme a entidade, 62,6% das mortes por cirrose hepática e 18% das provocadas por acidentes de trânsito são atribuídas ao abuso do álcool.
Outro estudo do Ministério da Saúde, o Vigilância de Violências e Acidentes (Viva), feito em 71 hospitais do SUS, apurou que uma em cada cinco vítimas de acidentes de trânsito ingeriram bebida alcoólica.
De acordo com o psiquiatra Marcelo Kimati, diretor de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, o Brasil vive hoje uma situação de consumo de álcool catastrófica. E tal cenário não é reflexo apenas da ausência ou insuficiência de políticas públicas preventivas e terapêuticas, mas também da pouca regulamentação do consumo e venda de bebidas.
“Temos uma relação muito permissiva com o álcool, por ser uma droga lícita. Também existe uma relação muito forte entre lazer e consumo de bebidas”, diz. A solução, segundo Kimati, demanda planejamento coordenado entre iniciativas de prevenção e tratamento e regulação mais rígida do comércio.
GAZETA DO POVO
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