sábado, 1 de março de 2014

O Tempo e a Rua.

de: José Maria Souza Costa.


Ruas de curvas e ladeiras, esparramadas na visão.

Devoradoras dos meus passos apressados, tolerante

Com o meu cansaço, que derrama-se na contra mão

Dos meus desejos, que agregados, seguem adiante.


Solitária em noites de invernos, e quase à lamparina,

Rima-se em boemia, e verseja risível em romantismo.

Apressada, arrasta-se em procissão que tal caminha

Como veia fosse pulsante, em delírios de absolutismo.


Ruas: da bêra, do centro, e das cercanias de uma cidade.

É o retratado em digitais, e desenhado pela fresta do olhar

De quem enamora a sua rua, que reler os ais, da mocidade.


Rua campos, em transversal de vicinal floral com a esperança.

Outrora abraçou-te em arte, de contemplante paralelas aliança.

E o tempo a seduzir em passos lentos a minha eterna lembrança.

FONTE:
http://www.josemariacosta.com/

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