por Nathália Braga
Pergunta do leitor - Paulo Tiago Martins da Costa,
Santa Bárbara, MG
Com sensores no asfalto, câmeras e uma central de análise. Quando os aparelhos começaram a ser usados, no começo da década de 90, seus sistemas ainda eram complexos e pouco eficientes. Mas, com o avanço da tecnologia, foram aprimorados e ganharam outras funções, como reconhecer carros fora do rodízio ou sem licenciamento. Estima-se que, até o final dos anos 90, o Brasil possuía cerca de 500 radares de trânsito. Hoje, só na cidade de São Paulo, são 582 equipamentos. O reflexo é claro: entre 2006 e 2012, o total de multas no município cresceu 149%.
Segura o pé, José!
Cada R$ 1 investido nos radares de São Paulo rende R$ 14 em multas
1. A velocidade é calculada por dois ou três sensores no asfalto. Quando um carro passa por cima, eles enviam sinais para o computador. Medindo o tempo entre os pulsos e dividindo-o pela distância entre os sensores, encontra-se a velocidade do carro
2. Os sensores estão ligados à câmera. Quando acusam alta velocidade, ela é acionada. Os modelos digitais tiram fotos de 640 x 480 pixels e possuem um programa que identifica a placa dentro da foto. Eles utilizam um sistema de reconhecimento para identificar cada caractere
3. As imagens são criptografadas com informações como data, velocidade e local. Elas só podem ser visualizadas por um programa com a chave certa. O material é enviado via modem celular ao órgão de trânsito para um software de análise
¿ As câmeras filmam sem parar, mas só gravam quando os sensores acusam a infração
4. Um operador analisa os dados. Ele pode registrar a infração, gerando um arquivo impresso enviado ao condutor, ou anular a multa. Nesse caso, as informações (inclusive a justificativa da anulação) ficam armazenadas para auditoria interna.
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