Foi um golpe de sorte de um incansável pesquisador. Em 1907, o inglês Harry Brearley trabalhava em um laboratório para as companhias de aço da cidade de Sheffield. Os fabricantes de armas haviam pedido que ele criasse uma liga mais resistente ao desgaste, pois o interior dos canos das armas se esfarelava com a explosão interna dos gases. Brearley misturou metais em diversas doses até notar que uma certa liga não sofria corrosão por oxigênio, ou seja, não enferrujava. O objetivo dele não era criar um aço com essa característica, mas o pesquisador achou aquilo intrigante e mudou os rumos da sua experiência. Finalmente, ele chegou à combinação de aço com 12% de cromo, liga que enferrujava muito mais lentamente que o aço comum - que, por sua vez, nada mais é que um ferro purificado e mais resistente. Os átomos de cromo, assim como os de ferro, se oxidam em contato com o ar.
Mas o óxido de cromo forma uma espécie de filme finíssimo e invisível em torno do objeto que reveste, impedindo que as camadas de dentro se oxidem também. Os aços inoxidáveis de hoje ainda têm outros metais em sua composição, como o níquel, e são produzidos em diversas composições de dureza e maleabilidade para os mais diversos usos.
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