Pesquisadores criaram um programa de caminhada e testaram em cerca de 400 pessoas com mais de 65 anos
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Lesões causadas por quedas tem levado à hospitalização de muitas pessoas com mais de 65 anos. Lesões essas que, muitas vezes, progridem e podem levar à morte, mas que seriam facilmente superadas por pessoas mais jovens. Muitos médicos indicam a caminhada como uma estratégia para redução de quedas, mas, preocupados com os reais resultados dessa sugestão, pesquisadores australianos montaram um programa de caminhada para pessoas sedentárias acima dos 65 anos.
Durante 48 semanas, 386 idosos fisicamente inativos participaram de um programa de caminhada diária. Os participantes tinham, ainda, que registrar em um calendário especial quantas quedas tiveram ao longo desse período, o tempo de exercício e os níveis de atividade (caminhada devagar, trote ou rápida).
Estatisticamente, as taxas de queda entre aqueles que eram sedentários e passaram a caminhar diariamente foi insignificante sobre as quedas, mas melhoraram muito os índices de mobilidade dos idosos que, antes do programa, eram considerados fisicamente inativos.
– Estes resultados mostram que é pouco provável que a caminhada tenha um efeito sobre quedas. Portanto, precisamos reconsiderar a ideia de incorporar a caminhada nas diretrizes de prevenção de quedas, uma vez que o exercício é atualmente considerado pela maioria dos médicos uma boa maneira de evitar as quedas dos idosos – relatou Alexander Voukelatos, principal autor do estudo.
DIÁRIO CATARINENSE
