sábado, 26 de abril de 2014

Ensino Religioso: Como ensinar os conceitos de Sexo e de Sexualidade na escola?









































1. Sexualidade na Escola Luise Borçonaro Iazeta Kelly Blanes Márcia M. Betioli Gerbasi Prof. Mestre Thiago de Almeida (www.thiagodealmeida.com.br)
2. “ A sexualidade faz parte de nossa conduta. Ela faz parte da liberdade em nosso usufruto deste mundo”. (Michel Foucault)
3. Sexualidade é um termo amplamente abrangente que engloba inúmeros fatores e dificilmente se encaixa em uma definição única e absoluta. Muitas vezes se confunde o conceito de sexualidade com o do sexo propriamente dito.
4. Conjunto de caracteres estruturais e funcionais segundo os quais um ser vivo se classifica como macho ou fêmea e desempenha papel específico de uma dessas condições na reprodução da espécie. O chamado diencéfalo ou cérebro primitivo, intervém, por meio do hipotálamo, no desejo, no interesse sexual e também recolhe as informações que chegam do exterior e dos hormônios, controlando-os e dando as respostas da excitação sexual, ejaculação, sensações de prazer e regulando as respostas emocionais e afetivas no comportamento sexual. O chamado sistema límbico do nosso cérebro discrimina e seleciona os estímulos, reconhecendo os sinais de saciedade inibindo o comportamento sexual.
5. A noção de sexualidade como busca de prazer, descoberta das sensações proporcionadas pelo contato ou toque, atração por outras pessoas (de sexo oposto e/ou mesmo sexo) com intuito de obter prazer pela satisfação dos desejos do corpo, entre outras características, é diretamente ligada e dependente de fatores genéticos e principalmente culturais. O contexto influi diretamente na sexualidade de cada um. Vídeo
6. A sexualidade humana forma parte integral da personalidade de cada um. É uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida. A sexualidade não é sinônimo de coito e não se limita à presença ou não do orgasmo. Sexualidade é muito mais do que isso. É energia que motiva encontrar o amor, contato e intimidade, e se expressa na forma de sentir, nos movimentos das pessoas e como estas tocam e são tocadas. (BRAGA, 2011)
7. A Sexualidade é parte integrante de todo ser humano, está relacionada à intimidade, a afetividade, ao carinho, a ternura, a uma forma de expressão de sentir e expressar o amor humano através das relações afetivossexuais. Sua presença está em todos os aspectos da vida humana desde a concepção até a morte, manifestando-se em todas as fases da vida, infância, adolescência, fase adulta, terceira idade; sem distinção de raça, cor, sexo, deficiência, etc.; Além de que não está apenas nos aspectos genitais, mas sendo considerada como uma das suas formas de expressão, porém nunca como forma isolada, como um fim em si mesma.
8. Podemos definir sexualidade como um conjunto colorido que contém contato, relação corpórea, psíquica, sentimental, desejo voltado a pessoas e objetos; sonhos e delírios; prazer, gozo e dor; perda, sofrimento e frustração; crescimento e futuro; consciência, plenitude do presente e memória do passado; processos estes que vão sendo elaborados e dando espaço para novas conquistas. (ALMEIDA, 2010) Sentimentos esses que se alternam, cruzam-se de modo imprevisível, exigindo uma progressiva capacidade do ser humano em ir dando compreensão e aceitação as mudanças. Tudo sempre vinculado a intensas sensações corpóreas, pensamentos constantes, parecem estarem no ar, uma sensação de apaixonamento constante, que pode ser pelo próprio corpo ou pelo desejo do corpo do outro, mas desejos, afetos e emoções que precisam ser resignificadas em cada um nós. (ALMEIDA,2010)
9. Encontraremos todos estes sentimentos em cada um de nós. Muitos de nós negamos as transformações, outros passaram, outros se rebelaram, sofreram, outros curtiram, viveram, outros não podem nem se lembrar, outros foram quase que impedidos de viver esta experiência. Esta última possibilidade é a mais preocupante e paralisante, porque impede de experenciar relacionamentos afetivossexuais.
10. Marilandes Ribeiro Braga Delegada Regional da SBRASH- Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade “ A sexualidade influência pensamentos, sentimentos, ações e integrações portanto a saúde física e mental. Se saúde é um direito humano fundamental, a saúde sexual também deveria ser considerada como direito humano básico. A saúde mental é a integração dos aspectos sociais, somáticos, intelectuais e emocionais de maneira tal influenciem positivamente a personalidade, a capacidade de comunicação com outras pessoas e o amor “ (BRAGA, 2011)
11. 1-O DIREITO A LIBERDADE SEXUAL - A liberdade sexual diz respeito a possibilidade dos indivíduos em expressar seu potencial sexual. 2 – O DIREITO A AUTONOMIA SEXUAL – INTEGRIDADE SEXUAL E A SEGURANÇA DO CORPO SEXUAL – Este direito envolve habilidade de uma pessoa em tomar decisões autônomas sobre a própria vida sexual num contexto de ética pessoal e social, Também inclui o controle e o prazer de nossos corpos livre de tortura, mutilações e violência de qualquer tipo. 3 – O DIREITO À PRIVACIDADE SEXUAL – O direito de decisão individual e aos comportamentos sobre intimidade desde que não interfiram nos direitos sexuais dos outros.
12. 4 – O DIREITO À IGUALDADE SEXUAL - Liberdade de todas as formas de discriminação, independentemente do sexo, gênero, orientação sexual, idade, raça, classe social, religião, deficiências mentais e físicas. 5 – O DIREITO AO PRAZER SEXUAL - prazer sexual, incluindo auto-erotismo, é uma fonte de bem estar físico, psicológico, intelectual e espiritual. 6 – O DIREITO À EXPRESSÃO SEXUAL – A expressão sexual é mais que um prazer erótico ou atos sexuais. Cada indivíduo tem o direito de expressar a sexualidade através da comunicação, toques, expressão emocional e amor. 7 – O DIREITO À LIVRE ASSOCIAÇÃO SEXUAL – Significa a possibilidade de casamento ou não, ao divórcio e ao estabelecimento de outros tipos de associações sexuais responsáveis.
13. 8 – O DIREITO ÀS ESCOLHAS REPRODUTIVAS LIVRE E RESPONSÁVEIS – É o direito em decidir ou não filhos, e número e o tempo entre cada um, e o direito total aos métodos de regulação da fertilidade. 9 – O DIREITO À INFORMAÇÃO BASEADA NO CONHECIMENTO CIENTÍFICO – A informação sexual deve ser gerada de um processo científico e ético e disseminando em formas apropriadas e a todos os níveis sociais. 10 – O DIREITO À EDUCAÇÃO SEXUAL COMPREENSIVA – Este é um processo que dura a vida toda, desde o nascimento, e deriva envolver todas as instituições sociais. 11 – O DIREITO À SAÚDE MENTAL – O cuidado com a saúde deveria estar disponível para a prevenção e tratamento do todos os problemas sexuais, preocupações e desordens. Declaração aprovada durante o XV Congresso Mundial de Sexologia ocorrido em Hong Kong – China – entre 21 e 27 de agosto de 1999, na Assembléia Geral da World Association for Sexology.
14. Em 1997 na elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e os Temas Transversais(TTs) foi determinado que seis disciplinas (Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, História e Geografia, Arte, e Educação Física) deveriam abordar problemáticas sociais atuais e urgentes, consideradas de abrangência nacional e até mesmo de caráter universal. Segundo tais critérios foram selecionados : 1. Ética 2. Meio Ambiente 3. Saúde 4. Pluralidade Cultural 5. Orientação Sexual.
15. O desenvolvimento da Sexualidade
16. A Sexualidade Infantil A sexualidade da criança começa no imaginário dos pais, antes mesmo do nascimento. Todos os pais têm expectativas em relação a seus filhos, conscientes ou inconscientes, e uma destas diz respeito à sexualidade da criança. Esta ao nascer pode corresponder à expectativa ou não e se desenvolverá conforme for a aceitação do sexo da criança pelos pais.
17. A partir do nascimento podemos classificar a curiosidade sexual de forma genérica em: 1ª curiosidade sexual - auto-descobrimento do corpo 2ª curiosidade sexual - eliminação de excreções 3ª curiosidade sexual - diferenciação dos sexos 4ª curiosidade sexual - nascimento 5ª curiosidade sexual - puberdade 6ª curiosidade sexual - adolescência
18. Para responder aos questionamentos de ordem sexual das crianças deve-se ter claro que "a criança que tem idade para perguntar, tem idade para ouvir a resposta". O tom de voz, o olhar, a postura de quem responde devem ser valorizados para que não sejam artificiais nem repressores. Para satisfazer a curiosidade infantil o adulto deve seguir os seguintes princípios: - saber porque e de onde vem a pergunta; - honestidade; - restringir-se à pergunta feita, sem se estender; - progredir com base no que a criança já conhece; - fornecer explicações em linguagem simples e familiar; - sempre que possível corresponder ao momento em que a criança solicita; - repetir, se necessário. Vídeo
19. Comportamentos Sexuais Observados em Sala de Aula Beijos, exploração do corpo do colega, jogos sexuais, etc. o educador pode pautar-se sobre os mesmos princípios que usa para outros comportamentos inadequados em aula, ou seja, demonstrar que entende a curiosidade mas que a escola é um lugar onde deve-se respeitar a vontade dos outros e que estão lá para aprender, brincar, etc.
20. A sexualidade infantil é inerente a qualquer criança e sua demonstração será particular a cada uma, sendo que aos educadores cabe conhecê-la, respeitá-la, conduzí-la de forma adequada, sem estimulação nem repressão e tendo sempre em mente uma auto-reflexão de sua própria sexualidade. "A única coisa que não vale é mentir para a criança. Ela vai checar com outra pessoa e perder a confiança neste adulto que mentiu".
21. Ética e sexualidade na Escola.mp4 Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a adolescência vai dos 10 aos 19 anos de idade. Para o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o jovem brasileiro está entre os 12 e os 18 anos. As mudanças físicas correlacionadas com as mudanças psicológicas levam o adolescente a uma nova relação com os pais e com o mundo. Na adolescência, os jovens, de diversas formas, procuram se inserir no social, por meio de buscas por identificações no seu meio de convívio, que não estejam mais ligadas ao ciclo familiar. Dessa forma, percebemos a importância que o grupo de pares assume nesse período da vida.
22. O Adolescente Mobiliza-se, também na adolescência, a sexualidade enquanto função vital. Particularmente na adolescência, ao se completar a maturação sexual do organismo humano, a sexualidade aproxima-se de um dos canais pelos quais é experimentada ao longo da vida adulta – a genitalidade. Mais do que cumprir uma função fisiológica, a sexualidade na adolescência caracteriza-se por demarcar a fronteira entre a infância e a idade adulta, focalizando-se em uma validação da capacidade genital. (TAVARES, 2008 apud VOLPI, e LESZCZYNSKI, 2010). “ O ato permite ao jovem reconhecer esse novo corpo e essa nova imagem corporal como os de um sujeito genitalmente capaz e, assim, apropriar-se, imaginariamente, de seu papel de ser sexuado.” (TAVARES, 2008 apud VOLPI, e LESZCZYNSKI, 2010).
23. A Expressão da Sexualidade Nessa Fase A repressão do próprio impulso, principalmente se os primeiros contatos forem frustrantes. Aceitar o ato sexual, mesmo sem envolvimento afetivo, talvez essa seja a forma de expressão mais freqüente na adolescência. A preferência sexual com afeto é o posicionamento que demonstra postura mais integrada frente à sexualidade, escolha esta que se encontra subsidiada pelas vivências de cada adolescente . Para o desenvolvimento do papel sexual ou de gênero, o adolescente precisa de pessoas complementares, que desempenham outros papéis, e este contato provoca a necessidade de formar vínculos afetivos, que vão determinar suas novas experiências.
24. “ Ficar” É uma forma de buscar a afirmação de um papel sexuado no grupo, e desse modo, buscar também uma identidade sexual. Esse tipo de relação está fundamentada na atração física, no erotismo, na existência da “não-exclusividade” de ambas as partes e no seu aspecto passageiro. Os adolescentes em questão procuram esse tipo de relacionamento como forma de experimentar a intimidade e uma série de desejos, sentimentos e emoções relacionados a ela, sem, contudo, precisarem estar vinculados a um compromisso com outra pessoa.
25. A relação sexual A vivência do ato sexual reorganiza as experiências sexuais anteriores, mas os medos impedem que o adolescente vivencie de forma plena esse momento, o que pode produzir insegurança em relação ao futuro. O significado pessoal que cada adolescente dará à sexualidade pode alterar suas expectativas, criando, ou dissolvendo problemas. O ato sexual pode provocar frustrações, ou ser fonte de estímulo permanente. A satisfação em uma relação sexual é a base para o desenvolvimento das próximas vivências sexuais, construindo suas experiências rumo à maturidade sexual.
26. Comportamento sexual do adolescente atual
27. Comportamento sexual do adolescente atual A maioria dos adolescentes, mesmo conhecendo os métodos contraceptivos, inicia vida sexual sem proteção e, no seguimento da atividade sexual, o uso sistemático deixa quase 30% sem proteção, tanto na contracepção como contra as DST/AIDS. Os locais mais utilizados para as relações são a própria casa ou a casa de amigos.
28. Educação Sexual na Escola É fundamental que a escola, desde a pré-primária à universidade, defina com coerência os objetivos que pretende atingir. É necessário preparar os professores, tanto com suas próprias dificuldades com relação à sexualidade quanto as questões teóricas. A educação sexual deve ser feita em conjunto com os pais. Além dos temas biológicos e de prevenção, deve-se abordar temas do interesse dos alunos. As escolas não estão preparadas para acolher a educação sexual. Um dos principais motivos é a não aceitação dos pais dos alunos, que pensam que provocaria exarcebação da sexualidade dos jovens.
29. Orientação sexual deriva do conceito pedagógico. Abrange o desenvolvimento sexual compreendido como saúde reprodutiva, relações interpessoais, afetividade, imagem corporal, autoestima e relações de gênero. Educação sexual inclui todo o processo informal pelo qual aprendemos sobre a sexualidade ao longo da vida, seja por meio da família, da religião, da comunidade, dos livros ou da mídia.
30. Investir na Formação dos Professores A formação da maioria dos professores não foi voltada para se falar abertamente e sem discriminação de certos assuntos como o da sexualidade. Suas dificuldades provém tanto do despreparo teórico, quanto de seus próprios preconceitos já interiorizados. Os tabus devem ser eliminados.
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32. Nas pesquisas realizadas com adolescentes, constatou-se que a primeira pessoa a qual procuram quando em duvida sobre a sexualidade é um amigo(a) de idade próxima. Por isso, é interessante criar bate-papos entre os adolescentes e estes passarem as informações (já elaboradas em conjunto com o facilitador) para os mais novos. (COSTA, 2000) Os jovens não querem apenas discutir sobre o desenvolvimento fisiológico ou como se prevenir. Querem falar de sentimentos, tirar duvidas, etc.
33. Faixa etária 4 e 5 anos Conteúdo: Identidade e Autonomia Objetivos - Envolver professores e pais no trabalho de orientação sexual dos estudantes. - Desenvolver nos alunos o respeito pelo corpo (o próprio e o do outro). - Refletir sobre diferenças de gênero e relacionamentos. - Dar informações sobre gravidez, métodos anticoncepcionais e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). - Conscientizar sobre a importância de uma vida sexual responsável.
34. 1ª ETAPA Preparação da escola e da comunidade: Capacitação da equipe - Professores e funcionários devem estar preparados para lidar com as manifestações da sexualidade de crianças e jovens. Um curso de capacitação sobre os principais temas (como falar e agir com crianças e adolescentes; prazer e limites; gravidez e aborto; DSTs etc.) é o mais indicado. Além disso, os formadores podem ajudar a identificar os conteúdos das diversas disciplinas que contribuem para um trabalho sistemático sobre o tema. Envolvimento dos pais - Faça uma reunião com as famílias para apresentar o programa. Aproveite para falar brevemente sobre as principais manifestações da sexualidade na infância e na adolescência. Formação permanente - Organize um grupo de professores para estudar temas ligados à sexualidade e discutir as experiências em sala de aula. 2ª ETAPA Da pré-escola ao 5º ano, o trabalho em sala de aula exige atenção do professor às atitudes e à curiosidade das crianças, pois são elas que vão dar origem aos debates e às atividades propostos a seguir.
35. Diferenças de gênero - Baixar a calça e levantar a saia são sinais de curiosidade. O livro Ceci Tem Pipi?, de Heloisa Jahn e Thierry Lenain, explora as diferenças físicas e comportamentais entre meninos e meninas. Pergunte quem tem pipi. E quem não tem? Tem o quê? Diga que a vagina é o "pipi" das meninas. Estimule o debate sobre o que é ser menino e menina, levantando questões como: uma garota pode subir em árvores? Escreva as respostas no quadro e converse com a turma. O corpo e o prazer - É normal que os pequenos toquem os genitais para ter prazer e conhecer o próprio corpo. Proponha a descoberta de outras formas de satisfação na escola, como brincar na areia e na terra ou com água. Deixe-os explorar esses elementos no parque e incentive-os a falar sobre o que sentiram e sobre as partes do corpo que dão prazer, inclusive o pênis e a vagina. Diga que é normal tocá-los, mas que essas são partes íntimas e, portanto, não devem ser manipuladas em locais públicos. Finalize lembrando-as das outras maneiras de ter prazer na escola. Relação sexual - Caso uma criança tenha visto uma cena de sexo na TV, certamente comentará com os colegas. O livro A Mamãe Botou um Ovo, de Babette Cole, relaciona sexo, concepção e nascimento. Todos sabem como nasceram? Levante as dúvidas e comente que sexo é coisa de adultos. Mostre bonecos que tenham pênis e vagina e deixe a garotada explorar as diferenças. Gravidez - Se alguma professora ou alguém próxima à garotada estiver grávida, certamente a turma ficará curiosa. Fale sobre o desenvolvimento do bebê, desde a concepção até o nascimento (cartazes ajudam muito). Uma música boa para tocar é De Umbigo a Umbiguinho, de Toquinho. Explique o processo físico de evolução, ouça as perguntas e responda-as de forma simples e direta.
36. Vocabulário da sexualidade - Palavrões são comuns nas conversas infantis e podem ser usados para fazer graça ou para agredir. Mas eles perdem rapidamente o impacto quando você os escreve no quadro. Explique o significado de cada um, deixe claro que todos podem ser ofensivos e, por isso, não devem ser usados - principalmente em público. Caso as palavras façam referência aos órgãos sexuais, levante as outras que a turma conheça para pênis e vagina. Escreva no quadro os termos corretos e utilize-os nas conversas sobre o tema. Padrões de beleza - Ao perceber que os alunos debocham da aparência de um colega, um bom caminho é promover um debate sobre padrões de beleza. Que tal passar o filme Shrek? Por que a princesa Fiona se esconde quando vira ogra? Ela só é aceita quando aparenta ser bela? Que qualidades têm os personagens? É justo que as pessoas evitem quem não acham bonito? Outro bom exemplo é a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. A modelo é bonita? Explique que, na época em que foi pintada, ela era (sim) um padrão de beleza. Divida a turma em duplas e peça que cada um descreva qualidades ou algo que ache bonito no colega. 3ª ETAPA Com os mais velhos, o trabalho deve ser sistemático, com aulas semanais ou quinzenais. Monte uma lista com os temas, mas os apresente de acordo com o interesse da turma.
37. Puberdade - Coloque no quadro desenhos de corpos femininos e masculinos em diferentes fases do crescimento. Pergunte aos alunos o que eles entendem por puberdade. Explique as transformações físicas e emocionais e por que elas acontecem. As questões podem ser feitas oralmente ou por escrito (se você não quiser expor ninguém). Maternidade e paternidade - Leia o poema Enjoadinho, de Vinicius de Moraes. Pergunte de que um bebê precisa durante a gestação e após o nascimento e fale sobre as necessidades dos pais. Escreva as respostas no quadro. Pergunte se é possível um adolescente ser pai e mãe e prover tudo de que o bebê precisa. Do que o jovem terá de abrir mão para cuidar de uma criança? Quais são as vantagens de adiar a gravidez? Ao fim da aula, peça que os alunos escrevam sobre o que esperam do futuro. Métodos anticoncepcionais - Leve para a sala de aula cartelas de pílulas, camisinhas masculina e feminina, tabelinha etc. Faça circular pela classe e dê explicações sobre cada tipo. Responda às dúvidas. Divida a turma em grupos e dê a cada um uma banana ou cenoura e uma camisinha para demonstrar como ela deve ser colocada. Depois peça que os jovens façam o mesmo. Lembre-os de que as camisinhas masculina e feminina são o único método anticoncepcional que previne as DSTs. Aborto - No Brasil, a interrupção intencional da gravidez é crime, exceto quando a mãe foi estuprada ou corre risco de morte. Antes do debate, ofereça textos sobre o tema e forme dois grupos para uma dramatização. O primeiro deve ter personagens como uma grávida que quer ter o bebê, o namorado que prefere que ela aborte, o médico que fará a operação, a mãe que é contra e a amiga que tem dúvidas. O outro: a grávida que insiste em abortar, o namorado que é contra, o médico que a aconselha a não fazer isso, a mãe que tem dúvidas e a amiga que insiste na interrupção. Proponha que os jovens improvisem um diálogo usando argumentos compatíveis com cada personagem.
38. DSTs - Ponha para tocar A Via Láctea , de Renato Russo, e Ideologia , de Cazuza. Esses dois músicos morreram em decorrência da AIDS. Os alunos sabem o que a sigla significa? Selecione versos ("Essa febre que não passa", "Meu prazer agora é risco de vida" e outros) e discuta seu significado. Peça uma pesquisa sobre a incidência da síndrome na população. A análise mostrará que não existem mais grupos de risco, mas atitudes de risco. Converse sobre outros tipos de DSTs e como se prevenir. O que é ser homem e ser mulher - No filme Billy Elliot , de Stephen Daldry, o personagem principal quer ser bailarino. O que os jovens fariam se um filho tivesse esse desejo? Ou uma filha que sonha ser futebolista? O que é ser homem e ser mulher? Dá para definir levando em consideração apenas o que a pessoa gosta de fazer? Homossexualidade e bissexualidade - Assista com os alunos ao filme Brokeback Mountain , de Ang Lee. Como o preconceito contra homossexuais é mostrado? Só existe amor entre homens e mulheres? Ouça as opiniões e reflita com os alunos sobre diferentes formas de amar. O respeito à opção sexual também deve ser abordado.
39. A educação sexual, como qualquer processo educativo, apresenta efeitos e resultados demorados, por isso a necessidade de iniciar desde cedo e dar continuidade até a fase adulta. É Importante desenvolver um trabalho educativo positivo, de valorização humana, que possibilite ao jovem capacidade de escolher e eliminar os sentimentos de culpa. A participação dos pais é fundamental para um processo de corresponsabilidade. Falar sobre o que é de interesse do aluno.
40. ALMEIDA, Marina S. R. o que é sexualidade?. Instituto Inclusão Brasil,2010. Disponível em < http://inclusaobrasil.blogspot.com/2010/07/o-que-e-sexualidade.html > acesso em 19/05/2011. ALMEIDA, Marina S. R.A sexualidade Infantil Psicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga. 2004. Disponível em < http://www.psicologia.com.pt/artigos/ver_artigo.php?codigo=A0214 > acesso em 19/05/2011. AUAD, Daniela. Os Parâmetros Curriculares Nacionais e os Temas Transversais.2005. Disponível em < http://www.educacaoonline.pro.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15:os-parametros-curriculares-nacionais-e-os-temas-transversais&catid=4:educacao&Itemid=15 > acesso em 20/05/2011. BRAGA, Marilandes R.. SAIBA O que é sexualidade e conheça seus direitos. 2000. Disponível em < http://www.marilandes.com.br/saiba_sex.htm . acesso em 22/05/2011. COSTA, Maria C. O.; LOPES, Clevane P. A.; SOUZA, Ronald P.; PATEL, Balmukund N. Sexualidade na adolescência: desenvolvimento, vivência e propostas de intervenção. J Pediatr (Rio J) 2001; 77 (Supl.2): S217-S224: adolescência. COSTA, Ricardo J. A Sexualidade na Escola. A pagina da educação, arquivo vivo, n°89, 2000. FAVERO, Cintia. O que é Sexualidade? 2007. Disponível em < http://www.infoescola.com/sexualidade/o-que-e-sexualidade/ > acesso em 15/05/2011. TONATTO, Suzinara; SAPIRO, Clary M. Os novos parâmetros curriculares das escolas brasileiras e educação sexual:uma proposta de intervenção em ciências. Psicologia & Sociedade; 14 (2): 163-175; jul./dez.2002 VOLPI, Sandra M. D.Sonia; LESZCZYNSKI, Ana C. Por uma adolescência não vulnerável: representações de sexualidade e gênero em dispensador de preservativos masculinos e projeto educativo para o contexto escolar. VIII Congresso Iberoamericano de ciência, tecnologia e gênero, 2010.

fonte:

Geografia: Clima do Brasil.



















1. Geografia do Brasil Climas Professor Herbert Galeno / http://herbertgaleno.blogspot.com.br/
2. CLIMAS
3. Aspectos gerais do clima Clima é um fator constante, não altera com frequência. As medições do clima são feitas em média a cada 30 anos. Tempo É um fator variável das condições atmosféricas, de um determinado lugar a um certo momento estabelecido. O tempo pode alterar a qualquer momento, no mesmo dia e local pode ocorrer varias alterações do tempo como, chuva, sol, frio, calor. Esses fatos ocorrem pela grande dinâmica espacial.
4. Fatores do clima • Latitude: A latitude também influência na formação do clima, no sentido que à medida que aumenta a latitude o clima tende a ficar mais frio, devido à diminuição de incidência dos raios solares. • Altitude: quanto mais alta for à região, o clima estará propício para se tornar mais frio. Esse fato ocorre por que a atmosfera se aquece por irradiação, o calor é transferido da superfície da Terra para cima, quanto mais alto mais rarefeito torna-se o ar, determinando uma diminuição da irradiação. • Continentalidade: O aquecimento e o resfriamento são extremamente rápido, o que determina uma ampla amplitude térmica, pois a umidade diminui. • Maritimidade: O mar funciona como um verdadeiro regulador térmico graças a sua grande capacidade de se aquecer e perder calor muito mais lentamente do que as áreas continentais. Esse fator faz com que as amplitudes térmicas variem pouco.
5. Fatores do clima • Correntes Marítimas: Determinam aquecimento ou resfriamento das massas de ar e áreas litorâneas. Um exemplo é a corrente do Peru que resfria a massa quente e úmida vinda do pacífico, determinando chuvas no próprio oceano. • Relevo: O relevo de uma região pode conter a passagem de massas úmidas, o que proporciona alterações climáticas significativas na região. • Homem: Um dos principais agentes do clima. Possui o poder de alterar toda a conjuntura climática de uma região. • Pressão Atmosférica: As massas de ar dirigem-se de uma área de alta pressão (anticiclonar) para uma área de baixa pressão (ciclonal) levando consigo aspectos de pressão, umidade e temperatura.
6. Elementos do clima • Temperatura; • Precipitação; • Umidade; • Vegetação; • Entre outros.
7. Massas de ar no Brasil Massa Equatorial Atlântica( mEa): Origina-se da região do equador, abrange todo litoral do nordeste. Massa quente e úmida. Massa Equatorial Continental(mEc): Origina-se no interior da Amazônia e abrange a própria região norte. Massa quente e úmida. Massa Tropical Atlântica(mTa): Originária da região do tropico de Capricórnio, abrange o litoral Sudeste e Sul. Massa quente e úmida.
8. Massas de ar no Brasil Massa tropical Continental(mTc): Originária da depressão do Chaco boliviano (pantanal no Brasil). Influência a região central do Brasil. Massa quente e seca. Massa Polar Atlântica(mPa): Originaria da patagônia, influência no clima do Brasil, principalmente no inverno (chuvas frontais no Nordeste e friagem na Amazônia). Massa fria e úmida. Frentes Quando a massa de ar fria avança sobre a quente é denominada de frente fria, quando a massa de ar quente avança fazendo com que a massa de ar frio recue é chamado de massa de frente quente. Quando ocorre a parada das massas de ar devido a forte intensidade das duas é chamada de frente estacionária.
9. Atuação das massas de ar no Brasil durante o verão
10. Atuação das massas de ar no Brasil durante o inverno
11. Tipos de chuva Orográfica : Também conhecida por chuva de relevo, ocorre devido a elevação da massa de ar, devido a presença de alguns obstáculos (serras, chapadas, morros) que atingindo uma altitude mais elevada precipita (áreas a barlavento), se dirigindo ao outro lado de relevo( sotavento), a massa de ar já não possui umidade.
12. Tipos de chuva Convectiva: São chuvas em que o ar aquece, evapora, condensa e precipita (movimento vertical do ar). A precipitação normalmente ocorre em locais diferentes do local de evaporação. Essas chuvas são normalmente de baixa intensidade e douradoras.
13. Tipos de chuva Frontal: Esse tipo de chuva ocorre pelo choque de uma massa quente e de uma massa fria, ocasionando chuvas rápidas e intensas.
14. Tipos gerais de clima no Brasil Segundo Lysia Bernardes os climas devem ser divididos em: Clima Equatorial: esse clima possui localização predominante na região Amazônica, possui temperaturas acima da media nacional (superior a 21°) e pequena amplitude térmica (variação de temperatura). Essa região possui uma grande concentração de rios esse fato faz com que a umidade seja elevada, determinando também o não registro de temperatura excessivamente elevada. Um fato típico desse clima é o alto grau de precipitações (acima de 2000 mm anuais). Clima Tropical: Localiza-se na parte central do país, e possui como aspectos fundamentais duas estações bem definidas, uma chuvosa que ocorre no verão e outra seca que ocorre no inverno. Na estação seca por ocasião da baixa umidade relativa do ar, existe a forte ocorrência de queimadas, tanto naturais quanto causadas pelos homens, e, diversas cidades brasileiras da região central, são verificadas, dentre outros fatores, distúrbio respiratório, problemas de circulação e problemas nas safras agrícolas. Clima Tropical de Altitude: Clima localizado no interior brasileiro, possui elevado índice pluviométrico (acima de 2.000 mm anuais). Esse clima apresenta temperaturas bem amenas. As temperaturas dessa região são inferiores a media nacional, em virtude da posição e influencia do relevo.
15. Tipos gerais de clima no Brasil Segundo Lysia Bernardes os climas devem ser divididos em: Clima Subtropical Esse clima se apresenta na região sul do país, além da parte sul e São Paulo e Mato Grosso do Sul. Essa região em função do clima apresenta as quatros estações bem definidas, outro ponto de destaque é a elevada amplitude térmica anual, que supera em alguns anos os 15° C. Nas áreas serranas do sul de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, amplitude e latitude combinam-se para produzir as menores temperaturas do pais, muitas vezes atingindo temperaturas negativas, esse fato torna o clima da região muito semelhante , ao clima temperado das latitudes médias. Clima Semi-Árido Sua localização é predominante na região do sertão nordestino. Seu destaque maior é a escassez de precipitações associada a uma péssima distribuição nas áreas e no período (mensalmente). Quando não ocorre chuvas no verão (janeiro e fevereiro), ou as chuvas são pouco intensas, o ano passa a ser considerado de seca.
16. Tipos gerais de clima no Brasil
17. Tipos de clima mundiais Clima Polar Clima extremamente frio, onde a temperatura em média se aproxima de zero grau, localizado nas altas latitudes. Clima temperado Assemelha-se muito ao clima subtropical, a diferença entre os dois é que o clima temperado possui invernos mais rigorosos e verões menos quentes. Clima Mediterrâneo Clima do litoral sul da Europa. Clima Desértico Clima principalmente em áreas da África e Ásia. Essa forma de clima é extremamente seca e árida, com baixíssimos índices de chuvas.

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