O Dia
Mundial do Meio Ambiente é
comemorado em 5 de junho. A data foi recomendada pela Conferência das Nações
Unidas sobre Meio Ambiente, realizada em 1972, em Estocolmo, na Suécia. Por
meio do decreto 86.028, de 27 de maio de 1981, o governo brasileiro também
decretou no território nacional a Semana Nacional do Meio Ambiente.
O QUE NÃO FAZER
A esposa
de um fazendeiro detestava cobras. Um dia, suplicou ao marido que desse um fim
às peçonhentas. O homem, não querendo contrariá-la, prontamente determinou o
extermínio de todo e qualquer vestígio de ofídios na fazenda. O que foi feito.
A
colheita seguinte não rendeu um décimo da anterior. Em sonho, desesperado,
suplicou a Deus que o perdoasse. Imaginava que aquela miséria de safra era
castigo divino por ter dado fim aos animais.
Também
em sonho, o Criador lhe respondia:
“Não o
castiguei, nem perdoei. Apenas, deixei que a natureza seguisse seu curso”.
Ora,
o curso natural é simples: cobras
engolem sapos. Sem elas, os sapos aumentam em número. E, sapos engolem insetos.
Assim, quanto mais sapos, menos insetos. Diversos insetos são polinizadores e,
sem eles, há plantas que não se reproduzem.
Moral
da história: menos
cobra, menos safra! Assim funciona o mundo natural.
O que
tem a ver cobra com safra? Tudo! Em verdade, tudo tem a ver com tudo. Entretanto,
a humanidade não pensa dessa forma. Primeiro, acredita que a natureza é
infinita, com recursos inesgotáveis. Segundo, imagina que existem espécies
úteis e outras completamente inúteis. Terceiro, conclui que, entre as espécies
úteis, os humanos são mais úteis que as outras.
O século
XX foi saudado como a era em que a tecnologia e o progresso industrial seriam
capazes de satisfazer as necessidades materiais, restabelecer a paz social,
reduzir as desigualdades.
Nos
últimos 50 anos, a produção mundial de grãos triplicou, a quantidade de terras
irrigadas para a agricultura duplicou, o número de automóveis passou de 500
milhões, o mesmo acontecendo a televisores, geladeiras, chuveiros elétricos,
lavadoras, secadoras, computadores, celulares, microondas, fax, videocassetes,
CDs, parabólicas, isopor, descartáveis, transgênicos e outras invenções. As
riquezas produzidas, nesse período, quintuplicaram.
Mas,
também nos últimos 50 anos, o mundo perdeu 20% de suas terras férteis e 20% de
suas florestas tropicais, com milhares de espécies ainda nem conhecidas. O
nível de gás carbônico aumentou 13%, foram destruídas 3% da camada de ozônio,
toneladas de materiais radioativos foram despejadas na atmosfera e nos solos,
os desertos aumentaram, rios e lagos morreram por causa da chuva ácida ou de
esgotos domésticos e industriais.
Maravilha-nos
esse progresso, mas as gerações futuras talvez lamentem o quanto se destruiu
para isso. Enquanto hoje o ser humano tem mais bens, é mais pobre em recursos
naturais. A tecnologia nos dá a falsa impressão de que estamos no controle. Por
isso, é bonito ser moderno. Feio é ser natural.
Porém, a
tecnologia é ruim quando nos afasta da natureza. Só mudaremos isso quando nos
reaproximarmos do mundo natural. Afinal, embora uns ainda não aceitem, o homem
é natureza.
Hoje é o Dia
Mundial do Meio Ambiente.
Não há
data melhor para começar aquilo que o resto das espécies vivas esperam que
façamos. Afinal, o que não fazer, já sabemos desde há muito. Vamos começar! O
mundo será, com certeza, melhor.
"Nós não
herdamos a terra de nossos pais, mas a pegamos de empréstimo de nossos
filhos." Henry Brown
A questão ambiental
é uma realidade que chegou definitivamente às empresas modernas. Deixou de ser
um assunto de ambientalistas "eco-chatos" ou de românticos, para se
converter em SGA (Sistema de Gestão Ambiental), PGA (Programa de Gestão
Ambiental), ISO 14.001 e outras siglas herméticas. E não se trata de um tardio
despertar de consciência ecológica dos empresários e gerentes, mas uma
estratégia de negócio, por que pode significar vantagens competitivas ao
promover a melhoria contínua dos resultados ambientais da Empresa; minimizar os
impactos ambientais de suas atividades; tornar todas as operações tão
ecologicamente corretas quanto possível. Com isso, a empresa ecológica estará
se antecipando às auditorias ambientais públicas além de promover a redução de
custos e riscos com a melhoria de processos e a racionalização de consumo de
matérias-primas; diminuição do consumo de energia e água e redução de riscos de
multas e responsabilização por danos ambientais.
O problema é que,
segundo pesquisa da Symnetics, com empresas de faturamento entre R$ 200 milhões
e R$ 500 milhões, planos estratégicos da empresa, como a Política Ambiental,
acaba ficando mais na cabeça da alta administração, que não consegue passar o
recado para os seus subordinados. E até mesmo na alta administração das
companhias, há quem não saiba traduzir a mensagem do Presidente. A pesquisa
apontou que 5% da alta administração não sabe qual a visão de futuro da
empresa. Descendo na estrutura hierárquica, a miopia se acentua. O estudo
indica que 14% da média gerência sequer entende o planejamento da empresa e 48%
tem uma compreensão mediana. No nível operacional, a situação é ainda pior. A
pesquisa constatou que 38% dos operários não têm ideia de quais sejam as metas
futuras da organização e 43% têm uma vaga idéia do que se trata.
A solução é
investir em programas de conscientização e sensibilização dos funcionários para
as políticas da empresa, especialmente a ambiental, já que consciência
ambiental não se dá por portaria ou de cima para baixo, mas de dentro para
fora. Neste sentido, não basta implantar uma boa Política Ambiental ou obter a
ISO 14.001. É preciso, antes, estimular e sensibilizar os funcionários,
prestadores de serviços e fornecedores a desejarem "ecologizar" o
trabalho, não por que a direção da empresa quer ou determinou, mas por que a
adoção de princípios ambientais pode ser uma oportunidade para que os
trabalhadores possam dar uma contribuição concreta, em seu próprio ambiente de
trabalho, para a melhoria das condições do Planeta. Mais que uma exigência da
Direção, portanto, é uma oportunidade da qual os trabalhadores poderão se
orgulhar junto a sua família e à comunidade, ao se revelarem os resultados
positivos do trabalho ambiental desenvolvido na empresa. Neste sentido, vale a
pena todo o esforço da Empresa para sensibilizar e mobilizar seus funcionários,
tais como palestras com ambientalistas, distribuição gratuita de assinaturas de
jornais especializados em meio ambiente, encontros com escritores para
autógrafos a livros com tema ambiental, distribuição de boletins por intranet
ou fotocópia com informações sobre a Política de Gestão Ambiental, entre outras
iniciativas. Uma delas pode ser a distribuição dos Dez Mandamentos Ambientais.
Nossa espécie tem
usado mais a capacidade de modificar o meio ambiente para piorar as coisas que
para melhorar. Agora precisamos fazer o contrário, para nossa própria
sobrevivência. Reveja seu dia-a-dia e tome as atitudes ecológicas que julgar
mais corretas e adequadas. Não espere que alguém venha fazer isso por você.
Faça você mesmo.
No dia 05
de junho como acontece todos os anos estará sendo
comemorado o dia mundial do meio
ambiente, data extremamente importante para a conservação da
natureza.
A
preocupação com a conservação da natureza vem se acentuando nos dias atuais em
função das atividades humanas, as quais têm ocasionado seríssimos problemas de
degradação ambiental, a ponto de comprometer, caso não sejam tomadas medidas
emergenciais, os recursos naturais, as condições de vida e consequentemente,
toda a vida futura no planeta.
O amor à
natureza e o desejo de que ela seja preservada ou utilizada racionalmente pelo
homem já podem ser verificados nos primeiros livros sagrados.
Praticamente
todos eles mencionam a vida das plantas, dos animais silvestres e do homem,
como elementos integrantes do meio ambiente.
Entre
outros podem ser mencionados os Vedas, a Bíblia e o Corão. Diversos são os
textos escritos, alguns deles, há quase 2.500 anos atrás na Índia cujos relatos
mencionam uma preocupação acentuada com a conservação da natureza e vários são
os líderes espirituais, entre eles Shiddarta Gautama, o Buda que demonstraram
esta preocupação. Curioso é que São Francisco de Assis, tanto tempo depois, abraçaria
os mesmos princípios, certamente sem conhecimento das crenças e filosofias
pregadas pelos homens daquelas longínquas paragens. Além dos princípios
religiosos, os homens santos veneravam o ar, a água, a terra (alimento) e o
fogo (energia), todos considerados como partes integrantes do Cosmos e sem os
quais não teríamos condições de vida. Procuravam demonstrar a inter-relação de
todos os seres vivos e dos elementos abióticos que os cerca. Isso identifica a
disciplina que hoje estudamos nas universidades sob o nome de Ecologia.
O amor
de Francisco de Assis demonstra abrangência universal. Poucos terão se irmanado
tanto com o universo como ele, ao contemplar em seus retiros para meditação os
elementos naturais, que chamava de “irmãos” – o sol, o ar, a água, as estrelas,
as plantas e os animais. No seu extraordinário “Cantico al fratte Soli” louva a
grandeza do Criador e todas as criaturas.
Muitos
anos depois, mais precisamente no ano de 1854, em resposta a uma proposta do
presidente dos Estados Unidos Ulysses Grant, de comprar grande parte das terras
de uma nação indígena, oferecendo, em troca, a concessão de uma outra “reserva”
obteve-se como resposta do Chefe Seatle, aquele que tem sido considerado
através dos tempos como um dos mais belos e profundos pronunciamentos já feitos
a respeito da defesa do meio-ambiente. Neste pronunciamento, o chefe indígena
faz um alerta contra a exploração predatória feita pelo homem branco, ao
provocar desflorestamentos, a poluição da água, do solo do ar e ao dizimar populações
animais, inclusive a do bisão americano, que quase foi levada à extinção pela
caça indiscriminada. Enfatizava as consequências negativas desta degradação
provocada pelo homem branco.
Entre
outras afirmações dizia o Chefe Seatle o seguinte : “O que ocorrer com a Terra recairá sobre os
filhos da Terra. Há uma ligação em tudo”. Vale ressaltar que a visão
“profética” do grande Chefe Indígena, acabou se confirmando com precisão
admirável, demonstrando um profundo conhecimento das leis que regulam a natureza
pois através das atividades do homem moderno ocorre hoje um processo de intensa
degradação do meio ambiente.
Em 1962,
uma nova obra veio a causar grande impacto no meio científico e social, isto é,
o livro Silent Spring (Primavera Silenciosa) escrito por Rachel Carson nos
Estados Unidos que foi o primeiro brado de alerta, contra o uso indiscriminado
de pesticidas e que teve repercussão mundial, contribuindo para que práticas
conservacionistas como o Manejo Integrado de Pragas (MIP) passasse a ser implementado.
Nesse
processo de evolução das ideias e de comportamentos, surge a Declaração sobre o
Ambiente Humano que foi estabelecida na Conferência de Estocolmo em 1972, cujos
princípios tinham o objetivo de servir de inspiração e orientação à humanidade
para a preservação e melhoria do ambiente humano, a qual foi seguida 20 anos
depois, pela Conferência do Rio de Janeiro, a Rio 92, e mais recentemente pela
de Joanesburgo na África do Sul, a Rio +10.
Tudo
isto, mostra que ocorreu uma grande evolução da sociedade, na forma de encarar
os processos de desenvolvimento. Todavia, as mudanças nesta percepção ocorrem
num ritmo mais lento do que seria o desejável para o não comprometimento dos
nossos recursos naturais. Atualmente o chamado desenvolvimento sustentável é o
único capaz de propiciar condições de preservar os recursos naturais e
condições de vida saudável para as gerações futuras.
Para que
isto ocorra a educação ambiental tem uma importância extraordinária porque
conscientiza e altera os padrões de comportamento do ser humano em relação à
natureza. Segundo o conservacionista inglês Broad, “Na educação, reside a única
esperança de se evitar a total destruição da natureza”. Que ela possa ser
portanto, implementada maciçamente, em todos os locais de forma a conscientizar
a todas as pessoas porque a educação ambiental reveste-se no mais importante
instrumento para a preservação da natureza.
OS DEZ MANDAMENTOS
AMBIENTAIS
1.
Estabeleça princípios ambientalistas: estabeleça
compromissos, padrões ambientais que incluam metas possíveis de serem
alcançadas
2.
Faça uma investigação de recursos e processos: confira se há desperdício de matéria-prima
e até mesmo esforço humano
3.
Estabeleça uma política ecológica de compras: priorize
a compra de produtos ambientalmente corretos. Procure por produtos que sejam
mais duráveis, de melhor qualidade, recicláveis ou que possam ser reutilizáveis
4.
Incentive seus colegas: fale com
todos a sua volta sobre a importância de agirem de forma ambientalmente correta
5.
Não desperdice: ajude a
implantar e participe da coleta seletiva de lixo
6.
Evite poluir seu meio ambiente: faça uma
avaliação criteriosa e identifique as possibilidades de diminuir o uso de
produtos tóxicos
7.
Evite riscos: verifique
cuidadosamente todas as possibilidades de riscos de acidentes ambientais e tome
a iniciativa ou participe do esforça para minimizar seus efeitos. Não espere
acontecer um problema! Antecipe-se!
8.
Anote seus resultados: registre
cuidadosamente suas metas ambientais e os resultados alcançados. Isso ajuda não
só que você se mantenha estimulado como permite avaliar as vantagens das
medidas ambientais adotadas
9.
Comunique-se: no caso
de problemas que possam prejudicar seus vizinho e outras pessoas, tome a
incitava de informar a tempo hábil para possam minimizar prejuízos
10.
Arranje tempo para o trabalho voluntário: considere
a possibilidade de dedicar uma parte do seu tempo, habilidade e talento para o
trabalho voluntário ambiental a fim de fazer a diferença dando uma contribuição
concreta e efetiva para a melhoria da vida do planeta.
5 de junho
http://hundobrasil.files.wordpress.com/2008/07/meio_ambiente.jpg
O Dia Mundial do Meio Ambiente foi criado pela Assembleia Geral da
Organização das Nações Unidas - ONU, de 1972, para marcar a abertura da 1a
Conferência Mundial de Meio Ambiente, em Estocolmo, na Suécia. Na mesma
ocasião, outra resolução criou também a UNEP - o Programa da ONU para o Meio
Ambiente.
Celebrado
de várias maneiras (paradas e concertos, competições ciclísticas ou até mesmo
lançamentos de campanhas de limpeza nas cidades), esse dia é aproveitado em
todo o mundo para chamar a atenção política para os problemas e para a
necessidade urgente de ações.
Ecologia
O meio
ambiente e a ecologia passaram a ser uma preocupação em todo
o mundo, em meados do século XX. Mas já no século XIX um biólogo alemão, Ernst
Haeckel (1834-1919), criou formalmente a disciplina que estuda a relação dos
seres vivos com o meio ambiente,
ao propor, em 1866, o nome ecologia para esse ramo da biologia.
Junção
das palavras gregas oikos (casa) e logos (estudo), a disciplina ficou restrita
aos meios acadêmicos até bem pouco tempo.
Ela só
ganhou dimensão social após um acidente de grande proporção, que derramou 123
mil toneladas de óleo no mar, na costa da Inglaterra, em 1967, com o petroleiro
Torrey Canion.
O
dia 5 de junho é lembrado em todos os países como o dia mundial do meio ambiente,
desde que a Organização das Nações Unidas - ONU, em 1972, realizou a sua
primeira conferência sobre o tema: a Conferência sobre o Ambiente Humano,
conhecida como Conferência de Estocolmo. O dia ou a semana em torno de 5 de
junho é usada por muitas pessoas e organizações para celebrar o milagre da
Vida, a beleza da Natureza, e ao mesmo tempo alertar sobre os riscos à própria
sobrevivência do ser humano se o ambiente continuar a ser degradado, poluído,
desrespeitado, visto como obstáculo aos nossos desejos.
Naquela
conferência, a ONU estabeleceu uma Declaração sobre o Ambiente Humano, com 26
princípios, e um Plano de Ações que deveriam orientar as atitudes humanas, as
atividades econômicas e as políticas de forma a garantir maior proteção
ambiental. A realização da Conferência da ONU foi motivada pelos problemas
ambientais que ganhavam cada vez mais destaque nos anos 60, mas que continuam a
afetar a integridade das pessoas e dos demais seres vivos.
De fato,
nosso querido planeta Terra anda passando por maus pedaços... Rios poluídos,
fumaças e substâncias tóxicas sendo jogadas no ar, devastação de florestas,
alimentos contaminados por agrotóxicos, extinção de espécies animais e
vegetais, aquecimento global em função da emissão de gases resultantes do uso excessivo
de combustíveis fósseis e do desmatamento... Associado a tudo isso existem
milhões de seres humanos passando fome, sem ter moradias ou saneamento em
condições adequadas, sofrendo com as injustas situações do “desenvolvimento”.
Os processos associados a tanta degradação ambiental e social, formas
“discretas” de guerra, insegurança e violência, acentuaram-se nas últimas
décadas na medida em que limites ecológicos, culturais e éticos foram
menosprezados em favor da materialização e da mercantilização da Vida. É, a
Vida nesse planeta que ESTÁ EM PERIGO!
Tais
problemas estavam e estão vinculados às características com que diferentes
países e grupos humanos buscam para atender suas necessidades e desejos, sua
busca por sobrevivência e qualidade de vida. É comum denominar essa busca como
desenvolvimento ou busca pelo progresso. Entretanto, a continuidade e o
agravamento dos problemas ambientais, da pobreza, da violência, entre outros
desafios mundiais estão vinculados a estilos, tecnologias e sistemas econômicos
de desenvolvimento que privilegiaram o uso ilimitado de recursos naturais, a
concentração de renda, o acumulo material. O mundo globalizado caminha no
sentido de “padronizar” formas de consumo que demandam alto uso de energia e
recursos naturais, que vão sendo esgotados na medida em que se “consome” tudo
que a diversidade da natureza apresenta.
Em 1992,
foi realizada a Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento no Rio
de Janeiro, conhecida como Rio-92. Foi uma tentativa de analisar porque o plano
e a declaração de Estocolmo não tinham surtido o efeito de proteção do meio
ambiente como se esperava.
Uma
conclusão de consenso entre os representantes de mais de 170 países e vinte mil
participantes dos eventos, inclusive do Fórum Global-92, conjunto de eventos
paralelos que reuniram 20.000 pessoas de todo o mundo: é preciso rever o conceito de progresso, de
desenvolvimento. Desde então disseminou-se a noção do desenvolvimento
sustentável, ou seja processos que permitam a sociedade humana atender suas
necessidades de alimentação, habitação, saúde, educação, etc sem prejudicar a
integridade e o funcionamento do ambiente. Isso exige também a visão de que o
ambiente não é obstáculo ou meramente a “fonte” de recursos naturais; enfim,
exige uma atitude de cuidar do ambiente por ser esse fonte de bens (água,
madeira, fibras, plantas medicinais ),mas também por abrigar outras espécies
vivas, e que tudo isso depende também do funcionamento adequado dos serviços
ambientais (por exemplo a circulação de águas, o sistema climático e a produção
de oxigênio, para os quais a presença de vegetação é fundamental; a
biodiversidade, etc.).
Cuidar
do ambiente implica tanto em preservar (evitar qualquer interferência humana)
como conservar (ter uma atitude responsável, ao usar o ambiente de forma que o
mesmo mantenha a capacidade de se “regenerar” e sem perder a sua vitalidade e
diversidade de espécies). Cuidar das áreas de mananciais ou de Mata Atlântica,
por exemplo, é importante tanto para garantir águas para todos como para
proporcionar, para a população local condições dignas de qualidade de vida e
emprego em atividades de ecoturismo, de usos sustentáveis de bens florestais
(flores, plantas medicinais, aromáticas, apicultura, por exemplo). Significa
encontrar formas e áreas de preservação, conservação e desenvolvimento
sustentável.
A
Constituição brasileira, em seu artigo 225, diz que todos têm o direito ao meio
ambiente ecologicamente
equilibrado, essencial à sadia qualidade de vida, cabendo a todos e ao Poder
Público o dever de preserva-lo e defendê-lo para as presentes e futuras
gerações.
Nossos
direitos e nossos deveres são importantes demais para que sejam lembrados ou
celebrados somente em determinado dia do ano. Cuidar da vida e exercer nossas
obrigações e direitos, zelando para que os ambientes naturais, rurais e urbanos
possam ser fonte de saúde, de emprego, de qualidade de vida são questões para
os 365 dias de cada ano de nossas vidas.
Podemos
considerar o meio ambiente como nosso país, nossa cidade, nosso
bairro. É onde moramos (planeta Terra).
É a soma
de tudo o que é matéria e energia de um lugar.
Frequentemente,
as interferências dos seres vivos provocam alterações no meio
ambiente.
Essas
interferências são causadas muitas vezes pelo ser humano e, por vezes, são
irreversíveis. Todos os seres vivos dependem uns dos outros e dos recursos
naturais que o planeta proporciona. Água, ar e solo são elementos essenciais
para a manutenção da vida na Terra.
A água é
indispensável para o surgimento da vida no planeta e é fundamental para a
sobrevivência de todos os seres vivos. Ocupa três quartos da superfície
terrestre, sendo que a maior parte é salgada, encontrada em mares e oceanos.
Apenas 1% da água do planeta é considerada aproveitável para o consumo da
grande maioria dos seres vivos. Por isso, há uma preocupação muito grande com a
poluição e o desperdício da água.
O ar
puro não tem cheiro, gosto ou cor e também não tem forma. Mas, mesmo assim,
sabemos que ele é essencial para a respiração de todos os seres vivos.
Podemos
perceber a presença do ar ao nosso redor de várias maneiras, seja pelo
movimento do ar (vento), seja pela respiração dos peixes debaixo d'água. O ar é
uma mistura de vários gases, entre eles o oxigênio. É tão importante que sua
ausência provoca a morte.
O solo é
a camada mais superficial da crosta terrestre e é formado ao longo de muitos
anos pela interação entre as rochas, a água, a atmosfera e os seres vivos. É
nele que as plantas se fixam e crescem, que os animais se locomovem e é dele
que todos os seres vivos retiram materiais necessários à vida.
Mares e Oceanos,
Procura-se: Vivos ou Mortos?
CINQÜENTA
DADOS FUNDAMENTAIS SOBRE OS MARES E OCEANOS
Os
oceanos cobrem 70 por cento da superfície da Terra.
Mais de
90 por cento da biomassa viva do planeta encontra-se nos oceanos.
Oitenta
por cento de toda poluição marítima e oceânica deriva de atividades terrestres.
Quarenta
por cento da população mundial vive a 60 quilômetros do litoral.
Três-quartos
das megalópoles do mundo são localizadas à beira-mar.
Por
voltas de 2010 oitenta por cento da população mundial estará vivendo na faixa
que vai até 100 quilômetros de algum litoral.
Mortes e
doenças causadas por águas litorâneas poluídas custam anualmente 12,8 bilhões
de dólares à economia global. Só o impacto econômico da hepatite viral
contraída pela ingestão de frutos-do-mar poluídos é de 7,2 milhões de dólares
anuais.
Lixo de
plásticos mata um milhão de pássaros marítimos, cem mil mamíferos marinhos e um
incontável número de peixes, todos os anos.
As
criaturas marinhas mortas pelo lixo de plásticos acabam se decompondo, mas não
o lixo de plásticos, que permanece nos ecossistemas para continuar matando mais
e mais.
O
perigoso alastramento de algas marinhas causado pelo excesso de nutrientes —
sobretudo o nitrogênio dos fertilizantes agrícolas — já causaram em todo o
mundo 150 “zonas litorâneas mortas” por desoxigenação, cujas dimensões variam
de mil a 70 mil quilômetros cada uma.
Estima-se
que 21 milhões de barris de petróleo sejam despejados por ano nos oceanos
causado pelo escoamento das ruas, pelos descarregamentos industriais, e pelos
derramamentos de navios petroleiros e plataformas oceânicas.
Somente
na última década, uma média de 600 mil barris de petróleo tem sido
acidentalmente derramada por navios, o equivalente a 12 desastres ecológicos
como aquele causado pelo petroleiro Prestige em dezembro de 2002, na costa da
Espanha.
Sessenta
por cento do petróleo consumido em todo o mundo é transportado por navios
petroleiros (um volume de aproximadamente 2 mil milhões de toneladas).
Mais de
90 por cento do transporte de bens comerciais entre os países é feita de navio.
Todos os
anos, 10 bilhões de toneladas de “água de lastro de navegação” (cada navio
precisa armazenar milhões de galões para manter seu equilíbrio) costumam ser
carregadas em um lugar e despejadas em outro, ao redor do mundo, com efeito
contaminador.
Essa
“água de lastro” costuma conter organismos alienígenas — tais como o “mexilhão zebra”
e as “águas-vivas” que se alastra pelo novo ambiente em detrimento das espécies
biológicas nativas e das economias locais.
A
poluição, as espécies alienígenas, e a alteração dos habitats marinhos
constituem uma crescente ameaça a importantes ecossistemas marítimos tais como
os mangues, as camadas de seagrass (fibra vegetal marinha semelhante ao sisal)
e os recifes de coral.
Recifes
tropicais se estendem ao longo do litoral de 109 países que são, na maioria, os
menos desenvolvidos do mundo. Uma significativa degradação dos recifes
coralinos (e das espécies deles dependentes) foi observada em 93 desses países.
Embora
os recifes de coral ocupem menos de 0.5% do fundo dos oceanos, estima-se que
mais de 90 por cento de todas as espécies marinhas dependem deles para
sobreviver, direta ou indiretamente.
Há cerca
de 4 mil espécies de peixes dependentes dos corais em todo o mundo, somando
aproximadamente um quarto de todas as espécies de peixes do mar.
A Grande
Barreira de Corais (na costa da Austrália), medindo 2 mil quilômetros de
comprimento, é a maior estrutura singular viva do planeta, visível da Lua, a
olho nu.
Os
recifes protegem as populações litorâneas do impacto das ondas das tempestades
marítimas.
Quase 60
por cento dos recifes ainda existentes encontram-se em grande risco de se
tornarem extintos dentro de trinta anos.
A
maior causa de deterioração dos recifes de coral são: o desenvolvimento da costa, a sedimentação,
práticas pesqueiras predatórias, poluição, turismo e o efeito-estufa global.
Mudanças
de clima ameaçam destruir a maioria dos recifes de coral do mundo, e consequentemente,
de arrasar as frágeis economias dos Estados em desenvolvimento nas pequenas
ilhas.
Em
média, o nível da água do mar subiu de 10 a 25 centímetros nos últimos 100
anos. Se toda a capa de gelo dos polos se derreter por completo, o nível subirá
para 66 metros.
Houve um
recesso de 60 por cento na linha das costas banhadas pelo Oceano Pacífico e de
35 por cento no Atlântico.
O
fenômeno do branqueamento dos corais é uma das maiores ameaças à vida dos
mesmos. Em 1998, constatou-se que 75 por cento dos recifes do mundo haviam sido
afetados por esse mal. Dezesseis por cento deles já estão extintos.
O Plano
de Implementação adotado durante a Cúpula Mundial pelo Desenvolvimento
Sustentável (WSSD) exige que seja feita uma avaliação marítima global em 2004 e
que seja instituída uma rede global de áreas marinhas protegidas até 2012.
Somente
menos de meio por cento dos habitats marinhos são protegidos, comparando-se com
11,5 por cento da superfície de terra firme globalmente protegida.
O Alto
Mar — isto é, as áreas oceânicas além de qualquer jurisdição nacional — cobrem
quase 50 por cento da superfície terrestre e são a parte menos protegida do
planeta.
Apesar
de haver alguns tratados protetores das espécies oceânicas tais como as
baleias, além de alguns acordos da indústria da pesca, não existem áreas
protegidas em Alto Mar.
Estudos
demonstram que proteger alguns habitats marinhos fundamentais — tais como
recifes de coral tanto de água fria quanto de água quente, camadas de seagrass,
e mangues — pode causar um estimulante crescimento do tamanho e da quantidade
dos peixes, o que beneficiaria tanto a indústria pesqueira comercial quanto a
artesanal.
Noventa
por cento dos pescadores do mundo operam a nível caseiro e local, ou seja, mais
da metade da pesca global.
Noventa e
cinco por cento da pesca mundial (80 milhões de peixe) é feita em águas
costeiras.
Mais de
3,5 bilhões de pessoas dependem do oceano como sua principal fonte de
alimentação. Dentro de 20 anos esse número poderá dobrar para 7 bilhões.
Comunidades
pesqueiras artesanais, que colhem a metade da pesca mundial, têm denunciado uma
crescente ameaça à própria subsistência devido a frotas comerciais ilegais,
irregulares ou subsidiadas.
Mais de
70 por cento das companhias pesqueiras do mundo estão atualmente atingindo ou
mesmo ultrapassando o limite sustentável da pesca.
As
reservas de peixe de grande porte comercialmente cobiçados como o atum, o
bacalhau, o peixe-espada e o marlim declinaram até 90 por cento nos últimos cem
anos.
Os
governos nacionais presentes durante a Cúpula Mundial pelo Desenvolvimento
Sustentável (WSSD) chegaram ao acordo, de modo urgente e onde for possível, de
manter ou restaurar até 2015 as reservas esgotadas de espécies de peixes
capazes de propiciar a máxima produção sustentável.
O Plano
de Implementação da Cúpula Mundial pelo Desenvolvimento Sustentável requer a
eliminação de subsídios a práticas predatórias causadores da pesca desregulada,
ilegal e não-relatada.
Subsídios
governamentais — estimados entre 15 e 20 bilhões de dólares por ano — atingem o
montante de quase 20 por cento da renda proveniente da indústria pesqueira
mundial, encorajando a pesca desenfreada e promovendo excessos da quantidade
pescada.
Práticas
predatórias de pesca têm exterminado centenas de milhares de espécies a cada
ano, contribuindo à destruição de importantes habitats submarinos.
Cada
ano, a pesca de espinhel de fundo, que envolve espinhéis principais de
cabo-de-aço com linhas secundárias de náilon de 80 milhas de comprimento
lançando 4 mil anzóis por dia, mata mais de 300 mil pássaros marinhos
incluindo-se 100 mil albatrozes.
Cem
milhões de tubarões são mortos todos os anos pelo valor de sua carne e das suas
barbatanas que são usadas para fazer sopa. As barbatanas são cortadas de
tubarões vivos que são devolvidos ao mar, sangrando até morrer.
A
captura acessória de espécies que não são o alvo principal de uma pescaria,
(“by-catch”) é uma prática não-intencional causada pelo uso de equipamento
inapropriado — tais como as “redes de arrasto”, a “pesca de espinhel de fundo”
e as “redes de emalhe” — , que chega a 20 milhões de toneladas por ano, sendo
normalmente descartada no mar.
A
mortalidade anual mundial de pequenas baleias capturadas como “by-catch”, bem
como delfins e toninhas (marsopas), é estimada em 300 mil animais individuais.
A pesca
de camarão natural representa somente 2 por cento de todos os frutos de mar
recolhidos, mas os camarões constituem um terço do que é capturado como
“by-catch”.
Mesmo a
indústria do camarão marinho cultivado é altamente predatória por causar a
poluição das águas por fertilizantes químicos, responsável pelo extermínio da
vida em um quarto dos mangues de todo o mundo.
Os
mangues são os viveiros naturais de 85 por cento das espécies de peixe tropical
comercialmente cobiçadas.